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A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

Por:   •  26/4/2021  •  Monografia  •  3.279 Palavras (14 Páginas)  •  149 Visualizações

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MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

RESUMO

O novo momento do capitalismo chamado de terceira revolução industrial é caracterizado por grandes mudanças tecnológicas, sociais, políticas e econômicas.

O desenvolvimento tecnológico, cujas consequências tiveram um impacto relacionado no mundo do trabalho instável, exige que o profissional busque garantias constantes com o aumento de competitividade no mercado para a própria empregabilidade. Este plano em ação, abre espaço para a participação das mulheres no mercado de trabalho, o que não diz respeito somente à necessidade de suplementação da renda familiar, mas também novas oportunidades que podem ser vistas como quebra de padrões de comportamento provocados por essas mudanças. Em um grupo cada vez mais diversificado de mulheres em cargos e funções, elas vêm ampliando o espaço no campo da produção pública, porém, sua situação anterior em relação a discriminação só foi amenizada por causa das condições de inserção de mulheres no mundo trabalhista. Ainda inferior aos homens de uma perspectiva profissional, as mulheres costumam ser desafiadas em termos de escolha. O que relacionado às questões de gênero, significa continuar a ser o papel principal a responsabilidade pelas funções da residência.

INTRODUÇÃO

O mundo globalizado, competitivo e tecnologicamente avançado começou a exigir, a partir do final do século passado, novas formas de organização do processo produtivo. Essas mudanças geraram um novo modelo capitalista, dando origem à especialização flexível. Terceirização, trabalho em tempo parcial, contratos informais e outras formas alternativas de acordos tornaram-se, para alguns empregadores, condições de sobreviver e se manter competitivo neste novo cenário, marcado pela desarticulação das formas tradicionais de trabalho. A crença em algo estável, bem pago e indefinidamente, construído no auge do capitalismo industrial no pós-Segunda Guerra mundial desabou. Esse cenário abriu espaço para a maior participação das mulheres no mercado de trabalho, não só pela necessidade de complementar a renda familiar, mas também pela quebra de padrões de comportamento que essas mudanças trouxeram. Além de atribuir o aumento significativo da inserção feminina na atividade resposta produtiva às necessidades econômicas decorrentes das mudanças no mundo do trabalho e novas oportunidades que surgiram desde então também apontam para as causas desta tendência, as transformações demográficas, culturais e sociais que vêm mudando o perfil de várias famílias.

Isso pode ser verificado, por exemplo, pela redução do número de crianças e o aumento quantitativo de famílias chefiadas por mulheres. As autoras ainda destacam que as mudanças culturais relacionadas ao papel social da mulher, decorrentes da impactos causados ​​pelos movimentos feministas iniciados na década de 1970, e o aumento da a presença das mulheres no mercado de trabalho contribuiu para sua maior aceitação no espaço produtivo. Hoje, a presença expressiva de mulheres em cargos e funções cada vez mais, mostra que elas têm delimitado seu espaço na esfera pública de produção. Além disso, lideram os índices de escolaridade em relação aos homens e, ainda que, de forma menos expressiva, vão ocupando, com tendência crescente, posições de liderança e cargos gerenciais e políticos, bem como áreas profissionais de prestígio, como a medicina, advocacia, arquitetura e engenharia. No entanto, as antigas condições de discriminação eram apenas atenuadas, desde a inserção da mulher no mercado, neste contexto de relevante mudanças, foi afetado pela precariedade das relações de trabalho, em que o trabalhador se encontra desprotegido das regulamentações trabalhistas, devido a contratos alternativos. As mulheres são mais vulneráveis ​​a este tipo de situação do que os homens, como resultado não só cargos precários que ocupam (como trabalho doméstico, atividades não trabalho remunerado ou trabalho de produção para consumo próprio ou do grupo familiar), mas também devido a circunstâncias como o exercício de atividades a tempo parcial, não há pagos ou realizados para consumo próprio ou do agregado familiar. Além disso, o processo de promoção é mais lento para eles; o desemprego feminino cresce mais rápido do que do sexo masculino e ainda há disparidades salariais em relação aos homens que ocupam o mesmo escritório. Esses e outros fatores que dificultam o trabalho das mulheres mostram que eles ainda são vítimas de preconceito.

PERSPECTIVAS HISTÓRICAS

Gardey (2003), ao retornar às perspectivas históricas sobre o trabalho feminino, destaca que as mulheres sempre trabalharam; no entanto, as categorias usuais da análise econômica e social frequentemente nega ou omite as atividades femininas, desconsiderando o trabalho doméstico e até mesmo o trabalho na área ou no comércio, no Século XIX. Dessa forma, a mulher trabalhadora passou a ser considerada como tal a partir do momento em que passaram a participar do trabalho produtivo nas fábricas. Mesmo assim, desde o início do processo de industrialização, as mulheres sofrem o estigma de não pertencerem ao universo da produção, com o espaço doméstico.

Bittencourt (1980) considera que as mulheres se transformaram em uma massa de manobra, sendo mobilizado para o trabalho nos momentos de expansão das atividades econômico e forçado a retornar ao ambiente doméstico em tempos de recessão econômica.

Bruschini (1994) refuta esse tipo de afirmação, argumentando que a pesquisa revela um aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho tanto na década de 1970, período crescimento industrial e econômico, como na década de 1980, período marcado por crises, desemprego e inflação.

A partir da Primeira Guerra, houve uma tendência para as mulheres estarem presentes em setores primário, secundário e terciário da economia, ocupando não apenas áreas rurais, mas também indústria e serviços. Gardey (2003) observa que, mesmo se exercitando atividade administrativa, o segmento feminino não teve oportunidade de se promover, enquanto ao contrário do que aconteceu com os funcionários do sexo masculino, que poderiam esperar fazer carreira neste setor. Então era apenas o ao longo do século XX que as mulheres se tornaram parte da força de trabalho global, em nível de participação no mercado comparável ao dos homens (CORRÊA, 2004).

DESIGUALDADE NO MERCADO DE TRABALHO

Bittencourt (1980) destaca dois aspectos fundamentais da inserção da mulher no mercado de trabalho: por um lado, o fato de que as mudanças provocadas pelo capitalismo possibilitou uma maior participação feminina, sendo vista como a salvação para as mulheres, uma vez que lhes permitiram sair do ambiente doméstico e a possibilidade de se colocarem no lado do homem na produção social; por outro lado, o fato de tal inserção no contexto produtivo não significava sua liberação em relação às tarefas domésticas, nem sua libertação e emancipação, pois continuou sujeito às condições de exploração, agora não só na família, mas também na esfera profissional.

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