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Casa Sociologia Urbana

Por:   •  3/5/2023  •  Monografia  •  1.316 Palavras (6 Páginas)  •  51 Visualizações

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Sociologia urbana

Documentário:  Portugal, Um Retrato Social - Igualdade e conflito (episódio 6) – António Barreto, 2011

Este retrato social de Portugal faculta-nos um enquadramento, ao mesmo tempo histórico e atual, que nos permite perceber a evolução/"mutação" da sociedade portuguesa nos últimos 50 anos desencadeada fundamentalmente por uma revolução industrial tardia, um regime ditatorial duradouro, uma guerra colonial e uma revolução política.

Em 20 ou 30 anos:

-Melhoria do bem-estar

Jorge tem 50 anos. É técnico informático. Casado com Marta de 45 anos, Professora. Têm 2 filhos na escola. Vivem em casa própria. Ganham 50 mil euros por ano. Têm uma mulher a dias 3x por semana. À noite gostam de ver televisão. Às vezes vão ao cinema. Passam férias no estrangeiro. A mãe do Jorge foi sempre dona de casa, o pai era motorista. Os pais da Marta são mais novos. A mãe é enfermeira e o pai é funcionário público. Reúnem-se todos ao domingo. A vida desta família é um espelho de um longo período de desenvolvimento, onde todas as classes sociais viram melhorar o seu conforto e bem-estar. Os portugueses ganham mais e por isso têm uma melhor vida. As famílias começaram a ter eletrodomésticos e 2/3 das famílias possuem hoje automóvel e são proprietárias da casa onde vivem. As casas são maiores e mais confortáveis.

-Crescimento da classe média

Ao longo destes anos todas as classes sociais aumentaram os seus rendimentos. Também as mulheres passaram a trazer mais um salário para casa. Há cerca de 30 anos, cerca de metade da despesa de uma família era para alimentação. Hoje, é menos de 20%. Apesar de ainda existir uma classe operacional tradicional, há hoje mais técnicos especializados. Cresceu um grupo de alta classe média formados por gestores, profissionais e especialistas sobretudo nos serviços e na administração.

-Desenvolvimento da sociedade do consumo de massas

 Apesar de sobrar mais dinheiro dos salários, as famílias gastam ao fim do mês mais do que aquilo que ganham.  Lentamente, as famílias ao longo dos anos deixaram de poupar. Isto torna-se um problema para a sociedade. Nesta altura, surge grandes centros comerciais e grandes marcas. A vontade pela diversão cresceu com o consumo de massas. Surgiram grandes festas coletivas como espetáculos musicais, festivais, e festas privadas publicitadas pelas revistas cor-de-rosa

-O comercio, a moda, a escola, a televisão e a cultura fazem com que pareça que existe uma única classe social

A oferta e a procura de cultura aumentaram. Há mais espetáculos, museus, exposições e concertos. Apesar dos progressos na escolarização, a leitura desenvolveu-se pouco. Quando começaram a ir à escola já havia televisão, por isso, nunca ganharam o hábito de ler. Mais de metade dos portugueses não lê um livro por ano.

A televisão é a grande companhia. Ocupa nas salas o lugar central. Está nas cozinhas e nos quartos. Em média, cada português vê entre 3 a 4 horas de televisão por dia, e cada criança 4 horas e meia, números superiores aos dos países europeus. As telenovelas são sobretudo para as mulheres, o futebol para os homens e os programas ditos de vida real para todos. Parecem assim ficar satisfeitas as aspirações culturais dos portugueses das várias classes sociais. Todas vibram com o futebol, que é hoje o espetáculo mais popular.

 A televisão tirou público aos cinemas e os antigos edifícios dos cinemas têm outras funções ou foram demolidos.

-Diferenças nas classes, poder económico, de geração e de sexualidade.

A sociedade tem hoje menos barreiras, mas apesar das mudanças, continuam nítidas as diferenças sociais. Segundo as classes, as pessoas vivem em bairros sociais diferentes e as suas casas distinguem-se. Apesar de ainda existir uma classe operária tradicional, há hoje mais técnicos especializados. Diminuiu muito o número de donas de casa sem emprego assim como o de criadas de servir. Aumentou o número de patrões, de profissões liberais e de independentes. Mantém-se a grande burguesia. Mas a diferença entre os mais ricos e os mais pobres é maior em toda a Europa e tem aumentado. Ainda existe sobretudo na indústria, uma classe operária com poucos estudos e situação instável.

Nos primeiros anos da democracia, a situação política favorecia o aparecimento de conflitos. A luta de classes era muito viva.

A partir dos anos 80, os conflitos diminuíram. As greves, geralmente limitadas ao setor público, foram-se tornando raras. Ter medo de perder o emprego, contribuiu para a redução de conflitos.

Nos anos 80, o mais frequente era os salários em atraso. Ainda não havia subsídio de desemprego que há hoje. Guardar o posto de trabalho era, para o trabalhador, essencial.

Também a vida sexual se modificou profundamente. A maneira como hoje se vive a sexualidade é um dos sinais mais evidentes da mudança dos comportamentos sociais. Hoje muitas são as formas de constituir família e de escolher os seus parceiros sexuais. A sexualidade estava conforme aos padrões burgueses e cristãos, ligado ao casamento. A sexualidade era dominada pelo machismo. Os contracetivos levaram à independência e autonomia das mulheres.

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