Artigo metodologia da pesquisa

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

IZABELA MATAVELI SUAVE

MARIA CAROLINA DONA PETERLE

GESTÃO DE EFLUENTES E RESÍDUOS INDUSTRIAIS: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE EMBALAGENS

Cariacica

2014

IZABELA MATAVELI SUAVE

MARIA CAROLINA DONA PETERLE

GESTÃO DE EFLUENTES E RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE EMBALAGENS

Atividade Avaliativa da Disciplina Metodologia da Pesquisa, ministrada pela Professora Idália Antunes, para obtenção de nota parcial para o primeiro período do Curso Superior de Engenharia de Produção do Instituto Federal do Espírito Santo.

Cariacica

2014

1. INTRODUÇÃO

O acúmulo de muitos resíduos durante décadas provocou a poluição da água, da terra e do ar, provocando gravíssimos problemas de saúde pública. A era industrial veio agravar esse problema, com fábricas sem o mínimo pudor com questões ambientais, sendo que essas expeliam por suas chaminés grande quantidade de resíduos e lançavam dejetos ao ar livre, de acordo com Brugger (1994). A modernização, industrialização e o avanço tecnológico foram processos que tiveram grande contribuição para a degradação do meio ambiente.

Segundo Borger (2001), a responsabilidade social deve ser vista como parte da cultura, da visão e dos valores da empresa, requerendo uma filosofia e compromisso articulados na afirmação da missão, manual dos empregados, marketing e comunicação com todos. De acordo com Barbieri e Cajazeira (2009), uma empresa ecologicamente correta é a que procura inserir os conceitos e objetivos relacionados com o desenvolvimento sustentável em suas políticas e práticas de modo consistente.

Nos últimos anos, após o visível agravamento do problema causado pelo lixo, a população vem se conscientizando dos efeitos negativos e impactos gerados pelos resíduos, e o governo tem mostrado sua preocupação com a problemática criando sistemas de gestão onde as empresas observam a necessidade de demonstrar o seu compromisso com a proteção ambiental. Segundo Donaire (2006) está é a forma como a geração atual satisfaz sua necessidade sem por em risco a capacidade das gerações futuras.

Segundo Andrade, Tachizawa e Carvalho (2002) devido a pressões de investidores internacionais, há uma crescente tendência do exercício da responsabilidade socioambiental por parte das organizações e essa tendência deve continuar de forma permanente e definitiva. Ainda não há conflitos entre lucratividade e questão ambiental, porém a demanda e o faturamento das empresas começarão a depender diretamente do comportamento dos consumidores que enfatizarão suas preferências por produtos ecologicamente corretos.

A principal problemática encontrada nas empresas no campo da produção sustentável é a quantidade de resíduos gerados diariamente, principalmente sólidos, devido à falta de uma destinação apropriada para estes. Assim, vemos duas medidas que podem ser tomadas: a diminuição da produção de resíduos ou a reciclagem. Tendo em vista as opções propostas, percebe-se que para que o campo econômico não se esbarre com o campo ambiental, a reciclagem é a mais viável, pois além de diminuir o lixo industrial sem afetar negativamente na lucratividade da fábrica, ajudaria também no marketing da empresa, visto que a sustentabilidade tem sido um dos assuntos mais visados atualmente. Com isso, fica a pergunta: Como uma empresa pode crescer sem afetar o meio ambiente com os resíduos produzidos?

Esse artigo tem como objetivo geral, através do estudo de caso, analisar diretrizes para um crescimento econômico sustentável, encontrando soluções para um direcionamento correto e lucrativo dos resíduos sólidos e líquidos produzidos no dia-a-dia da empresa de embalagens Alfa.

Verificar a quantidade de resíduos gerados diariamente, identificar o local de despejo desse lixo e analisar o tipo de reciclagem que pode ser introduzida nesta empresa são os objetivos específicos.

Segundo Fernandes (2009), o estudo da percepção ambiental é de fundamental importância para a melhor compreensão das inter-relações entre o ser humano e o meio ambiente, suas expectativas, anseios, satisfações e insatisfações, julgamentos e condutas.

Conforme Ribeiro (2009), a forma que o ser humano percebe e interage com o seu espaço e a educação ambiental ganha espaço como um processo importante, que tem como objetivo a solução da crise ambiental, transformando de um ambiente desequilibrado em um mundo mais ético e solidário.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Contexto Histórico

Como consequência de anos de apropriação irracional do ar, da água e do solo feita devido à falta de consciência da humanidade acerca da finidade dos recursos ambientais, temos que gastar o mínimo e aproveitar o máximo do que já foi produzido. Dessa forma, a reciclagem pode ser uma grande aliada nesse processo. O ideal, segundo Lerípio (2001), seria a não existência de resíduos que não podem ser reutilizados ou reciclados, isto é, o produto original deveria ser projetado de forma que se evite a incineração ou a destinação em aterros.

Desta forma, segundo Missiaggia (2002) a empresa tem dado preferência à substituição de matérias primas de difícil reaproveitamento por produtos que possam ser reciclados após a sua utilização.

“Responsabilidade social empresarial vem à tona nas discussões teóricas, inicialmente na década de 1950, quando se questionou a responsabilidade de empresas que em seu meio de produção consomem recursos naturais, gerando poluentes eliminados diretamente no ecossistema.” (BEUREN, RODRIGUES; 2014, p.4)

2.2 Desafios para o alcance da sustentabilidade na empresa

“Cada vez mais a questão ambiental está se tornando matéria obrigatória das agendas dos executivos das empresas. A globalização dos negócios, a internacionalização dos padrões de qualidade ambiental esperadas na ISO 14000, a conscientização crescente dos atuais consumidores e a disseminação da educação ambiental nas escolas permite antever que a exigência que farão os futuros consumidores em relação à preservação do meio ambiente e à qualidade de vida deverão intensificar-se. Diante disso, as organizações deverão, de maneira acentuada, incorporar a variável ambiental na observação de seus cenários e na tomada de decisões, além de manter uma postura responsável à questão ambiental”. (MISSIAGGIA; 2002, p.19)

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