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As Organizações e as transformações recentes

Por:   •  29/6/2015  •  Artigo  •  1.918 Palavras (8 Páginas)  •  103 Visualizações

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PUNTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE GOIAS – PUC-GO

MESTRADO – ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMA

MODELAGEM DE REDES DE PRODUÇÃO E SERVIÇO (MES0006)

ARTIGO – CAPITULO 1                                                                                                                 AS ORGANIZAÇÕES E AS TRANSFORMAÇÕES RECENTES

Adrielle Marques.

 Soraia Gomes.

Suzana Alves Mendanha.

Goiânia, 26 de Agosto de 2013

  1. Introdução

Histórica e politicamente a humanidade se estrutura, quase em sua totalidade, em função do conceito de trabalho. Os seres humanos, desde os caçadores da era paleolítica aos fazendeiros, artesãos medievais, operários da linha de montagem do século XX, profissionais da área técnico-científica informacional de hoje, sendo este o principal quesito para as transformações importantes que vêm ocorrendo no mundo surgindo assim novas formas de organização.

TOFFLER (1980) supõe que a humanidade passou por três grandes ondas de mudanças, cada uma obliterando extensamente culturas ou civilizações e substituindo-as por modos de vida inconcebíveis para os que vieram antes. A Primeira Onda de mudança está relacionada à revolução agrícola, que predominou por milhares de anos. A Segunda Onda diz respeito ao desenvolvimento industrial com modelo fordista-taylorista. A Terceira Onda é a da revolução tecnológica, predominante nos dias atuais.

Essas transformações gerenciais e estratégicas ocorridas nas organizações ao final do século XIX, século XX até os dias atuais demonstram claramente a evolução do sistema capitalista iniciando pelo capitalismo gerencial, passando pelo capitalismo de alianças até atualidade, em que a gestão adotada é a competição e cooperação.

Em tempos de globalização e internet, a comunicação cooperação e competição entre as empresas passam a ter caráter mundial. Avanços tecnológicos devem ser imediatamente incorporados pelas organizações, não só para garantir a sua competitividade, mas principalmente para garantir sua sobrevivência no mercado. A realidade organizacional traz consigo atualmente a necessidade de adaptação constante.

  1. O capitalismo gerencial

As mudanças nas organizações de maneira geral estiveram sempre ligadas de forma direta ás mudanças na sociedade.  Na América do Norte o período compreendido entre 1850 e 1920, foi marcado por um conjunto de transformações socioeconômicas que favoreceram o surgimento da grande empresa industrial do século XX. A expansão territorial e o crescimento dos mercados inicialmente nos Estados Unidos, a utilização de novas fontes de energia com o advento da eletricidade e a introdução do motor de explosão foram determinantes para o surgimento de novas formas de organização.

As organizações de grande porte tomaram o lugar da pequena empresa em todos os setores nos quais a ampliação da escala e a coordenação administrativa possibilitava reduções de custos, maior produtividade e a consequente elevação dos lucros. A internalização das atividades em empreendimentos de grande porte gerava vantagens como a padronização e rotina das tarefas, o controle da produção e a intensificação do grau de especialização do trabalho, determinando, assim, sensíveis reduções de custos e acréscimos de produtividade. Outros fatores ainda contribuíram para a rápida ampliação do crescimento da indústria dentre eles à criação das estradas de ferro, que ampliaram o volume e a velocidade do fluxo de transporte de matéria-prima para as fábricas e delas para o consumidor final.

De acordo com Wood (1992) no final do século XIX, Henry Ford introduziu seus conceitos de produção, conseguindo com isto reduzir custos e melhorar a qualidade, através de mudanças que permitiram reduzir o esforço humano na montagem de equipamentos e aumentar o volume produzido. O trabalhadorda linha de montagem tinha apenas uma tarefa. Ele não preparava ou reparava equipamentos, nem inspecionava a qualidade. Ocorreu então a ascensão do fordismo conhecido como o principal modelo industrial, caracterizado pela organização da produção em massa, cuja aplicação de linhas de produção em série garantia eficiência na fabricação de grandes quantidades de produtos. Surge então o chamado capitalismo gerencial, caracterizado pela ascensão da administração profissionalizada, na qual gerentes especialistas substituíram a gestão familiar.

Para pensar em tudo isto, planejar e controlar as tarefas através da figura de um único engenheiro industrial, a complexidade das decisões internas, aliada a uma coordenação centralizada e sobrecarregada, acabou reduzindo aeficácia dos instrumentos de gestão desenvolvidos. Os elevados custos da burocraciae a inflexibilidade da estrutura estavam, pois, inviabilizando o modelo da grande empresa hierárquica (BALESTRIN E VERSCHOORE, 2008).

 De acordo com Wood (1992) Alfred Sloan, da empresa General Motors, divisionalizou a empresa implantando um novo e rígido sistema de controle. A ideia nesta forma de organização era agrupar o conjunto de atividades da organização em divisões distintas, com independência de atuação nos mercados ou nas linhas de determinados produtos. A subordinação de cada uma delas a um centro gestor específico às tornava semi-independentes da coordenação central. Desta maneira, ele conseguiu estabelecer uma forma de convivência do sistema de produção em massa com a necessidade de gerenciar uma organização gigantesca e multifacetada. O desenvolvimento da estrutura multidivisional permitiu a descentralização da tomada de decisões, ampliando a eficiência administrativa e reduzindo os custos burocráticos da hierarquia Assim, as organizações hierarquizadas tomaram a dianteira na corrida pelos clientes.

A superação gradual e histórica do modelo taylorista/fordista de produção – decorrente de uma diversidade de fatores, como o gigantismo organizacional e o concomitante crescimento da necessidade de maior flexibilização e agilidade, a globalização dos mercados, o surgimento de novas tecnologias e modelos de gestão e os movimentos socioculturais da sexta década do século XX – criou novas contradições no mundo do trabalho. Dessa forma, com a terceira Revolução Industrial, o avanço da informática e a comunicação por satélite tornaram possível coordenar de forma eficiente grande número de fornecedores independentes, sem a necessidade de integrá-los sob o mesmo comando. O gigantismo burocrático da empresa fordista-taylorista mostrou-se dispendioso e ineficiente dando sinais de esgotamento quando comparado com o sistema just in time. [pic 1]

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