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Análise do Perfil do Trabalhador

Por:   •  10/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.878 Palavras (8 Páginas)  •  140 Visualizações

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Um breve estudo sobre os modelos produtivos: Taylorismo, Fordismo e Toyotismo, com análise do perfil do trabalhador

Resumo: Apresenta similaridades e distinções existentes nos padrões de produção conhecidos como Taylorismo, Fordismo e Toyotismo. Busca contextualizar os modelos produtivos com a sociedade contemporânea. Utiliza-se como metodologia a pesquisa bibliográfica, realizada por artigos disponíveis na Internet e livros.

Palavras-chave: Taylorismo. Fordismo. Toyotismo. Acumulação Flexível.

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como objetivo principal identificar as origens e as principais características dos modelos produtivos: Taylorismo, Fordismo e Toyotismo; e contextualizar com o mundo contemporâneo, com foco no trabalhador.

Durante o início do século XX a indústria passava por mais um dos muitos processos de transformação, resultando na Segunda Revolução Industrial.

Outro fato fundamental neste período foi o surgimento do capitalismo financeiro, que integrava o setor industrial ao lucro dos grandes bancos.

Juntamente com tais processos, houve um acirramento na disputa por lucro entre as empresas. A partir daí, começou-se a disseminar várias novas formas de produção que visavam aumentar o lucro, aumentando a produção e reduzindo preços. Estes mecanismos criados para este objetivo ficaram conhecidos como modelos produtivos, dos quais se destacam o fordismo, o taylorismo e, mais recentemente, o Toyotismo, os quais serão apresentados neste artigo.

2 TAYLORISMO OU ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

O estadunidense Frederick Winslow Taylor (1856-1915),  foi “[...] um engenheiro cheio de idéias e ótimo observador de atividades organizacionais.” (AQUILANO; CHASE, 2001, p.34).

O Taylorismo, também conhecido como Administração Científica, foi desenvolvido no final do século XIX e início do século XX, em meio a um processo de transformação gerado pela Revolução Industrial, e tem por base o foco na realização de tarefas.

O nome Administração Científica é devido à tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas da Administração, a fim de aumentar a eficiência industrial. Os principais métodos científicos aplicáveis aos problemas da Administração são a observação e a mensuração. (CHIAVENATO, 2003, p. 54).

Visando a melhoria do desempenho da organização, este modelo de administração, adotou como principais características:

  • a divisão do trabalho, onde a gerência estabelece os padrões e os operários apenas obedecem;
  • a especialização do operário em uma única função, onde eles as “melhores pessoas” são treinadas para realizar a tarefa da “melhor maneira”;
  • o tempo para realização de cada tarefa passou a ser cronometrado e metas passaram a ser estipuladas, objetivando otimizar a produção e evitar o ócio;
  • apenas o gerente, responsável pela fiscalização, passa a ter conhecimento de todo o processo de produção.

Em se tratando de suas pesquisas, Martins e Laugeni mencionam:

E com os trabalhos de Taylor surge a sistematização do conceito de produtividade, isto é a procura incessante de se obter melhoria da produtividade com o menor custo possível. Essa procura ainda hoje é o tema central em todas as empresas, mudando-se apenas as técnicas utilizadas. MARTINS E LAUGENI (1988, p.2).

Taylor propôs a ideia de uma gerência que criasse, através de métodos de experimentação do trabalho, regras e maneiras padrões de executar o trabalho, garantindo a eficiência dos processos. Assim, criava-se métodos padronizados de execução que deveriam otimizar a relação entre tempo e movimento.

Evidencia-se, portanto, que o trabalho é pensado por Taylor, em todos os sentidos, como um mero instrumento para o crescimento capitalista, pois sua preocupação não era investigar a qualidade do trabalho e o bem estar do trabalhador, mas otimização da produção para atender às necessidades capitalistas.

3 FORDISMO E A INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

Alguns anos depois, o industrial Henry Ford procurou aperfeiçoar as ideias desenvolvidas no Taylorismo.

Ford criou a linha de montagem dentro da indústria automobilística, pioneira na organização da produção industrial. A produção de automóveis que antes era praticamente artesanal e individualizada, passou a ser de larga escala para que fosse possível a redução dos custos de produção e do preço de venda dos veículos.

Os processos de trabalho foram aprimorados e semi-automatizados, inclusive com a introdução de esteiras mecânicas, onde o trabalho vai até o operário, dando um novo ritmo de trabalho.

Desta forma, a criação da linha de montagem levou a uma maior produção em menos tempo e todo movimento inútil foi eliminado e toda produção foi racionalizada. 

Para melhor descrever o que foi dito acima, Chiavenato destaca abaixo um dos principais princípios de Ford, o da produtividade:

O princípio da produtividade consiste em aumentar, sucessivamente, a capacidade de produção de cada elemento produtor. Se o trabalhador consegue, num mesmo período, com a mesma jornada de trabalho, produzir o dobro da produção inicial e ao mesmo tempo receber o dobro do seu salário, terá sua vantagem e proporcionará vantagens ao empregador, pela ampliação da produção, e ao consumidor, pela possibilidade de redução do preço de custo face a distribuição das despesas para uma produção maior. (CHIAVENATO, 2003).

A minimização dos custos e o aumento da produtividade fazem com que os preços dos produtos caiam. Portanto, com o aumento da produção dos automóveis, que permitiu o barateamento do preço final, foi possível que os próprios funcionários pudessem compra-los, aumentando o mercado consumidor.

Apesar de ser uma evolução do modelo Taylorista, o Fordismo também apresenta características que vão de contraponto ao adotado por Taylor, como por exemplo, a racionalização da produção através do parcelamento de tarefas. Ou seja, o operário não necessita ter alto grau de especialização na sua função, pois a produção passou a dividir o trabalho em tarefas menores. Neste processo, inclui-se a linha de montagem que permite aos operários, colocados um ao lado do outro e em frente a uma esteira rolante, realizar a sua parcela do trabalho dentro do tempo pré-estabelecido.

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