Avaliação da Evolução Histórica dos Sistemas de Produção

Nome: Marco Antônio Teixeira da Silva

Matrícula: 16.1.3366                                                                                          Data: 03/09/2019

Disciplina: Administração de Materiais e Logística

Desde os primórdios, o homem está associado a atividades produtivas. Durante toda a história tivemos significantes evoluções nos sistemas produtivos. Segundo Boettcher (2015), a história da produção é segmentada em quatro grandes revoluções industriais.

A primeira revolução industrial ocorreu com o advento do uso do carvão como energia e a industrialização por meio de máquinas. Estes fatores foram significantes para a transição de uma sociedade feudal, pautada em trabalho manual, para uma sociedade industrial. Assim, os processos de produção e logística das empresas tornaram-se mais ágeis.

A segunda revolução industrial teve como marco o emprego da energia elétrica. Nesta era buscou-se padronizar os processos produtivos. Aqui destaca-se o Fordismo, que segundo Wood Jr. (1992) segue a lógica sistema de produção em massa, o qual consiste na padronização dos processos para atingir produção em grande escala, pautada em princípios da administração científica de Taylor como excessiva burocracia na estrutura organizacional, centralização de poder, alto nível de controle, divisão minuciosa de tarefas, inexistência de flexibilidade e enfoque voltado para a empresa. O sistema se mostrou eficiente para a época, pois reduziu tempo de produção e custos e padronizou todo o sistema produtivo. Entretanto, faz-se necessário às organizações se atentarem às necessidades dos funcionários e ao ambiente externo e os fatores que podem às impactarem, sendo estes os motivos da decadência do fordismo.

Referida também como “Revolução Técnico-Científica e Informacional”, a terceira revolução industrial é marcada como a era da informação, da informática e mudança dos modos de produção. Wood Jr. (1992) apresenta o Taylorismo, sistema de produção postulado no Japão. Este sistema adota a ótica de produção enxuta, buscando produzir menos, mas de forma diversificada e com controle total da produção; além disso, a produção enxuta visa reduzir custos e estoque, atuando no modo just in time – utilizando os recursos matérias para realizar a produção. Este sistema mostrou uma grande evolução, pois a partir dela, reduzem-se estoques, ocorre maior integração entre a indústria e seus fornecedores (pode-se perceber aqui alguns aspectos da logística integrada). Mas para ser efetivada, é necessário manter uma boa cultura organizacional interna e com os seus parceiros.

Por fim, Boettcher (2015) apresenta a quarta revolução industrial – a indústria 4.0. Esta nova era é caracterizada pela alta tecnologia, Big Data e automação dos processos, onde formam um ambiente físico-cibernético em que as próprias máquinas serão capazes de tomar decisões e realizar os processos de forma autônoma, - a conhecida Internet das Coisas (IOT).

De maneira geral, visualizando deste a produção rudimentar existente antes da primeira revolução industrial até a era atual, houve um enorme desenvolvimento dos sistemas de produção, que foram se aprimorando de acordo com os aspectos socioculturais e econômicos vividos pela humanidade ao longo do tempo, buscando sempre novas maneira de integrar os seus sistemas produtivos para maximizar a atuação no mercado. Os sistemas Fordista e Toyota, apesar de terem suas limitações, são fundamentais até mesmo na atualidade pois várias organizações ainda utilizam estes modelos de produção, em especial no Brasil, onde várias empresas utilizam destes fundamentos. A indústria 4.0 pode vir a se tornar uma realidade para as organizações, agregando valor aos processos produtivos, diminuindo temo e custos, integrando as áreas da empresa, e por consequente buscar a satisfação dos seus clientes. Ademais, é notável que para conseguir atuar nesta nova realidade é necessário grande investimento com tecnologia e automação industrial, o que para muitos países ainda é uma realidade distante.