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ARTIGO SOBRE ENSINO SUPERIOR E NATIVOS DIGITAIS

Por:   •  11/2/2017  •  Artigo  •  1.837 Palavras (8 Páginas)  •  352 Visualizações

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CURSO DE PÓSGRADUAÇÃO

AUDITORIA E CONTROLADORIA

DISCIPLINA: DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR

PROFESSOR: Dr. Paulo Trindade

ENSINO SUPERIOR E A GERAÇÃO DOS NATIVOS DIGITAIS

FRAZÃO, José Carlos.

RESUMO

Os paradigmas rígidos existentes nas salas de aula universitárias formais, com suas fronteiras físicas e restrições de comportamento que criam ambiente negativo para o interesse, a motivação e a construção do conhecimento, formam um gargalo para os novos clientes e usuários desse arcaico modelo do ensino superior. A questão do professor como um imigrante digital, exige uma mudança de atitude e de perfil para acompanhar os nativos digitais e seus reflexos na prática pedagógica. O mundo físico está ficando congestionado. Não podemos mais nos deslocar em tempo hábil. A inexistência de políticas públicas na área de infraestrutura do modal rodoviário e também ferroviário em áreas urbanas, para dirimir e sanear a problemática de transporte, e a crescente frota de veículos novos nas vias urbanas,  nos remete a pensar no futuro dos modelos presenciais do ensino superior. A problemática da mobilidade urbana no Brasil, o desenvolvimento da tecnologia e os nativos digitais vêm alavancar um novo conceito de sala de aula do ensino superior. Esse novo conceito é uma tendência de mercado. É inevitável que ocorra. O processo de aprendizado terá que incorporar as tecnologias de informação para interagir com novos ambientes adequados, convergindo às necessidades dos discentes digitais, formando um novo conceito didático-pedagógico.

Palavra - chave:ensino superior, imigrante digital, nativos digitais, tendência de mercado.

SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ........................................................................................3

2.DOCENTES ANALÓGICOS....................................................................4

3.DISCENTES DIGITAIS............................................................................5

4.INSTITUIÇÃO ANALÓGICA ...................................................................6

5.TENDÊNCIA DE MERCADO...................................................................7

6. CONCLUSÃO ........................................................................................7

1.INTRODUÇÃO

O ser humano busca incessantemente suprir as suas necessidades. Atualmente, nas principais capitais brasileiras, temos o problema de transporte. As vias, ruas e avenidas estão estupidamente lotadas de carros, caminhões, ônibus e motos. Os engarrafamentos de veículos automotivos estão insuportáveis. Há algum tempo atrás tínhamos horários bem definidos de "pique". Hoje, isso não mais acontece. Em todo momento e período do dia existe filas e mais filas de veículos, formando um verdadeiro paredão de deslocamento. Com esse contexto é um transtorno para o aluno se deslocar para uma sala de aula. O tempo gasto para o transporte da sua residência até a sala de aula e seu retorno é igual ou superior a sua permanência em sala de aula. Como solucionar esse impasse?  E além de ser dispendioso o seu tempo de deslocamento, é estressante o seu modelo de vida estudantil. Chega na sala de aula cansado e retorna para casa cansado. Esse modelo compromete o seu aproveitamento e desempenho estudantil.

A organização de ensino superior tem a seu favor o fator logístico, através de suas ferramentas operacionais e a tecnologia da informação,  pode ajudar a suprir essas necessidades.O impasse maior consiste no deslocamento do aluno até a sala de aula e aproveitar melhor o tempo disponível. Então, temos a acessibilidade e disponibilidade do aluno ao ensino superior como entraves para melhorar a qualidade de vida acadêmica do aluno. O aluno tem a dificuldade de ir até a sala de aula, então, a sala de aula tem que vir até o aluno. Para que isso aconteça é necessário que haja equipamentos, software, links de alto desempenho, espaços físicos adequados e inovar conceitos.  Os figurantes principais desse modelo são os professores, alunos e as instituições de ensino superior.

2.DOCENTES ANALÓGICOS

No modelo tradicional, temos o engarrafamento urbano como o maior gravame para a assiduidade e pontualidade do aluno e do professor. Já no virtual temos os imigrantes digitais, na maioria são os professores que nasceram antes da internet, como principal barreira a educação à distância e os nativos digitais que nasceram clicando teclas e telas. Os paradigmas rígidos existentes nas salas de aula universitárias formais, com suas fronteiras físicas e restrições de comportamento que criam ambiente negativo para o interesse, a motivação e a construção do conhecimento, formam o engarrafamento virtual quanto ao novo conceito digital. A questão do professor como um imigrante digital, exige uma mudança de atitude e de perfil para entender a geração Internet e seus reflexos na prática pedagógica. Segundo Paulo Freire, “o homem concreto deve se instrumentar com os recursos da ciência e da tecnologia para melhor lutar pela causa de sua humanização e de sua libertação.” (FREIRE, 1995 apud GUIMARÃES, 2003, p. 58).

Os professores imigrantes digitais estão condicionados a uma transmissão de informação de forma lenta e controlada, com recursos a fontes limitadas como as aulas e os manuais escolares, realizar uma tarefa de cada vez, ensinar recorrendo ao texto do manual escolar, seguir o programa da disciplina e transmitir a informação de forma lógica e sequencial, que os estudantes trabalhem sozinhos, ensinar “just-in-case”, adiar as gratificações e os prêmios para o final do período ou do ano letivo, ser orientados para o trabalho e  cumprir somente o programa preestabelecido  e a  fazer os testes de avaliação de forma presencial na sala de aula.

A interação do professor imigrante digital com a tecnologia resume-se ao seu cotidiano. Há a preocupação de não depender das tecnologias para desenvolver as suas tarefas. É o modus operandi  que ele aprendeu e viveu.

Para haver uma profunda mudança no papel do professor em relação ao aluno é necessário que o ensino e a construção do conhecimento sejam realizados pelo próprio aluno e que não prevaleça sobre o ensino somente pelo professor.

O professor atual ou imigrante digital tem como desafios pedagógicos propostas onde consiste na redução do ensino expositivo, tornar mais dinâmico e participativo, se apropriar das tecnologias de informação, contextualizar o aprendizado do ensino, promover e subsidiar o aprendizado colaborativo objetivando a socialização do aluno. O professor, em um processo de aculturação com os nativos digitais, deve explorar o máximo da inquietude interativa dos nativos digitais.

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