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EMPREENDEDORISMO UNIVERSITÁRIO: APRESENTAÇÃO DAS AÇÕES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

Por:   •  5/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.786 Palavras (16 Páginas)  •  146 Visualizações

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EMPREENDEDORISMO UNIVERSITÁRIO: APRESENTAÇÃO DAS AÇÕES  DA UNIVERISIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

RESUMO

O objetivo deste artigo é apresentar as ações que a Universidade Estadual do Ceará vem realizando para incentivar o empreendedorismo no seu o corpo discente. De acordo com estudo realizado em 2012 pela Endeavor, uma das organizações líderes no apoio ao empreendedorismo de alto impacto ao redor do mundo, apenas 4,3% não ofertavam atividades ligadas ao empreendedorismo aos seus alunos.  Apesar do baixo número de universidades que não ofertam atividades de empreendedorismo, apenas 39,7% dos alunos entrevistados já cursaram alguma disciplina ligada ao empreendedorismo. As estratégias utilizadas pelas universidades a fim de difundir o empreendedorismo ainda estão em formação e precisam sensibilizar e disseminar entre os estudantes, possibilidades para empreender. Para o estudo, foi realizado uma pesquisa documental, a fim de saber: quais as atuais ações que a Universidade Estadual do Ceará toma para incentivar o empreendedorismo perante o corpo estudantil?  O resultado desse estudo pretende reunir as atividades identificadas na Universidade Estadual do Ceará relacionadas ao incentivo do empreendedorismo em seu corpo discente para compartilhar e disseminar a importância das ações de empreendedorismo universitário.

Palavras – chave: empreendedorismo, ensino do empreendedorismo, características empreendedoras, ações de empreendedorismo universitário

  1. INTRODUÇÃO

A academia tem despertado para a importância do empreendedorismo na formação dos universitários. A universidade tem assumido um papel fundamental, ficando responsável por criar e preparar os empreendedores, dando a eles o conhecimento e o suporte adequados. É preciso mostrar as ferramentas que auxiliem no alcance do sucesso e consequentemente contribuam para o crescimento econômico do país.

Segundo Dolabela (2003) o empreendedorismo traz vários benefícios para a sociedade, com impacto no crescimento econômico, na produtividade e na geração de novos produtos e serviços. O problema é que a maioria das pessoas ainda não entende o conceito.

As novas relações de trabalho mostram que as grandes empresas, para garantir a sobrevivência, não querem mais o tipo de empregado que se contenta em realizar apenas as tarefas que lhe são designadas. Sintonizadas com a modernidade, as organizações procuram trabalhadores que contribuam com um algo a mais, sejam criativos e inovadores e que possam ajudá-las a identificar elementos diferenciais para vencer a acirrada competição do mercado. Este perfil de empregado só vai prevalecer à medida que for estimulada e posta em prática, por meio da educação, a capacidade para empreender. Seja por meio de ensino universitário ou profissionalizante. Uma educação empreendedora pode contribuir para formar pessoas criativas, inovadoras e proativas. Pessoas que tragam para as empresas algo além do esperado das funções pré-estabelecidas. Assim, é fundamental que um maior número de universidades comece a ministrar um ensino prioritariamente voltado para formar empreendedores e estabeleçam incentivos nessa direção.

No contexto brasileiro, existem fortes motivos que justificam o ensino de empreendedorismo como catalisador da expansão, como os citados por Dolabela (1999): as grandes mudanças nas relações de trabalho; a não adequação do ensino tradicional para a formação de empreendedores; as relações universidade-empresa ainda incipientes no Brasil; a insuficiente percepção da importância das PMEs para o desenvolvimento econômico; a ética como preocupação de ensino do empreendedorismo; e, a necessidade das organizações por empregados com alto grau de empreendedorismo e a cultura da “grande empresa” que predomina no ensino universitário.

Portanto, não há dúvidas que este aprendizado traz e trará ainda mais benefícios para toda a sociedade, tornando-se de extrema importância no contexto atual. Existe reconhecimento de que o ensino de empreendedorismo é uma prática de inovação educacional importante que estimula um processo de aprender para aprender. Assim, o interesse pelo empreendedorismo como um campo de pesquisa e ensino foi preenchido pela crescente demanda por cursos de empreendedorismo por estudantes.

A partir dos estudos sobre o empreendedorismo e das pesquisas relacionadas ao número de disciplinas de empreendedorismo ofertadas, projetos e grupos de pesquisas voltados para este fenômeno, os quais foram coletados com os setores: PROGRAD, DEG, PROEX E PRAE; analisando a grade curricular dos cursos, lista de projetos de extensão e parcerias com órgãos externos, nosso objetivo é reunir as ações desenvolvidas na Universidade Estadual do Ceará relacionadas ao empreendedorismo universitário em seu corpo discente.

  1. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 EMPREENDEDORISMO: CONCEITO

        A utilização do termo “empreendedorismo” é atribuído a Richard Cantillon (1755) e Jean-Baptiste Say (1800). Ambos definiam os empreendedores como pessoas que correm riscos porque investem o seu próprio dinheiro em empreendimentos. Anos depois, J. Schumpeter (1978) associa o empreendedorismo à inovação ao afirmar que “a essência do empreendedorismo está na percepção e aproveitamento das novas oportunidades no âmbito dos negócios; tem sempre a ver com a criação de uma nova forma de uso dos recursos nacionais, deslocados do seu emprego tradicional ou sujeitos a novas combinações”. Segundo Hisrich, (1986), a palavra empreendedor origina-se da palavra entrepreneur que é francesa, literalmente traduzida, significa aquele que está entre ou intermediário. De acordo com Dolabela (2011), o empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades, em que a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso.

O empreendedor, assim como o empreendedorismo, são as alavancas para impulsionar a economia e o desenvolvimento de regiões e países. De acordo com Degen (1989) a riqueza de uma nação é medida por sua capacidade de produzir, em quantidades suficientes, os bens e serviços necessários para o bem-estar da população.

Existem diversas definições para o termo “empreendedor”, porém, é visto que ele não é somente um fundador de novas empresas ou o construtor de novos negócios. Ele é a energia da economia, a alavanca de recursos, o impulso de talentos, a dinâmica de ideias (CHIAVENATO, 2007). Além disso, o empreendedor, é aquela pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões (FILLION, 1999). E de acordo com Schumpeter (1949), o empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais. Autores como Kirzner (1973), definem o empreendedor como aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem presente.

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