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A importância de utilizar a análise de custo como ferramenta de gestão

Por:   •  8/6/2023  •  Artigo  •  1.720 Palavras (7 Páginas)  •  84 Visualizações

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Jacob Felipe Momm¹
Nayara Hillesheim²

Bruna Linhares Serafim de Lima³

  1. INTRODUÇÃO

O presente estudo tem como principal objetivo, analisar a formação de preço da venda de produtos. Visa ainda compreender a importância dos elementos contábeis na colocação dos preços nos produtos, descrevendo o mark-up, definindo o preço de venda, custos, despesas, tudo que se faz necessário para chegar ao produto final. Nem sempre é fácil conseguir o preço certo, vários fatores podem interferir no preço final. Neste caso, há a necessidade de equilíbrio como ponto de segurança, pois se mostra necessário vender com o preço adequado para que a receita possa cobrir despesas e custos.

Precisa haver uma gestão do processo de custeio, pois se tornará possível identificar e controlar os custos como uma forma de crescimento da produtividade, identificando melhoria nas tomadas de decisões a respeito de preços e investimentos e também no processo produtivo.

O custo normalizado equilibra o valor de custos indiretos atribuídos aos produtos, algumas empresas já implantaram uma produção controlada, conforme o seu fluxo de venda, já que os custos fixos somam uma grande parcela dos custos indiretos atribuídos aos produtos.

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo Martins (2001), todo gasto é um sacrifício financeiro adquirido em troca de um produto ou serviço qualquer, ou seja, gasto é a obtenção de bens ou serviços. Só existem gastos quando houver reconhecimento contábil da dívida ou redução do ativo dado em pagamento. Só existem gastos quando houver reconhecimento contábil da dívida ou redução do ativo dado em pagamento. Os gastos podem ser classificados como investimentos e ao serem consumidos passam a ser custos ou despesas.

Já o custo é o consumo relativo a um bem ou serviço que é empregado na produção. O custo também é classificado como um gasto, mas somente reconhecido como custo no ato de sua utilização para fabricação do produto ou execução de um serviço. (MARTINS, 2001, pg. 26). São exemplos de custos a matéria-prima e a embalagem. Os custos podem ser identificados como direto e indireto e como fixo e variável.

Existem diferentes tipos de custos:

  1. Custos diretos: são facilmente identificados no produto final, incide nos materiais usados na fabricação do produto e sua mão-de-obra. Os custos diretos são aqueles em que os custos podem ser apropriados diretamente ao produto (MARTINS, 2001, pg. 52).
  2. Custos variáveis: são os custos que variam conforme a produção, se a produção aumenta consequentemente os custos também aumentam, quanto mais se produz maiores serão os custos, um exemplo comum são a matéria-prima e as embalagens, pois quanto mais se produz mais quantidade de material será utilizado, o custo também será variado de acordo com as quantidades. 
  3. Custos fixos: são os custos que permanecem fixos independentes do volume de produção, pode-se alterar o volume de produção que o custo será o mesmo, um exemplo muito frequente é o aluguel da fábrica.
  4. Custos indiretos, segundo Leone (2000), são os gastos que não podem ser alocados de forma direta ou objetiva aos produtos ou a um grupo ou a outro segmento ou atividade operacional, e caso sejam atribuídos aos produtos, serviços ou departamentos, serão mediante critérios de rateio. São os gastos que a empresa tem para exercer suas atividades, mas que não tem relação direta com um produto ou serviço específico, pois se relacionam com vários produtos ao mesmo tempo.

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FONTE: Livro Gestão de Custos

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FONTE: Livro Gestão de Custos

Precisamos mencionar que a Contabilidade de Custos nasceu da Contabilidade Financeira, com a necessidade de avaliar estoque nas indústrias, surgindo logo após a Revolução Industrial do século XVII, a Contabilidade de Custos voltada apenas para a área industrial, onde não havia controle nas etapas de produção, apenas compra e venda. Na Revolução Industrial houve a necessidade de implementar a Contabilidade Financeira, pois as empresas tinham como necessidade saber onde seus recursos estavam sendo inseridos, queriam possuir o controle.

Para se produzir um determinado produto e chegar ao seu preço de venda, se faz necessário saber quanto será gasto com a matéria-prima, mão de obra, salário dos colaboradores, deslocamento, etc. Aí, nós temos o Ponto de Equilíbrio, que funciona como indicador de segurança do negócio a ser realizado, que informa ao empresário qual o giro mínimo necessário para cobrir custos e despesas da empresa para a fabricação daquele determinado, produto ou serviço, a partir daí, poderá se ter uma ideia se haverá perda ou não.

“O custo é na verdade somete um dos fatores que compõem a formação do preço de venda. Constitui normalmente o piso abaixo do qual o preço incorre em perdas econômico-financeiras para a empresa.” BEULKE E BERTÓ (2001, pg. 161).

Toda empresa deve implementar precisão em seus preços de venda, sob pena de perder por um preço superior ao da concorrência, ou até mesmo sofrer prejuízos com a veda de seus produtos ou serviços abaixo do custo. Porém, não podemos levar apenas em consideração os preços do produto ou serviços, o mercado é muito competitivo e toda empresa deve não só apenas ter um bom produto ou serviço, mas sim, apresentar qualidade naquilo que está entregando ao consumidor.

O preço da venda é o valor que se deve cobrir o custo direto e indireto da mercadoria, pelo produto ou serviço (mão de obra direta), custos indiretos (salário dos colaboradores, manutenção da empresa, etc.), despesas variáveis (comissões), despesas fixas proporcionais (água, luz, telefone, etc.), e permitindo também a obtenção de um lucro liquido adequado.

Já o Markup é utilizado na formação do preço da venda de um produto ou serviço, que aparece na definição do seu custo. Ele pode ser considerado um ponto de partida fundamental. Uma vez definido, a empresa terá condições de confrontar seus fatores internos de produção com o que o mercado está mostrando.

Após chegar ao preço de um produto ou serviço com base no Markup, se o valor se mostrar incompatível com a média, pode indicar que algo de errado na produção precise ser corrigido. Um exemplo é o custo com fornecedores, elemento muito importante para determinar quanto um produto ou serviço custa para ser colocado à venda. Ou seja, o Markup é mais uma ferramenta de gestão indispensável para conduzir um negócio com mais precisão.

Já o Custo da Mercadoria Vendia (CMV), é o valor da mercadoria que leva em consideração a compra dos insumos e o processo do pós-venda, no qual permite que novos itens sejam devolvidos ao estoque. O estoque faz parte do patrimônio da empresa e do capital social da empresa. Tudo o que contém nele representa valor com potencial de venda e esse valor pode ser constituído por matérias-primas ou produtos acabados. O cálculo do custo dos produtos vendidos está relacionado ao estoque da empresa, pois representa a baixa efetuada nas contas de estoque pelas vendas que foram realizadas no período.

Para facilitar o entendimento, imagine que no mês de outubro de 2021, a empresa CIA & LTDA, apresentava o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) em seu estoque inicial (EI). Porém, no decorrer de 30 dias, ela investiu R$ 3.000,00 (três mil reais) em produtos/ compras ( C). Ao final deste período, ela possui R$ 4.000,00 (quatro mil reais) em seu estoque final (EF).

Logo temos o cálculo:

CMV = EI+C-EF

CMV = R$ 5.000,00 + R$ 3.000,00 – R$ 4.000,00

CMV = R$ 4.000,00

Isso significa que, o Custo de Mercadorias Vendidas é de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), já que CMV = EI + C – EF. Está mesma fórmula pode ser usada para identificar o custo de unidades de cada produto, basta apenas aplicar o mesmo cálculo para cada item.

A fórmula do CMV também poderá ser utilizada para calcular o custo de um produto unitário, ou seja, essa fórmula exige um cálculo para cada tipo de item.

Por exemplo, se você possui um mercado, poderá recorrer a fórmula para encontrar CMV unitário do refrigerante, suco, frutas, verduras, etc..

Para isso, devemos encontrar o EI de cada grupo. Identificar quanto investiu em compras e também o seu EF.

Por exemplo: no inicio do mês de novembro de 2021 o Mercado Chicago possuía R$ 500,00 (quinhentos reais) em EI de refrigerantes, porém, em 30 dias ele comprou R$ 1.000,00 (hum mil reais) em refrigerantes ( C), ao final do mês de novembro o Mercado Chicago ficou com R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais) em estoque (EF).

Logo temos: CMV = R$ 500,00 + R$ 1.000,00 – R$ 550,00

CMV = R$ 950,00

Com o CMV a R$ 950,00 o Mercado Chicago vendeu R$ 2.350,00 em refrigerantes no mês de novembro de 2021, e o seu lucro bruto foi de R$ 1.400,00 (hum mil e quatrocentos reais) com esse produto.

Com o CMV nós descobrimos a rentabilidade real dos produtos, porém, não se pode confundir na hora de calcular, pois alguns elementos não devem ser incluídos nesse cálculo, cujo o único objetivo é encontrar o lucro bruto. Neste caso não podemos incluir:

  1. Impostos deduzidos sobre o faturamento, como o ICMS;
  2. Saídas administrativas, exemplo: telefone, internet e aluguel;
  3. Despesas operacionais, exemplo: frete;
  4. Passivos financeiros, exemplo: empréstimos e seus respectivos juros;
  5. Dispêndios relacionados às vendas, exemplo: comissões.

Motivos para calcular o CMV nas empresas:

  1. Identificar custos excessivos;
  2. Melhorar o controle de estoque;
  3. Analisar a situação financeira;
  4. Monitorar o lucro bruto;
  5. Planejar promoções e liquidações;
  6. Negociar com fornecedores;

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