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A Pesquisa cientifica no brasil

Por:   •  20/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  762 Palavras (4 Páginas)  •  377 Visualizações

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TRABALHO AP2

DISCENTE: CAMILA ALVES MARQUES DE NEGREIROS

CURSO: NUTRIÇÃO

Porque é difícil fazer pesquisa científica no Brasil?

A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), ligada ao Ministério da Educação, vinha em ritmo de expansão até 2015, quando tinha um orçamento de R$ 6,1 bilhões, em 2014, para R$ 7,4 bilhões, em 2015. Em 2016, a verba caiu para R$ 5,3 bilhões. Diante do corte, a entidade está fazendo um esforço para manter as bolsas já concedidas, porém está segurando a concessão de novas. Mesmo quando a economia brasileira não passava por crise, os recursos destinados à pesquisa no Brasil eram insuficientes; Políticas públicas atrasadas, programas de incentivo e bolsas de estudo muito escassas, não reconhecimento da profissão. 2% do PIB são investidos na área de ciência e tecnologia, o que representa um número muito baixo já que somos o 14 lugar no ranking de maiores produtores mundiais de pesquisas, há ainda algumas questões extras no que diz respeito aos entraves para os cientistas no Brasil como a dificuldade para a importação de materiais para pesquisa, a questão das patentes, o excesso de burocracia, a falta de compreensão do Legislativo sobre o tema, entre outros. Diante da necessidade de soluções para resolver questões problemáticas da nossa sociedade, é imprescindível que haja um crescente incentivo da produção do conhecimento científico, de forma que seja acessível para todos. Investir em ciência, tecnologia e inovação tem se mostrado o caminho de investimento de muitos países. Tristemente, devido a essa cultura, nem mesmo o empresariado nacional acredita que existam cientistas no Brasil capazes de contribuir para o desenvolvimento de produtos e soluções para o setor produtivo. O Portal Pró-Inovação na Indústria Brasileira (Protec) reportou recentemente que empresas farmacêuticas brasileiras vêm adquirindo empresas de biotecnologia no Exterior. Em busca de tecnologias que não creem encontrar aqui. Estão desconectados governo, cientistas e setor produtivo. A pesquisa no Brasil se mantém hoje por pura teimosia de indivíduos que decidiram não se render ao cenário perturbador de reconhecimento zero do seu real valor. Cuja profissão nem mesmo é regulamentada. É difícil estimar o que é mais desolador: o que deixa de ser feito devido aos cortes; ou o que nunca foi feito, por absoluto descaso de todos os governos, rumo a um lugar onde o valor do trabalho para o qual você os treinou é compreendido, e onde poderão, de fato, realizar descobertas que mudarão o mundo e, um dia, com sorte, também o Brasil. Se o governo mostrasse onde vai economizar, poderíamos concordar, mas não estamos enxergando os números dessa economia. Porque no discurso dizem que está todo mundo garantido, que os serviços serão absorvidos pelas secretarias e nada vai mudar, mas onde está a redução de custos então? No papel, o governo só tem a exoneração de todos os funcionários emergenciais. Há diversos equívocos, é uma questão de filosofia. Não existe uma cultura de se investir em ciência, são pequenas ações isoladas com muito esforço, muitas vezes de entidades privadas e públicas, para o desenvolvimento da pesquisa no país. O que aumenta nossa dependência tecnológica. Mas quando vem a crise, a primeira coisa que se corta é a pesquisa. Quanto tempo se leva para formar um pesquisador? Aí vai por água abaixo a gestão do conhecimento e ocorre a fuga de cérebros, gente indo embora, achando que não vale a pena se esforçar tanto por um país, por um Estado, que muitas vezes não é coerente nesse sentido.  Se você pensar na estrutura científica do Brasil, e comparar com a de outros países do mundo, vai ver que o Brasil começou um pouco mais tarde. A estruturação institucional do CNPq, que é um dos fortes financiadores de pesquisa, aconteceu muito depois desse tipo de estruturação institucional em países da Europa ou nos Estados Unidos. A ciência profissional leva muito tempo para ser desenvolvida. Em termos de produção quantitativa, o Brasil tem uma produção condizente com o tamanho do país. O Brasil tem aproximadamente 3% da população mundial e tem também aproximadamente 3% da produção científica mundial. Temos pesquisadores e grupos de pesquisa reconhecidos internacionalmente, e isso é inquestionável, em todas as áreas. Só que a gente tem que melhorar bastante. A competição global é difícil. A gente tem que trabalhar muito. Tem que continuar com o fomento à pesquisa. Tem marcos legais que podem ser melhorados. Conseguir um insumo para desenvolver sua pesquisa é muito mais fácil em outros países. No Brasil, às vezes, para importar uma coisinha pequena é preciso esperar seis meses. Isso é proibitivo para uma ciência de ponta, que é uma competição global.

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