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Análise de demonstrações contábeis

Por:   •  23/7/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.320 Palavras (6 Páginas)  •  158 Visualizações

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Referencial Teórico

Neste tópico abordaremos a revisão da bibliografia existente acerca do processo de análise de demonstrações contábeis, sendo elas dos balanços patrimoniais, e dos resultados dos exercícios, buscando explicar de forma sucinta e objetiva cada tópico que tais tópicos englobam, qual sua importância, e sua aplicabilidade no contexto organizacional.

Segundo Mott (2005), o objetivo de se contabilizar informações é de fornecer ao usuário dados precisos e oportunos para a tomada de decisões. Os dados em sua maioria são confiáveis e precisos, pois, de acordo com Mott (2005), todos os profissionais contadores são obrigados a seguirem normas estabelecidas no Internacional Financial Reporting Standarts (IFRS), a fim de sempre fornecerem informações padronizadas para melhor compreensão.

De acordo com Iudícibus (1982, p. 20), a observação e compreensão das análises contábeis pode ser definido como a “arte de saber extrair relações úteis, para o objetivo econômico que tivermos em mente, dos relatórios contábeis tradicionais e de suas extensões e detalhamento, se for o caso”.  

Para Oliveira (2003), a análise do Balanço Patrimonial da organização fornece uma visão geral, no qual é possível até identificar as principais lacunas da companhia, assim como também possíveis alternativas estratégicas. “[...] uma boa análise sempre deveria começar com a do Balanço Patrimonial da empresa, pois seria extremamente desastroso para um gerente financeiro assumir as finanças de uma empresa que caminha para a insolvência” (MATARAZZO, 1998, p.158).

Indicadores econômicos e financeiros

Para realizar uma análise interpretativa mais aprofundada, é utilizado o cálculo dos indicadores econômicos e financeiros, que beneficia investidores e acionistas, gestores, contadores, dente outros. Segundo Mott (2005), a maioria dos índices principais está preocupada com os aspectos de rentabilidade e, como qualquer investimento financeiro pessoal que pode fazer, a preocupação chave diz respeito ao retorno sobre o capital investido.

[...] a revisão dos especialistas em análise de índices financeiros consiste na compreensão acerca das informações relevantes que eles podem fornececer. Por exemplo, um investidor estaria interessado na demonstração do resultado abrangente e da disponibilidade de lucros para pagar dividendos, enquanto um controlador de crédito de um fornecedor estaria mais interessado na capacidade de um cliente para pagar, e se interessaria mais na relação da posição financeira e de liquidez. A utilidade relativa de cada relação depende de quais aspectos relativos aos negócios da empresa estão sendo investigados. (ELLIOT; ELLIOT, 2011, p. 697, tradução nossa)

Segundo Edmonds et al. (2013), para se analisar os índices da organização, é necessário possuir (na maioria dos cálculos) o balanço patrimonial e os resultados das empresas de pelo menos dois anos, para assim, poder compará-los, tendo em vista que estes são construídos a partir da inter-relação e interdependência do ativo, passivo e dos resultados.

Portanto, na obra Accounting Theory (lançado no Brasil como Teoria da Contabilidade), Hendriksen e Breda (1999) - com a primeira edição lançada em 1965 - definiram fórmulas para o cálculo dos índices econômicos e financeiros. Essas fórmulas definem a liquidez, atividade e rentabilidade a organização.

Dentro dos indicadores de liquidez - ou de capacidade de pagamento - existem os índices de liquidez corrente, seca, geral e imediata.

Segundo Hendriksen e Breda (1999), para se calcular a liquidez corrente, é necessário dividir o ativo circulante pelo passivo circulante. De acordo com Mott (2005), este índice representa o quanto a empresa possui de ativo circulante para cada “real” de passivo circulante, ou seja, quanto mais, melhor. O objetivo é verificar a capacidade de pagamento da empresa dos valores de curto prazo.

Já no cálculo da liquidez seca, Hendriksen e Breda (1999) afirmam que é necessário subtrair o estoque no ativo circulante, e depois dividir o resultado pelo passivo circulante. De acordo com Mott (2005), este índice representa o quanto de ativo circulante líquido para cada “real” de passivo circulante, ou seja, quanto mais, melhor. O objetivo é o mesmo que o da liquidez corrente, porém, este é mais “duro” no sentido de que a exclusão dos estoques do Ativo Circulante transforma essa parcela do ativo apenas em valores recebíveis.

Para Hendriksen e Breda (1999), o cálculo da liquidez geral, é necessário somar o ativo circulante ao realizável à longo prazo, e dividir o resultado pela soma do passivo circulante com o exigível a longo prazo. De acordo com Mott (2005), este índice representa o quanto à empresa possui de ativo circulante e realizável à longo prazo para cada “real” de dívida total, ou seja, quanto maior, melhor. Tem como objetivo verificar a capacidade pagamento, agora analisando as condições totais de saldos a receber e a realizar contra os valores a pagar.

Inicialmente deve-se destacar, segundo Hendriksen e Breda (1999), que a compreensão acerca do termo “caixa” deve corresponder não apenas a conta contábil do BP Caixa, mas todos os recursos disponíveis que a empresa possa fazer uso como se fossem dinheiro. Dessa forma, corresponde ao caixa as disponibilidades imediatas da empresa, tais como, caixa, depósitos bancários à vista, aplicações de liquidez imediata.

Dentro dos indicadores de atividade existem os índices de prazo médio de recebimento, prazo médio de pagamento, prazo médio de estoque.

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