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A Pesquisa de Trabalho

Por:   •  25/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.209 Palavras (9 Páginas)  •  74 Visualizações

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Entrevistado Sergio Habel, nascido em 1972, natural de Juiz de Fora -MG formado em Administração pela Universidade Federal de Juiz de Fora desde 1995, hoje Supervisor departamento de Transporte e Veiculo, em uma empresa publica, CESAMA.

1 - Para tornar-se supervisor administrativo, qual foi a sua formação e critérios estabelecidos pela organização?

R:  Sou formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Formei-me em 1995. Em 1997 através de concurso público ingressei no quadro de funcionários da CESAMA, sendo lotado no Departamento de Transportes onde desempenho minhas funções até hoje. Por ter trabalhado em somente um departamento da empresa pude desenvolver um conhecimento bastante específico da área de transportes. Essa experiência foi reconhecida pela Empresa e fui indicado para assumir a supervisão administrativa respondendo diretamente à chefia do Departamento de Transportes que é subordinado à Diretoria Financeira e Administrativa. Mais tarde, em decorrência de uma modernização do organograma da CESAMA, além da parte administrativa do departamento que passou a se chamar Departamento de Equipamentos e Veículos assumi a responsabilidade pela oficina mecânica também. Na CESAMA que é uma empresa pública municipal, as nomeações tendem a sofrer influências políticas, principalmente nos cargos de maior importância, tais como diretorias e gerências. Mas as indicações precisam ser feitas dentro dos critérios adotados pelo estatuto da Empresa, tais como formação acadêmica e conhecimento técnico. Outros critérios mais subjetivos também são adotados como perfil de liderança, experiência, relacionamento interpessoal e comprometimento com os objetivos da Empresa. Nos cargos de características mais operacionais e de menor poder de decisão as indicações tendem a ser mais técnicas.

2 – O mercado de trabalho foi amplo depois de sua formação?

R: Quando me formei em 1995, a maioria dos formandos da faculdade de administração ou já tinham algum negócio tocado pelos pais ou foram buscar empregos em outras cidades ou ainda buscaram suas carreiras em empresas públicas através de concursos. Poucos optaram pelo empreendedorismo individual. A cidade de Juiz de Fora é um pólo de prestação de serviços que oferecia poucas oportunidades em meados da década de 1990. Eu tive dificuldades em ingressar no mercado de trabalho por um outro motivo muito especifico, sou portador de deficiência física e apesar da Lei determinar uma reserva de vagas para portadores de necessidades especiais, na prática a Lei, principalmente naquela época, não era observada pelas empresas privadas. A Lei garantiu uma reserva de vagas em concursos públicos o que me incentivou a concentrar meus esforços na preparação para concursos, onde finalmente ingressei no serviço público através do concurso da CESAMA de 1997.

3 – Como a sua gestão à frente da Supervisão de Controle de Veículos é baseada e quais são as suas funcionalidades?        

R: Procuro basear minha supervisão observando as normas internas da empresa e a Legislação vigente. É também muito importante que os subordinados sintam confiança na pessoa do supervisor. Ele deve ser capaz de interagir e influenciar os funcionários de forma positiva para obtenção dos objetivos. Por outro lado, a motivação do funcionário depende de uma série de fatores muitos dos quais fogem da competência da supervisão tais como ingerências políticas, questões salariais etc. Muito do tempo do administrador de um modo geral em uma empresa pública é gasto na resolução de conflitos interpessoais. Cabe ao administrador de um modo ter bom senso em suas tomadas de decisão. A supervisão que ocupo é responsável pela parte administrativa e operacional vinculada aos trabalhos feitos pela oficina mecânica principalmente, mas há outras tarefas que visam apoiar a chefia direta do departamento de Equipamentos e Veículos. Para uma melhor compreensão, no departamento há mecânicos, ajudantes de serviços, funcionários da área administrativa e motoristas. Toda a frota da CESAMA é de responsabilidade do departamento de Veículos e equipamentos. Portanto a minha supervisão, além da coordenação da oficina mecânica, coopera com a chefia do departamento no sentido de organizar e controlar todos os aspectos administrativos de rotina da frota e dos funcionários lotados, tais como agendamento e marcação de férias, substituição de motoristas, logística da frota, escala de plantões, gestão de contratos, monitoramento dos veículos (rastreadores), procedimentos para pagamento ou recursos de multas de trânsito, arquivamentos diversos. Como relação especificamente à oficina mecânica, todos os processos relativos à manutenção desde a abertura de ordens de serviço, sejam internas (oficina própria) ou externas (oficinas credenciadas) até a liberação do veículo para o departamento usuário passam pela minha supervisão. A reposição de materiais, aquisição de peças, autorização de serviços, abastecimento de combustível da frota e de equipamentos especiais (geradores, barcos e outras máquinas) também são atribuídos a minha supervisão.  

4 – Qual a sua opinião com relação a sua formação acadêmica?

Formei-me numa universidade muito bem conceituada. Na época em que cursava a faculdade, a UFJF era uma das dez melhores do Brasil. O curso contava com professores muito atuantes, muitos deles com posições políticas bem claras de modo que o curso de administração além da formação acadêmica propriamente dita, proporcionava um caloroso debate político-social. Estudei numa conjuntura político-econômica muito importante no país, época do  impeachment do então presidente Fernando Collor e a transição da economia para o plano real. Um dos meus professores foi o Deputado Federal Marcus Pestana, outros trabalharam diretamente como secretários nos governos municipais. O curso de administração é um conjunto de várias disciplinas, onde temos uma formação racional e humana muito aprofundada. Tive uma formação que incluía direito, psicologia, estatística, matemática, comunicação e marketing. Sou do tempo em que trabalho acadêmico era feito à mão e máquina de escrever com pesquisa em bibliotecas e de campo. A internet dava seus primeiros passos e ampla gama de informações que dispõem hoje os alunos através de sites de busca simplesmente não existia. A imprensa escrita (jornais e revistas) era nossa principal fonte de informação. As leituras obrigatórias do curso passavam por revistas como Veja, Exame e jornais como a Folha de São Paulo, Jornal do Brasil, Diário Mercantil e O Globo. Considero que minha formação acadêmica foi muito boa, dando-me condições para encarar o mercado de trabalho em condições melhores. Também amadureci pessoalmente, pois o curso obriga o aluno a encarar muitos desafios, como falar em público, defender idéias, posições etc.  

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