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A transformação das relações trabalhistas a partir da Revolução Industrial. A valorização do colaborador no cenário contemporâneo.

Por:   •  16/3/2016  •  Monografia  •  2.797 Palavras (12 Páginas)  •  360 Visualizações

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A transformação das relações trabalhistas a partir da Revolução Industrial. A valorização do colaborador no cenário contemporâneo.

Gisele Guimarães Barrozo

Graziela Bento de Moraes

Resumo:

Palavras-chave:

1.INTRODUÇÃO

As Mudanças e Transformações no Cenário Mundial

Ao longo de toda história da humanidade ocorreram modificações na maneira em que o trabalhador era visto pelo empresário e isso refletia em toda comunidade à volta. Com as alterações no modo de pensar e agir, grandes conquistas foram adquiridas.

O século XX trouxe grandes mudanças e transformações que influenciaram poderosamente as organizações, a sua administração e o seu comportamento. É um século que pode ainda ser definido como o século das fábricas, apesar da mudança que se acelerou nas últimas décadas. E, sem dúvida alguma, as mudanças e transformações que nele aconteceram marcaram indelevelmente a maneira de administrar as pessoas (CHIAVENATO, 1999; IDALBERTO, pág. 27).

2.REFERENCIAL TEÓRICO

2.1.REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Revolução Industrial tem início na Inglaterra, em meados do século XVIII, e tem como marco a substituição das manufaturas por indústria mecânica. Com a invenção das máquinas, as fábricas passam a produzir em série, aumentando sua produção em números significativos.

O novo sistema industrial muda não somente o layout das indústrias, como também as relações trabalhistas. A pressão sobre o trabalhador aumentou, junto com as jornadas de trabalho, os riscos de lidar com máquinas sem nenhuma espécie de segurança e sem aumentar a remuneração pelo trabalho exercido.

As atividades fabris eram exercidas por homens, mulheres, crianças sem distinção qualquer, as condições de trabalho eram as piores possíveis e não havia nenhuma lei, ou órgão que amparasse o operário.

Após um longo período de trabalho maçante, condições de trabalho cada vez piores, os operários começaram a se revoltar contra os empresários. Neste momento, a classe burguesa percebeu a necessidade de começar a pensar nos diretos dos trabalhadores para que não houvesse um motim contra o crescente processo de industrialização.

“A Revolução Industrial provocou profundas modificações na estrutura empresarial e econômica da época. Mas não chegou a influenciar os princípios da administração de empresas então utilizados. Os dirigentes de empresas trataram de cuidar como podiam ou sabiam das demandas de uma economia em rápida expansão e tinham por modelo as organizações militares ou eclesiásticas nos séculos anteriores.” (CHIAVENATO, Idalberto, TGA, vol 1, 6 edi., Rio de Janeiro:Elsevier, 2001, pág. 40)

2.2.ERA DA INDUSTRIALIZAÇÃO CLÁSSICA

Pode-se observar que foi um período estagnado em termos de avanço tecnológico e administrativo. Cinquenta anos de pouquíssimas mudanças, ainda assim muito previsíveis, já que estavam sempre ligadas ao pensamento de que o homem era somente uma força braçal, como uma máquina e não era tratado como um ser pensante.“Este é o período logo após a Revolução Industrial e que se estendeu até meados de 1950, cobrindo a primeira metade do século XX. A teoria clássica da administração e o modelo burocrático surgiram como a medida exata para as organizações dessa época. O mundo se caracterizava por mudanças vagarosas, progressivas e previsíveis que aconteciam de forma gradativa, lenta e inexorável. O ambiente que envolvia as organizações era conservador e voltado para a manutenção do status quo. A cultura organizacional predominante era voltado para o passado e para a conservação das tradições e valores tradicionais. As pessoas eram consideradas recursos de produção, juntamente com outros recursos organizacionais como máquinas, equipamentos e capital, na conjunção típica dos três fatores de produção: natureza, capital e trabalho” (CHIAVENATO, 1999; IDALBERTO, pág. 27).

2.3.ERA DA INDUSTRIALIZAÇÃO NEOCLÁSSICA

Nota-se a primeira grande mudança nas relações trabalhistas quando se inicia a Era da Industrialização Neoclássica. Era na qual o departamento de recursos humanos começa a aparecer mais claramente enxergando o trabalhador como uma força inteligente e não mais como apenas uma máquina.“É o período que se estende entre as décadas de 1950 e 1990. Teve seu início logo após a Segunda Guerra Mundial, quando o mundo começou a mudar mais rápida e intensamente. A teoria clássica foi substituída pela teoria neoclássica da administração e o modelo burocrático foi redimensionado pela teoria estruturalista. A teoria das relações humanas foi substituída pela teoria comportamental. Aos poucos, a cultura organizacional [...] passou a concentrar-se no presente, fazendo com que o conservantismo e a manutenção do status quo cedesse lugar à inovação e mudanças de hábitos e de maneiras de pensar e agir. Os departamentos de recursos humanos (DRH) visualizavam as pessoas como recursos vivos e inteligentes e não mais como fatores inertes de produção” (CHIAVENATO, 1999; IDALBERTO, pág. 28).

2.4.ERA DA INFORMAÇÃO

Vivemos um período que tem como fatores principais as grandes mudanças, a velocidade e a nova maneira de enxergar o trabalhador. A mudança dos valores chama atenção na nova Era. A chave da movimentação do século XXI são as pessoas com seus conhecimentos e múltiplas habilidades. A força intelectual começa a sobrepor a força braçal, tornando-se o um dos ativos mais valiosos da organização.“É o período que começou no início da década de 1990. Sua característica principal são as mudanças, que se tornaram rápidas, imprevistas, turbulentas e inesperadas. Um impacto comparável a Revolução Industrial em sua época. Na era da informação, as organizações requerem agilidade, mobilidade, inovação e mudança necessárias para enfrentar as novas ameaças e oportunidades em um ambiente de intensa mudança e turbulência. As pessoas – e seus conhecimentos e habilidades mentais – passam a ser a principal base da nova organização. Nesta nova concepção, as pessoas deixam de ser simples recursos (humanos) organizacionais para serem abordadas como serem dotados de inteligência, personalidade,

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