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Administração e suas perspectivas

Por:   •  1/5/2015  •  Artigo  •  6.335 Palavras (26 Páginas)  •  140 Visualizações

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RESUMO

O aumento dos níveis de exigência organizacional, tem feito crescer proporcionalmente os níveis de insatisfação entre os funcionários. Este fato tem sido relacionado, por estudiosos de diversas áreas, como fator de estímulo para aumento/declinio do desempenho organizacional como um todo. Desta forma, a implantação de programas e políticas de aumento da qualidade de vida no trabalho (QVT), são utilizadas como ferramentas para elevação dos níveis de desempenho individuais e organizacionais. No entanto, percebe-se que nas pequenas organizações, onde muitas vezes a estrutura é compacta e os recursos limitados, isto ainda não é realidade., tornando-se interessante estudar a QVT aplicada especificamente nas empresas de pequeno porte. Neste sentido, o presente trabalho teve por objetivo geral avaliar a qualidade de vida no trabalho dos funcionários do Empório Manhattan 44 conforme os benefícios oferecidos pela organização. Os resultados foram obtidos através da elaboração de um estudo de caso quantitativo/qualitativo, onde os dados obtidos através de entrevista com o gestor, e aplicação de questionário de clima organizacional com todos os 24 funcionários do estabelecimento permitiram a realização de análise acerca do tema. Desta forma, foram obtidos como principais resultados a verificação da não existência de programas formais de estímulo a QVT na organização, a análise da percepção do clima organizacional atual, tanto por gestores e funcionários e a sugestão de pequenas mudanças que possam contribuir para elevação da satisfação dos funcionários e, consequentemente, com desempenho da organização.

Palavras-chave: Recursos Humanos; QVT; desempenho organizacional.

1 INTRODUÇÃO

Em virtude do crescente aumento da competitividade e da concorrência entre as organizações dos mais variados setores e das frequentes mudanças que ocorrem no cenário econômico, político e social mundial; o ambiente organizacional tem se mostrado cada vez mais exigente com seus integrantes, causando grandes impactos, nem sempre positivos, na vida de muitos destes funcionários.

Percebe-se que já não importa mais o tamanho das organizações ou o cargo que o indivíduo ocupe dentro dela, as cobranças são cada vez maiores, e o número de colaboradores estressados e insatisfeitos cresce proporcionalmente à essas cobranças. Fazendo com que se crie uma disputa entre os interesses pessoais e profissionais do indivíduo, onde a tendência é que a sua motivação para executar suas tarefas profissionais diminua, e por consequência o desempenho organizacional seja afetado como um todo.

Neste sentido, na tentativa de amenizar os efeitos do estresse gerado no cotidiano organizacional e por consequência aumentar os níveis de motivação dos funcionários, muitos estudiosos e administradores têm estudado os fatores que contribuem para a elevação da qualidade de vida no trabalho (QVT) e investido em programas de qualidade e motivação como ferramenta para melhoria de desempenho e aumento de produtividade.

Percebe-se ainda que nas empresas de pequeno porte, onde a estrutura organizacional geralmente é simplificada e os recursos escassos, não há uma consciência da influência que esta insatisfação individual pode gerar no desempenho global da empresa; surgindo a necessidade de se estudar as ações existentes e analisar a possibilidade de implantação de programas voltados a QVT especificamente para este tipo de organização.

Foi neste contexto que se optou por se realizar o estudo de caso do Empório Manhattan 44, empresa de pequeno porte localizada na cidade de Florianópolis que atua com foco principal no comércio varejista de secos e molhados, a fim de identificar e analisar como a QVT é percebida e como influencia no desempenho cotidiano de gestores e funcionários em uma micro empresa. Estabelendo como objetivo geral de pesquisa a avaliação da qualidade de vida no trabalho dos funcionários do Empório Manhattan 44 conforme os benefícios oferecidos pela organização.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Conforme citado por Fernandes (1996), a ciência comportamental, tratando especificamente de aspectos ligados ao bem-estar das pessoas em situação de trabalho, orienta-se por uma linha de pesquisa – já consideravelmente desenvolvida por pesquisadores como Bergeron (1982), Boisvert (1980), Werther e Davis (1983), Oldham e Hackaman (1970), Westley (1979), Guest (1979), Walton (1975), conhecida como “Qualidade de Vida no Trabalho” – QVT.

A QVT pode ser definida como melhorias nas condições de trabalho para funções de qualquer natureza e nível hierárquico, nas variáveis comportamentais, ambientais e organizacionais que venham juntamente com a política de Recursos Humanos condizente, humanizar o emprego, de forma a obter-se um resultado satisfatório, tanto para o empregado como para a organização. (Vieira & Hanashiro apud Burigo, 1997).

Por sua vez, Fernandes (1996) afirma que a preocupação com o conceito de QVT faz-se necessária, pois certas atividades empresariais, atribuindo-se o título de programas de QVT, constituem-se apenas em esquemas de manipulação, baseados em abordagens simplistas e míopes relativas ao comportamento humano nas organizações, motivando críticas a movimentos orientados por esta linha de trabalho como sendo mais um “modismo” da área de Recursos Humanos.

Quanto aos conceitos apresentados, verifica-se que não há consenso entre os autores apresentados, mas todos complementam a ideia principal de QVT como sendo a de proporcionar no local de trabalho um ambiente favorável em relação aos aspectos físicos, organizacionais e psicológicos dos colaboradores, podendo ainda, como consequência disto, ser refletido na vida pessoal dos mesmos.

Dentro os fatores que determinam a QVT temos a Teoria da Hierarquia das Necessidades que foi apresentada por Abraham MASLOW, ele foi o primeiro a inserir as necessidades humanas num quadro teórico que abrange sua teoria da motivação humana, baseada numa hierarquia das necessidades humanas básicas. (Lopes apud Rodrigues, 1994).

Spector (2010) afirma que a satisfação das necessidades humanas é essencial para a saúde física e mental do indivíduo, pois elas estão agrupadas junto a uma hierarquia que inclui necessidades físicas, sociais e psicológicas. O último nível inclui as necessidades quanto à sobrevivência, como ar, água, comida. O segundo nível consiste nas necessidades de segurança quanto à proteção de possíveis ameaças e perigos, como as referentes a abrigo e proteção. No terceiro nível, está

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