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A RIQUEZA MATERIAL DO MATO GROSSO DO SUL

Por:   •  7/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.011 Palavras (9 Páginas)  •  466 Visualizações

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BRUNO SILVÉRIO SANTOS DE LIMA

HEUBERT FERREIRA MORINIGO

JAMIL FRANCISCO DE ARRUDA

A RIQUEZA MATERIAL DO MATO GROSSO DO SUL, MENSURADOS ATRAVÉS DO PRODUTO INTERNO BRUTO – PIB, ENTRE 2000 A 2014.

Trabalho apresentado para o cumprimento da Atividade II da disciplina de Macroeconomia, do curso de graduação em Administração Pública – PNAP III, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, apresentado ao Prof. José Carlos de Jesus Lopes

Campo Grande – MS

Janeiro de 2016[pic 1]

BREVE RELATO SOBRE O ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

        O Mato Grosso do Sul é o segundo estado mais jovem da federação. Foi criado pela lei complementar nº 31, de 11 de outubro de 1977 e instalado em 1º de janeiro de 1979. Está localizado geograficamente na região Centro-Oeste e possui um território de 357.145,53 Km². Seus limítrofes são: ao norte, com Mato Grosso e Goiás; ao sul, com Paraguai e Paraná; a leste, com Minas Gerais e São Paulo; e, a oeste, com Paraguai e Bolívia.

        O estado tem uma população de 2.505.088 habitantes, possui uma densidade demográfica de 7,01 hab/km² e PIB Per Capita é de R$ 21.744 (Estimativa IBGE - 2012). Conta com 79 municípios, divididos em 11 microrregiões, sendo os mais populosos: a capital Campo Grande, com 805.397 habitantes; Dourados, com 200.729 moradores; Corumbá, com 104.912 munícipes; Três Lagoas com população de 105.224 pessoas; Ponta Porã, com 80.433 residentes; e Naviraí que possui 47.899 habitantes.

        No aspecto econômico, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a composição do PIB sul-mato-grossense em 2013, considerando o valor adicionado por setor, corresponde a seguinte divisão: o setor terciário (Comércio e Serviços) é a atividade econômica com maior participação no PIB local, sendo responsável por 60,09% da produção da riqueza; em seguida o setor secundário (indústrias) compõe 22,16% do PIB do estado; e, por fim, o setor terciário (agropecuário) representa 17,75% da produção local.

        No entanto, essa composição da economia nem sempre foi dessa forma. Tradicionalmente Mato Grosso do Sul é fortemente influenciado pelo segmento de agronegócios e sempre se destacou por possuir um dos maiores rebanhos bovinos do país e por ser um dos celeiros da agricultura brasileira. De acordo com o site portalbrasil.net, “em 1990 a atividade agropecuária correspondia a 24,4% do PIB estadual, enquanto a indústria era responsável por 13%”.

        A alteração do perfil econômico do estado aconteceu a partir da segunda metade da década de 90, quando o governo estadual começou a atrair indústrias por meio de incentivos fiscais. Em 1997, foi aprovada a “lei de incentivos fiscais” que autorizava as empresas a pagar apenas 25% do ICMS por prazos de até dez anos. Em 2012 a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul aprovou a Lei nº 4.285, que “autoriza o Poder Executivo a prorrogar, até 31 de dezembro de 2028, os incentivos e benefícios fiscais concedidos a estabelecimentos industriais”.

RESSALVAS SOBRE A COLETA DE INFORMAÇÕES

        Antes de iniciarmos a análise da série histórica do PIB de Mato Grosso do Sul do período de 2000 a 2014, decidimos registrar algumas ressalvas das nossas escolhas metodológicas para a confecção deste trabalho.

        Primeiro é importante mencionar que percebemos que as instituições que tem a função de aferir e consolidar o PIB estadual, seja IBGE, IPEA ou SEMADE/SEMAC, apresentam informações diferentes para os mesmos dados: o IPEA traz conteúdos consolidados oriundos do IBGE, porém superficiais; o IBGE aparenta ter a iniciativa das análises, mas seus estudos são densos e diversos; por sua vez, a SEMADE/SEMAC parece trabalhar em conjunto com o IBGE para confeccionar os relatórios de Contas Regionais, mas seus relatórios divergem entre si.

        Neste sentido, decidimos utilizar as informações disponibilizadas pela SEMADE/ SEMAC, pois apresentam dados mais ricos e direcionados para o objetivo desta atividade. Quanto às divergências de informações, optamos por utilizar os relatórios e publicações mais recentes. Por fim, não encontramos informações oficiais sobre o PIB de Mato Grosso do Sul em 2014, apenas projeções da própria SEMADE/SEMAC.

O PIB DE MATO GROSSO DO SUL DE 2000 A 2014

[pic 2]

        Já dissemos que Mato Grosso Sul é reconhecido como um dos celeiros do agronegócio nacional, porém, ainda é um estado periférico, pequeno e pouco habitado. Sua população representa aproximadamente 1,25% do total de habitantes do país e, por conseguinte, o PIB local tem uma participação modesta no total de riquezas produzido no Brasil, apenas 1,3% do total da nação.

        Apesar desta constatação, os últimos governantes tiveram êxito ao conseguirem adotar políticas que atraíssem novas indústrias para o estado. Isso, somado à pujança do setor de agronegócios, possibilitou que houvesse um desenvolvimento acima da média brasileira, nos últimos 15 anos. Ao analisar os dados da tabela acima, percebemos que enquanto a média de crescimento nacional foi de 3,2%, a de Mato Grosso do Sul foi de 4,8%, sendo que o volume de crescimento local foi maior que o nacional em 11 oportunidades, desde o ano de 2000.

        Entre os anos de 2000 a 2003, observa-se que, apesar de oscilar para abaixo do índice nacional em 2000 e 2002, a média do PIB sul-mato-grossense no período foi quase o dobro da média nacional. Enquanto por aqui o crescimento foi de 4,82%, o país evolui 2,50%. Este resultado tem haver com o bom momento da agropecuária e a consolidação das indústrias que estavam se instalando no estado.

        No entanto, em 2004, devido a falta de chuvas, toda a produção agrícola do estado foi altamente prejudicada        , gerando uma perda de 30% das lavouras e acarretando uma redução de 20,97% do setor primário. As dificuldades climáticas ocasionaram uma forte retração na economia do estado, provocando uma redução de 1,28% do PIB e fazendo com que Mato Grosso do sul fosse o único estado da federação em que o PIB decresceu em 2004.

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