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Por:   •  5/8/2015  •  Ensaio  •  6.782 Palavras (28 Páginas)  •  352 Visualizações

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PSICOMOTRICIDADE

PROFESSORA: CRISTINA CARDOSO DA SILVA                

APOSTILA DE PSICOMOTRICIDADE INFANTIL – TEORIA E PRÁTICA

CONCEITUANDO A PSICOMOTRICIDADE

Ernest Dupré, em 1907, introduziu a psicomotricidade no contexto científico, enunciando a lei que surgiu do seu trabalho. Em 1909, surgiu o termo psicomotricidade, quando Dupré introduziu os primeiros estudos sobre a debilidade motora nos débeis mentais. (SABOYA, 1995)

Para Negrine (1995), a psicomotricidade origina-se do termo psyché, que significa alma, e do verbo latino moto, que significa agitar fortemente.

A Sociedade Brasileira de Psicomotricidade a conceitua como sendo uma ciência que estuda o homem através do seu movimento nas diversas relações, tendo como objeto de estudo o corpo e a sua expressão dinâmica. A Psicomotricidade se dá a partir da articulação movimento/ corpo/ relação. Diante do somatório de forças que atuam no corpo - choros, medos, alegrias, tristezas, etc. - a criança estrutura suas marcas, buscando qualificar seus afetos e elaborar as suas idéias. Constituindo-se como pessoa.

Diversos autores apresentaram conceitos relacionados a psicomotricidade. De acordo com Vayer (1986), a educação psicomotora é uma ação pedagógica e psicológica que utiliza os meios da educação física com o fim de normalizar ou melhorar o comportamento da criança. Segundo Coste (1978), é a ciência encruzilhada, na qual se cruzam e se encontram múltiplos pontos de vista biológicos, psicológicos, psicanalíticos, sociológicos e lingüísticos.

Saboya (1995) define a psicomotricidade como uma ciência que tem por objetivo o estudo do homem, através do seu corpo em movimento, nas relações com seu mundo interno e seu mundo externo. Para Ajuriaguerra (1970), é a ciência do pensamento através do corpo preciso, econômico e harmonioso. Já Barreto (2000) afirma que é a integração do indivíduo, utilizando, para isso, o movimento e levando em consideração os aspectos relacionais ou afetivos, cognitivos e motrizes. É a educação pelo movimento consciente, visando melhorar a eficiência e diminuir o gasto energético.

A psicomotricidade é atualmente concebida como a integração superior da motricidade, produto de uma relação inteligível entre a criança e o meio. (LIMA; BARBOSA, 2007).

A Psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e estruturação do esquema corporal e tem como objetivo principal incentivar a prática do movimento em todas as etapas da vida de uma criança. Por meio das atividades, as crianças, além de se divertirem, criam, interpretam e se relacionam com o mundo em que vivem. Por isso, cada vez mais os educadores recomendam que os jogos e as brincadeiras ocupem um lugar de destaque no programa escolar desde a Educação Infantil. (LIMA; BARBOSA, 2007)

Segundo Barreto (2000, p. 1), “O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da direcionalidade, da lateralidade e do ritmo”.

A abordagem da Psicomotricidade permite a compreensão da forma como a criança toma consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio dele. A educação psicomotora, para ser trabalhada, necessita que sejam utilizadas as funções motoras, perceptivas, cognitivas, afetivas e sócio-motoras, pois assim a criança explora o ambiente, realiza experiências concretas e é capaz de tomar consciência de si mesma e do mundo que a cerca. (LIMA; BARBOSA, 2007)

1.2) A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Andréia Beatriz da Silva*

Patrícia Ferreira Bianchini Borges** (* Professora da Educação Infantil na Rede Pública Municipal de Uberaba (MG), graduada em Pedagogia pelo Centro de Ensino Superior de Uberaba (CESUBE).

** Assistente de Alunos do Centro Federal de Educação Tecnológica de Uberaba (CEFET-Uberaba), graduada em Letras pela Universidade de Uberaba (UNIUBE) e especialista em Estudos Lingüísticos: Fundamentos para o Ensino e Pesquisa pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). 2

INTRODUÇÃO

O processo de aprendizagem é um processo complexo que envolve sistemas e habilidades diversas, inclusive as motoras. Na maioria das crianças que passam por dificuldades de aprendizagem, a causa do problema não está localizado no período escolar em que se encontram no nível das bases, ou seja, nas estruturas de desenvolvimento. Assim sendo, é imprescindível que a criança, durante o período pré-escolar, antes de iniciar a sistematização do processo de alfabetização, adquira determinados conceitos que irão permitir e facilitar a aprendizagem da leitura e da escrita. Esses conceitos ou habilidades básicas são condições mínimas necessárias para uma boa aprendizagem, e constituem a estrutura da educação psicomotora.

O desenvolvimento psicomotor requer o auxílio constante do professor através da estimulação; portanto não é um trabalho exclusivo do professor de Educação Física, e sim de todos profissionais envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Na Educação Infantil, a função primordial do professor não é alfabetizar, devendo também estimular as funções psicomotoras necessárias ao aprendizado formal.

Os principais aspectos a serem destacados são: esquema corporal, lateralidade, organização espacial e estruturação temporal. Além desses aspectos citados, é importante trabalhar as percepções e atividades pré-escritas.

Um esquema corporal mal constituído resultará em uma criança que não coordena bem seus movimentos, veste-se ou despe-se com lentidão, as habilidades manuais lhe são difíceis, a caligrafia é feia, sua leitura é inexpressiva, não harmoniosa. (MORAIS, 2002)

Quando a lateralidade de uma criança não está bem estabelecida, a mesma demonstra problemas de ordem espacial, não percebe a diferença entre seu lado dominante e o outro, não aprende a utilizar corretamente os termos direita e esquerda, apresenta dificuldade em seguir a direção gráfica da leitura e da escrita, não consegue reconhecer a ordem em um quadro, entre outros transtornos. (MORAIS, 2002)

Problemas na organização espacial acarretarão dificuldades em distinguir letras que se diferem por pequenos detalhes, como “b” com “p”, “n” com “u”, “12” com “21” (direita e esquerda, para cima e para baixo, antes e depois), tromba constantemente nos objetos, não organiza bem seus materiais de uso pessoal nem seu caderno; não respeita margens nem escreve adequadamente sobre as linhas.

Uma criança com a estruturação temporal pouco desenvolvida pode não perceber intervalos de tempo, não percebe o antes e o depois, não prevê o tempo que gastará para realizar uma atividade, demorando muito tempo nela e deixando, portanto, de realizar outras.

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