ESTUDO DE CASO COOPERATIVA MUTUENSE DE TRABALHO – COMUSERV

ESTUDO DE CASO COOPERATIVA MUTUENSE DE TRABALHO – COMUSERV

Isabela Idalina Luzza^[1]

Anderson Tibolla Leal^[2]

Renan Almeida^[3]

Frankleildo dos Anjos Figueredo^[4]

RESUMO

A cooperativa é uma das formas pelo qual os pequenos produtores, agricultores e população como um todo, pode reduzir a lacuna entre os grandes empresários e aqueles que não possuem estrutura nem tecnologia para competir com os mesmos.

Ela teve sua origem na Europa, com a união da população para melhorar as condições de vida a qual passavam e se espalhou pelo mundo com a ideia que a união faz a força e promove toda a diferente em prol dos objetivos.

No Brasil apesar de não apresentar tanta expressividade, as cooperativas aos poucos estão tomando formas e grandes proporções ao longo do tempo

Palavras Chaves: Cooperativismo, Cooperação, Trabalho.

ABASTRACT

The cooperative is one of the ways in which small farmers, farmers and the population as a whole can reduce the gap between large entrepreneurs and those who do not have the structure or technology to compete with them.

It had its origin in Europe, with the union of the population to improve the conditions of life that passed and spread throughout the world with the idea that unity makes the force and promotes all different in favor of the objectives.

In Brazil, although it is not so expressive, cooperatives are gradually taking shape and proportions over time

Keywords: Cooperativism, Cooperation, Work.

1. introdução

O movimento cooperativista vem ganhando grande representatividade ao longo do tempo tanto nos países que o originaram quanto nos demais cantos do mundo, pois através dele é possível diminuir as discrepâncias existente entre pequenos e grandes produtores ou empresários, ou até mesmo população em geral.

No Brasil grande movimento vem transformando o cenário no país, apesar de ainda modesto apresenta expressividade e faz com que o movimento ganha força. Em Nova Mutum, além já existem cooperativas, e a Coomuserv vem a agregar ainda mais nesse movimento, e é a primeira cooperativa do Mato Grosso a ser criada sob a nova lei que rege as cooperativas de trabalho

1. DESENVOLVIMENTO

1. ORIGEM DO COOPERATIVISMO

Sempre quando falamos em cooperativismo nos recordamos da experiência dos Pioneiros de Rochdale, destacando o cooperativismo como um movimento alternativo e de oposição ao capitalismo.

Um dos grandes dramas do processo da Revolução Industrial foi à alienação do trabalhador em relação à sua atividade. Ao contrário do artesão da Antiguidade ou da Idade Média, o operário moderno perdeu o controle do conjunto da produção. Passou a ser responsável por apenas uma parte do ciclo produtivo de uma mercadoria, ignorando os procedimentos técnicos envolvidos. Além disso, recebendo “salário” em troca da atividade mecânica realizada, o operário alienava o fruto de seu trabalho ao capitalista, transformando-o em mercadoria sujeita ao mercado. (VICENTINO, 2001)

Conforme Sales (2017), foi nos primeiros anos do século XVIII, o cooperativismo surgiu com o intuito de ser uma alternativa política e econômica ao capitalismo. A ideia central estava baseada em proporcionar ao trabalhador a propriedade de seus instrumentos de trabalho, e a participação nos resultados de seu próprio desempenho.

Sales (2017) destaca que o cooperativismo surgiu como necessidade, como meio de sobrevivência e principalmente como agrupamento de pessoas em busca de um mesmo objetivo. O desenvolvimento capitalista, energizado pela Revolução Comercial dos séculos XVI e XVII, estava até então, ligado à circulação de mercadorias. A partir da segunda metade do século XVIII, entretanto, iniciou-se na Inglaterra a mecanização industrial. Esse fato acarretou grandes mudanças tanto de ordem econômica quanto social, que permitiram a supressão das relações e práticas feudais ainda existentes e a definitiva implantação do modo de produção capitalista.

Com o surgimento da Revolução industrial, que ocasionou a mecanização do setor têxtil e metalúrgico, e a expansão do transporte, no ano de 1844 a Inglaterra passava por altos índices de desemprego e baixos salários. Assim, 28 tecelões se reuniram, em Rochdale, um bairro da cidade de Manchester, para comprar coletivamente produtos de primeira necessidade, incluindo alimentos. Formaram, então, a “Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale”, conhecida como primeira cooperativa da história (SALES, 2017)

Os pioneiros de Rochdale inauguram um armazém, organizado e regido por normas estatutárias que, segundo Santos (2000) objetivavam:

a) formação de capital para emancipação dos trabalhadores mediante economias realizadas com a compra em comum de gêneros alimentícios;

b) construção de casas para fornecer habitação a preço de custo;

c) criação de estabelecimentos industriais e agrícolas com duplo objetivo: produzir direta e economicamente tudo o que fosse indispensável aos operários desempregados ou que percebiam baixos salários;

 d) educação a luta contra o alcoolismo;

e) comercialização (compra e venda) somente a dinheiro, para que os cooperados só assumissem compromissos dentro de suas possibilidades orçamentárias, e evitando o crédito, que considerava um “mal social”.

f) Cooperação integral.

Para Sales (217) a história deixa claro que foi em um clima de dificuldade que os conceitos cooperativistas se firmaram. O cooperativismo surge como forma de amenizar os traumas econômicos e sociais que estas transformações submeteram o homem da época.

1. O COOPERATIVISMO NO BRASIL

Conforme Sales (2017), a cultura de cooperação é observada no brasil desde a época da colonização portuguesa no final do século 19, através do estímulo de funcionários públicos, militares, profissionais liberais e operários, para atender às suas necessidades. As tentativas de início no cooperativismo no Brasil, surgiram de iniciativas do sul do país, mas a que resultou em dados históricos fundamentais para o registro da primeira cooperativa do brasil, foi a Associação Cooperativa dos Empregados da Companhia Telefônica, na cidade de Limeira-São Paulo.

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