Cooperar

O que fazer afinal: ‘cooperar para crescer’ ou ‘competir para sobreviver’?

Após leitura e reflexão dos textos sugeridos percebo que as duas questões apresentadas: ‘cooperar para crescer’ ou ‘competir para sobreviver’ são complementares.  Olhando as duas afirmações sobre as lentes de Fleck e os dois motores do crescimento corporativo, concordo com a afirmativa cooperar para crescer, embora considere que competir também seja um aspecto muito importante.

Como pudemos avaliar através dos textos, a competição pode ser desencadeada pela cooperação entre empresas na busca de redução de custos e que acabam favorecendo a padronização da indústria e conseqüente homogeneização dos produtos/serviços. Tal homogeneização leva à competição pela escassez de recursos gerando crescimento da indústria como um todo.

Grande atenção deve ser empregada ao tema competição, pois a mesma se acirra (ainda no motor de co-evolução descrito acima) exatamente quando a padronização da indústria gera a homogeneização de seus produtos/serviços.

Esse é o momento em que a empresa deve buscar diferencial competitivo que atue como mecanismo de reforço da ação de um motor de crescimento contínuo, caso contrário, pode estar assinando seu atestado de óbito.

Impossível resistir à vontade (eu diria quase necessidade) de olhar a Oi pelos olhos da teoria de Fleck. Para isso achei interessante elaborar o esquema de funcionamento dos dois motores de crescimento corporativo (Figura 1) na indústria de telecomunicações aqui representada pela Oi.

Interessante destacar como funciona o motor de co-evolução. Esse motor passou a atuar no setor de telecomunicações quando sua privatização acelerou a demanda e a necessidade de seu atendimento levando a escolha de uma tecnologia que permitisse maior flexibilidade no atendimento aos clientes que a utilizada naquele momento.

A Oi foi a primeira a utilizar a tecnologia GSM no Brasil e acabou provocando a decisão de escolha dessa mesma tecnologia pelas outras operadoras. Para concretizar ganhos que poderiam ser obtidos através da utilização cooperada da rede GSM, se fizeram necessários acordos de utilização das redes para baixar os custos das operações. Tal cooperação provocou a padronização dos sistemas e conseqüente homogeneização das ofertas, embora também tenha influído positivamente no tamanho do mercado gerando crescimento da indústria em geral através do aumento da competição.

Nesse momento a Oi reagiu à competição que se acirrava gerando um diferencial competitivo através da estratégia de benefícios em serviços e bônus em dinheiro no cartão de crédito Oi Paggo. Tal diferencial se tornou um mecanismo de reforço para a atuação do motor de crescimento contínuo, pois provoca os clientes para criarem novos usos para os serviços, gerando novo desequilíbrio, que se atendido, irá possibilitar nossa expansão

[pic 1]

[pic 2]

.

O uso da diferenciação através de ofertas inovadoras é a estratégia que a oi vem utilizando com sucesso para eliminar os efeitos de homogeneização advindos da padronização dos serviços.