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América Latina e Sustentabilidade

Por:   •  15/12/2016  •  Artigo  •  1.578 Palavras (7 Páginas)  •  301 Visualizações

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  1. Quais os aspectos da promessa não concretizada: “crescimento da produção e consumo beneficiaria o bem-estar de toda humanidade”.

Com crescimento da população, e com isso, o crescimento de produção e consumo, infelizmente, acaba acarretando em diversos problemas. Se vivêssemos num mundo completamente organizado, isso seria positivo, mas como sabemos que isso não é nossa realidade, encontramos a mesma oposta do que foi planejada. A degradação do ecossistema é expressa pela crescente deterioração e esgotamento de recursos naturais não renováveis e pelas diversas poluições da atmosfera, dos solos e das águas. A isto converge o aquecimento global ligado às emissões de gases que produzem o “efeito estufa”, associado ao modelo de desenvolvimento industrial e do consumismo que se orientam pela lucratividade do capital, sustentado pela ideologia de que o “crescimento da produção e do consumo” beneficiaria a longo prazo a melhoria do bem-estar de toda a humanidade. Esta “promessa” não se concretizou, ao contrário, se tornou cada vez mais distante a mais de um bilhão de seres humanos e com uma brutal hecatombe à vista: a destruição do Planeta.  

  1. Explique que há expresso antagonismo entre o “circuito planetário de conforto” e o “circuito planetário de miséria” e que outros antagonismos o texto enfatiza?

      A diferença de qualidade de vida entre certos povos é gritante. Enquanto uns usufruem da sua bela realidade, ou apenas sonham em ter aquilo que se é passado pelas mídeas. O trecho do texto retirado a seguir explica detalahadamente isso. “Enquanto o europeu, o norte-americano, estão no “circuito planetário de conforto”, grande parte dos africanos, dos asiáticos e dos latino-americanos estão no “circuito planetário de miséria”, mas aspiram “à vida de bem-estar com a qual fazem sonhar os comerciais” e o marketing dos produtos comercializados pelas grandes corporações.  A “unificação mundializante” gera sua própria negação expressa nos antagonismos entre nações e religiões; entre a religiosidade e a laicização; entre ricos e pobres; entre Ocidente e Oriente; entre a democracia e a ditadura. Por isso, Morin entende que concebido unicamente de modo técnico-econômico, o desenvolvimento chega a um ponto insustentável, inclusive o chamado desenvolvimento sustentável. É necessária uma noção mais rica e complexa do desenvolvimento, que seja não somente material, mas também intelectual, afetiva, moral... (Morin, 2001, p. 70)”.

  1. Aborde: a) as fases da sociedade industrial e a questão ambiental; b) as conseqüências contraditórias da revolução industrial; c) A industrialização de sociedades periféricas e a questão ambiental.
  1. As sociedades industriais atravessam as seguintes fases: a primeira, caracteriza-se pelas novas fontes de energia e as máquinas que melhoram a eficiência do trabalho humano. Surge o sistema da fábrica, a organização e racionalização do trabalho. A segunda, também introduz novas fontes energéticas (eletricidade, motor de combustão etc.), expandem-se os setores industriais, implantam-se vias de transporte e demais infra-estruturas, novas indústrias emergem, novos conceitos de gestão e administração são adotados, hierarquiza-se a estrutura empresarial com o surgimento de novos investidores. A terceira, sinaliza os avanços na tecnologia de energia, no setor de transporte, na área de produtos elétricos. É a fase da urbanização acelerada e a crescente demanda de eletrodomésticos em substituição do trabalho humano na área doméstica. A quarta, caracteriza-se pelos novos materiais, novos produtos, pela automação produtiva, pela informacionalização, pela constituição das corporações transnacionais e da globalização.
  2. Entre as conseqüências mais profundas do processo de industrialização, está o agravamento da pobreza em dimensões astronômicas. O trabalho torna-se mais longo e cansativo, por vezes apenas repetitivo e confinado. A par das expectativas de emancipação, libertação, democracia, riqueza e bem-estar, não se pode fechar os olhos para seu lado traumático: 80% da população mundial é pobre.
  3.  A industrialização das sociedades periféricas às sociedades centrais insere-se no processo de modernização civilizatória ocidentalizado, pelo qual sociedades agrárias dependentes se industrializam e se urbanizam. Incluem-se, nesta categoria, os países latino-americanos, os africanos, vários asiáticos. Alguns são apontados como emergentes: Brasil, Argentina, Chile, México, Rússia, China, Índia e outros similares. Além das diferenças históricas e culturais, há convergências quanto à questão da tecnologia, da produtividade e da relação com o meio ambiente. Sem dúvida, no início do século XXI, pode-se afirmar que a “humanidade estabeleceu relação nova e única com o meio biofísico” (Demo, 2002) na luta pela sobrevivência. No entanto, “o conhecimento que ilumina, esclarece, é o mesmo que imbeciliza, assim como a tecnologia pode ser de vida ou de morte”. Lamentavelmente, o conhecimento que deveria ser direcionado para a libertação, para a paz, para a convivência e a solidariedade, destina-se para o esmagamento de culturas, de povos e da destruição do Planeta.
  1. “o valor da biodiversidade e do ecossistema vai além do seu valor econômico direto”. Explique.

 Essa frase trata perfeitamente sobre o assunto de biodiversidade. Ela explica que o valor dos recursos naturais que possuímos no nosso planeta, são muito mais valiosos do que seu valor econômico. Umas das principais funções são: estabilizar o clima e a atmosfera, regular o ciclo hídrico e a umidade mesoclimática, fontes de madeira, animais selvagens e produtos farmacêuticos, entre outros.

  1. Apresente as 5 propostas para a proteção ambiental integrada e manejo racional.

A) Áreas de Proteção Natural: o principal elemento na conservação da biodiversidade in situ no mundo têm sido as áreas de proteção natural. Praticamente todos os países da região têm sistemas de áreas naturais protegidas. O PNUMA estima que 6,6% do território da região estejam na categoria de áreas estritamente protegidas.

B) Corredores Biológicos: outra estratégia complementar para a proteção da biodiversidade e dos correspondentes ecossistemas consiste no estabelecimento de corredores biológicos projetados para unir áreas naturais protegidas ou formar blocos contínuos de áreas já fragmentadas, promovendo a integração de programas e um gerenciamento mais sustentável.

C) Proteção de áreas por etnias minoritárias: esta estratégia consiste na transferência legal de territórios para grupos étnicos minoritários (por exemplo reservas indígenas) com vistas a promover a conservação e o uso sustentável de uma sub-região. Este projeto tem sido aplicado na Bacia do Amazonas e na região andina, assegurando potencial grande para o futuro. As reservas indígenas e propriedades coletivas de comunidades negras atingem aproximadamente 39,.2 milhões de hectares da sub-região andina. Os territórios das comunidades indígenas incluem uma parte significativa dos ecossistemas que são de grande valor devido a sua biodiversidade.

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