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Os Jogos cooperativos: Se o importante é competir, o fundamental é cooperar

Por:   •  4/3/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.058 Palavras (5 Páginas)  •  678 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG

PSICOLOGIA – 8º PERÍODO

O FUNDAMENTAL É COOPERAR!

Acadêmicos do 8º Período de Psicologia

GURUPI – TO, Novembro de 2017.

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG

O FUNDAMENTAL É COOPERAR!

Projeto apresentado à professora Fernanda Bogarim, como parte da disciplina de Psicoterapia Infantil, para obtenção de parte da nota da 2ª avaliação do 2º semestre de 2017.

GURUPI – TO, Novembro de 2017.

  1. APRESENTAÇÃO

Em visita a Casa de Passagem de Gurupi, com a finalidade de conhecer o local, sua estrutura e funcionamento, viu-se a possibilidade de desenvolver um trabalho coletivo, envolvendo a disciplina de Psicoterapia Infantil, no intuito de auxiliar nas dificuldades enfrentadas pela equipe de servidores e gestores, nas demandas soco educacionais. Inicialmente pensou-se em trabalhar a temática sexualidade, que foi refutada após o grupo de acadêmicos e professora da disciplina averiguarem que as crianças e adolescentes usuários do sistema são de faixas etárias heterogêneas e não se sentem confortáveis em realizarem atividades separadamente, gostam de permanecer juntos em grupo. Respeitando estas características resolveu-se trabalhar com a temática de habilidades sociais, especificamente “Convivência saudável”.

No cotidiano a Casa de Passagem enfrenta muitas dificuldades nas relações entre os usuários, apesar da organização, do funcionamento e estrutura que indicam as boas intenções e o acolhimento pelos profissionais responsáveis, favorecer a construção da moralidade no cotidiano de uma entidade educativa é algo muito complexo quando considera-se o perfil das crianças e adolescentes encontrados neste espaço. Todas foram acolhidas por estarem em situações de vulnerabilidade, ou por terem sofrido de alguma forma maus tratos. São crianças e adolescentes que sofrem continuamente a dor da separação, da negligencia e a insegurança quanto ao futuro.

Diante dos aspectos supracitados, é necessário que os profissionais que atuam sejam acolhedores, empáticos, e que proporcionem um ambiente de interações permeadas por valores e significados sociomorais, que contribuam para a promoção de relações afetivas empáticas e respeitosas neste ambiente onde reúnem-se crianças de diversos contextos e negativas vivencias. Conseguir que haja respeito entre os usuários, considerando a história de vida destas crianças e jovens que sofreram maus tratos, que foram excluídos, desrespeitados, vitima da negligencia familiar e do abandono é um grande desafio dos profissionais responsáveis pela Casa de Passagem. Sobre este desafio, é fato que

 [...] a autoridade adulta, se bem que constituindo, talvez, um momento

necessário na evolução moral da criança, não basta para construir o senso de justiça. Este só se desenvolve na proporção dos progressos da cooperação e do respeito mútuo, de início, cooperação entre crianças e adultos, na medida em que a criança caminha para a adolescência e se considera, pelo menos em íntimo, como igual ao adulto. (PIAGET, 1932/1994, p.239).

Piaget (1932/1994), refere-se ao respeito como um sentimento estabelecido nas interações e trocas sociais dos indivíduos. Para ele é consequência de duas maneiras de se relacionar socialmente, pela coação e pela cooperação. Num primeiro momento da vida do ser humano o respeito é vivido de forma unilateral, onde geralmente a criança obedece a figura de autoridade que tem valor absoluto e inquestionável. Com a ampliação das interações o indivíduo em formação começa a experienciar situações de cooperação, quando então o respeito não se limitará apenas as pessoas mais velhas como símbolos de superioridade e figuras de autoridade inquestionáveis. É nas relações de cooperação que se constrói o respeito mútuo, pois é estabelecido entre os indivíduos em situação de igualdade. Para  Piaget (1965/1973, p. 145) o respeito ao outro significa:

[...] reconhecer sua escala de valores, o que não significa adotá-la por si só, mas atribuir um valor ao ponto de vista dessa pessoa [...] não significa exclusivamente respeitar as regras que ele impõe [...] é o respeito pela pessoa que engendra as obrigações [...] o respeito é a expressão do valor atribuído aos indivíduos [...] logo esse respeito conduz a formação das condutas desinteressadas que caracterizam as normas morais [...].

Entre crianças existem conexões estabelecidas de forma cooperativas, tendo a reciprocidade como base desta relação, pelo simples fato de serem crianças e partilharem os mesmos interesses, gostos e valores pertinentes a infância. Freitas (2003, p. 112)

Esse tipo de relação é possível, em um primeiro momento, entre indivíduos que compartilham opiniões, gostos e valores, como ocorre no companheirismo espontâneo que nasce entre as crianças e entre os adolescentes e, em geral nas relações de amizade.

        Diante da diversidade e heterogeneidade das crianças e jovens que se encontram na Casa de Passagem de Gurupi, encontrou-se um ponto em comum a ser trabalhado com estes indivíduos, a convivência saudável, pois todos veem de situações onde, de alguma forma, presenciaram o lado nocivo das relações interpessoais desequilibradas e dos lares desestruturados.

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