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Análise do valor necessário para capital de giro de uma empresa

Por:   •  9/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  6.512 Palavras (27 Páginas)  •  303 Visualizações

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Análise do valor necessário para capital de giro de uma empresa.

Conceito do Capital de Giro

          Pode ser definido de modo fundamental como sendo o conjunto dos ativos circulantes (disponível, clientes, estoque) que podem cobri os exigíveis em curto prazo (dividas a curto prazo) de uma entidade.

        

Na realidade o capital de giro envolve as contas circulantes da empresa, inclusive os ativos circulantes e passivos circulantes. Na maioria das vezes os ativos circulantes representam praticamente a metade do ativo total e os passivos circulantes montam um terço do faturamento. Toda empresa precisa manter um nível razoável de capital de giro, pois os ativos circulantes devem ser suficientes para cobrir os passivos circulantes, com alguma margem e segurança.

O capital de giro ainda pode ser definido como sendo a constituição dos ativos circulantes (também chamados ativos correntes). Os investimentos em ativos circulantes sofrem alterações muito frequentes, quase cotidianas, pois o capital de giro está relacionado principalmente com as vendas, que são realizadas diariamente e sofrem oscilações frequentes. Esses investimentos são efetuados em curto prazo em função do ciclo operacional da empresa. Boa parte das aplicações de fundos da empresa se destinam ao seu capital de giro.

A expressão CAPITAL DE GIRO originou-se com velho mascate ianque que lotava sua carroça com mercadorias e então saia  a caminho para vender seus artigos. Chamava-se capital de giro porque era o que ele na verdade vendia, ou “girava”, para produzir seus lucros. A carroça e o cavalo eram seus ativos permanentes. Ele geralmente possuía o cavalo e a carroça, de forma que estes eram financiados com capital próprio, mas ele tomava emprestado o recurso para comprar mercadoria. Esses recursos, chamados de “empréstimos de capital de giro”, tinham de ser restituídos depois de cada viagem para demonstrar ao banco que o crédito era sadio. Se o mascate fosse capaz de restituir o empréstimo, então o banco poderia lhe fazer outro empréstimo.

Capital de giro e itens circulantes

Dentre as aplicações de fundos por uma empresa, a  parcela ponderável destina-se ao que, alternativamente, podemos chamar de ativos correntes, ativos circulantes, ou capital de giro.

Em geral esses ativos compreendem os saldos mantidos por uma empresa nos subgrupos disponível (que envolve as contas e a disponibilidade de investimentos temporários), contas a receber (duplicatas a receber ou clientes) e estoques (de mercadorias, matéria-prima, produto em elaboração e produto acabado). A soma desse saldo a qualquer momento considerado representa o montante então investido pela empresa nesses subgrupos. E é essa soma que pode receber uma das denominações sublinhadas no parágrafo anterior (subgrupos). Em particular, deve-se distinguir o capital de giro no sentido bruto, que e aqui utilizado, do capital de giro, que resulta da subtração de todos os compromissos á curto prazo da empresa para com fornecedores, funcionários, fisco etc., do total dos subgrupos que compõem o capital de giro bruto, isto é, disponibilidade+ investimentos temporários+ contas a receber+ estoques.

Segundo circular 179 do Banco Central do Brasil (11 de maio 1972), o curto prazo é definido por um período de 180 dias. Entretanto, que pese essa fixação arbitrária para fins práticos, é preciso entender o significado teórico desse período.

Segundo os artigos 179 e 180 da Lei nº. 6404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das sociedades por ações), o curto prazo é delimitado por um período igual ao de um exercício social, ou seja, um ano, na maioria dos casos. Entretanto, é necessário entender o significado teórico do curto prazo.

Poderíamos dizer que os ativos correntes constituem o capital da empresa que circula até transformar-se em dinheiro dentro de um ciclo de operações. Em vista dessa formulação, o curto prazo como duração desse ciclo de operações é, na verdade, o tempo exigido para que uma aplicação de dinheiro em insumos variáveis gire inteiramente, desde a compra da matéria-prima e o pagamento de funcionários até o recebimento correspondente à venda do produto ou serviço proporcionando ao cliente, a partir do emprego de tais recursos, que pode ser denominado “CICLO OPERACIONAL”.

Os recursos contidos nestas contas são aqueles que permitem à empresa efetuar pagamentos imediatos. De um lado,” Caixa” representando dinheiro “Vivo”, em notas de papel-moeda e moedas metálicas. Enquanto a conta “Bancos” refere-se aos saldos mantidos em contas bancárias movimentáveis á vista contra a emissão de Cheque.

O caixa pode ser estendido como um ativo que não gera retornos, “ativo sem lucro”. Ele é necessário para pagar mão-de-obra e matérias-primas, para comprar ativos imobilizados, pagar impostos, para o serviço da divida, para pagar dividendos e assim por diante. Entretanto, o caixa em si (e também as contas correntes em bancos comerciais) não ganha juros. Assim, o objetivo do administrador do caixa é o de minimizar  quantia de caixa que a empresa deve manter para conduzir suas atividade empresariais normais e também ter caixa suficiente para: (1) obter descontos comerciais; (2) Manter sua classificação de crédito; e (3) atender a necessidades caixa inesperadas.

        As empresas mantêm caixa por quatro motivos principais:

(1) SALDO DE TRANSAÇOES:  Identificado como um saldo em caixa associado com pagamentos e cobranças; é o saldo necessário para as operações do dia-a-dia.

(2) SALDO DE RECIPROCIDADE: Identificado como sendo um saldo em conta corrente que uma empresa deve manter com um banco para compensar o banco pelos serviços prestados ou pela concessão de algum empréstimo.

(3) SALDO PREVENTIVO OU PRECATÓRIO: Identificado como sendo um saldo em caixa mantido em reserva para flutuações ocasionais e imprevistas nas entradas e saídas de caixa.

(4) SALDO ESPECULATIVO: Identificado com sendo um saldo em caixa mantido para capacitar uma empresa a aproveitar oportunidades que possam surgir.

A administração de caixa na maior partes das atividades de administração é desempenhada conjuntamente pela empresa e o banco principal, mas o gerente financeiro é responsável pela eficiência do programa de administração de caixa. A administração efetiva de caixa abrange a administração apropriada tanto dos fluxos de entradas quanto de saídas de caixa,  que envolve técnicas mais comumente empregadas para desempenhar essa tarefa (administração de caixa).

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