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Ensaios da sexualidade

Por:   •  26/11/2015  •  Monografia  •  2.703 Palavras (11 Páginas)  •  262 Visualizações

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              FACULDADES ADVENTISTAS DA BAHIA

CURSO DE PSICOLOGIA

DADOS DOS AGENTES DE PESQUISA

ORIENTADOR:

Mariana Leonesy; Fabiano Lyra.

PESQUISADORES: Adriane Cardoso; Daynara Araújo; Izabel Paulina; MirlaRasec; Suellen Oliveira; Taiane Rios.

DADOS DO PROJETO

Título do Projeto:

Um relato de intervenção na relação professora-aluno em uma escola municipal de Conceição da Feira – BA.

 Intervenção na relação professora - aluno em uma escola municipal em Conceição de Feira - Ba: Um relato de experiência. 

Data Início:

Data Final:

Área do conhecimento:

Ciências Humanas/ Psicologia

Sub-área do conhecimento:

Psicologia Escolar

Palavras-Chave:

RESUMO DO PROJETO

Problema:

Quais as dificuldades no desenvolvimento da relação professora-aluno em uma escola municipal de Conceição da Feira - BA?

Objetivo Geral:

Observar e intervir na relação professora-aluno em uma escola municipal de Conceição da Feira - BA.

Objetivos Específicos:

Analisar e buscar métodos de intervenção nas relações interpessoais de professor e alunos.

Identificar e intervir nos principais problemas que dificultam o desenvolvimento da afetividade entre o professor e alunos.

JUSTIFICATIVA DO PROJETO

O seguinte trabalho tem como propósito observar, identificar e intervir nos comportamentos de alunos e professora apresentados em uma escola do município de Conceição

de Feira – BA.  Buscando identificar quais os problemas que dificultam a interação de forma afetiva aluno- aluno e aluno- professora. Tendo como objetivo reconhecer e evidenciar a questão da afetividade trabalhada no âmbito escolar, fazendo com que os alunos e professora reconheçam o seu papel para um melhor funcionamento nas relações interpessoais estabelecidas no sistema educacional, visando formar um local de educação prazeroso e eficaz.

 Assim ao dar ênfase a esse tema busca-se formar uma análise mais ampla sobre a importância da teoria de Wallon a respeito da afetividade, enfatizando o quão eficaz é a aprendizagem num contexto em que exista respeito mutuo e afetividade, trazendo em consideração tudo o que foi demonstrado pelos participantes, cada fala,participação, reação e até mesmo suas vivencias. Este trabalho é de suma importância para o reconhecimento de comportamentos que dificultam a interação entre aluno e professor e busca demonstrar a importância deste fator na aprendizagem e melhor interação social.    

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

PSICOLOGIA EDUCACIONAL:

A educação é um fenômeno muito complexo, tal complexidade é vislumbrada como um alvo de estudo e prática da psicologia. A atuação do psicólogo nessa área começou através da aplicação de testes e técnicas patologizavam os problemas educacionais dos alunos (PATTO, 1999). Dento deste contexto evidenciam-se várias pessoas que contribuíram para a formação da psicologia educacional, pessoas essas que perceberam a importância da existência de um campo especifico da psicologia para melhor compreender a aprendizagem, o ensino e o desenvolvimento humano no âmbito escolar. Três pioneiros se destacaram com as suas contribuições a respeito dessa formação um deles foi Willian James com aplicações da psicologia voltada na educação de crianças. Em seguida veio John Dewey que estabeleceu o primeiro laboratório de psicologia educacional, depois dele veio o E. L. Thorndike que introduziu os princípios básicos da aprendizagem. (SANTROCK, 2009)

Segundo Patto (1997), Atualmente foi-se necessário desenvolver um sistema de analise que chegasse a uma melhor compreensão no que diz respeito à psicologia educacional, visando assim três aspectos essenciais que permitem a diagnosticar as disfunções ou crises do sistemade educação. Esses três aspectos seria a entrada, processamento e saída, com base nisso o sistema de educação foi incluído dentro da categoria dos sistemas abertos, levando em consideração o ambiente social em que ele existe.

A prática do psicólogo escolar na atualidade ainda está atrelada com a visão do passado uma vez que hoje o mesmo ainda é visto como o responsável por diagnósticos individuais, solução de problemas através de orientações detalhadas, aplicação de testes e psicoterapia para os alunos (MARTINS, 2000). Essas práticas acabam destorcendo o real papel do psicólogo escolar e acarretando no mesmo práticas de características clínicas, que interferem na sua atuação profissional que é voltada para a abordagem multireferencial que possibilita a compreensão da instituição como um todo dentro da sua complexidade para abordar o contexto escolar sob várias óticas (Ardoino, 1998).

Segundo Guzzo (1996), a prática do psicólogo escolar deve estar voltada para a junção da psicologia e educação uma vez que essas vertentes devem evidenciar a importância do estudo das relações que envolvem a ligação entre o ensino-aprendizagem através de um olhar e escuta que aplicadas ao contexto escolar promovam novas alternativas de atuação responsáveis pela melhoria das relações interpessoais e novos horizontes pedagógicos, afim de implantar na educação um delineamento de uma nova sociedade que evidencia o homem e a sua construção social, onde para Bardon (1976, p.787) “Se houver algo a ser tentado o psicólogo escolar o tentará”.

RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR:

O individuo constrói-se através de suas relações com o mundo exterior. Sendo constituído por cultura, historicidade, e por um mundo interior, tanto no aspecto afetivo quanto no cognitivo, sendo que o afetivo envolve as emoções os sentimentos, os desejos, por isso, são importantes que sejam aproveitadas tais relações no desempenho educativo e escolar. Segundo Alencar (2001), educar é uma construção do individuo de um olhar para dentro e para fora do mundo, desmistificando a separação imposta pela sociedade entre um ser objetivo e um ser subjetivo. É ir com além com a aprendizagem: saber que é algo tão verídico, como saber que a menor distancia entre dois pontos continua sendo uma linha reta, e a maior distancia entre dois seres humanos consiste no riso e nas lágrimas.

Segundo a teoria de Wallon, a emoção e cognição são inerentes no desenvolvimento, porém sendo adversas são complementares. Freire aponta que as peculiaridades do professor envolvem de forma afetiva seus alunos afirmando que:

O bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas (1996, p.96).

A forma a qual o professor se expressa em sala de aula é a reflexão de como ele está relacionado com a cultura e com a sociedade. ABREU e et al (1990), fazem a afirmação de que é a forma e a maneira  de agir do professor em aula, mais do que suas próprias características de personalidade que irão contribuir para uma melhor aprendizagem dos alunos; fundamenta-se assim numa determinada concepção do papel do professor, que por sua vez reflete para seus alunos valores e padrões seguidos pela sociedade.

Candau (2000) trás os pensamentos de que a escola necessita ser um espaço onde formem pessoas autenticas, capazes de conduzir sua própria vida, lúcido de suas opções, valores com projetos referenciados e agentes sociais empenhados com um trabalho de sociedade e humanidade.

De acordo Freire (2000) qualquer que seja as características de qualidade da prática educativa, sendo autoritária ou democrática, ela será sempre diretiva. No momento, entretanto, em que o educador ou educadora (professores) interferem nas capacidades inovadoras de criatividade, formulação, indagação do educando (aluno), de forma exclusiva, então a diretividade necessária se transforma em influencia e controle, se tornando um absolutismo.

No dia a dia na sala de aula, existem inúmeras situações na relação entre os aluno-aluno e aluno-professor sendo resultantes de elementos diversos uma vez que os mesmos partilham momentos, experiências e atividades. Nessas horas a afetividade é abundante e há um misto de emoções entre eles. Segundo Wallon (2001), o desenvolvimento da afetividade nessas relações só será conciliável com os interesses e a segurança do individuo se ele souber compreender o conhecimento juntamente com o raciocínio, ou melhor, se parte deixar-se diminuir.

Perrenoud (1993), cita sobre a profissão do ensinar como sendo complexa, e em que o indivíduo é impulsionado. Onde a todo o momento e em cada realização ocasionada, os sentimentos afetivos são instigados e transformações ocorrem nos indivíduos envolvidos na relação. Como afirma Freire:

 Na verdade preciso descartar como falsa a separação radical entre seriedade docente e afetividade. Não é certo, sobretudo do ponto de vista democrático, que serei tão melhor professor quanto mais severo, frio, mais distante e “cinzento” me ponha nas minhas relações com os alunos, no trato dos objetos cognoscíveis que devo ensinar. A afetividade não se acha excluída da cognoscibilidade. O que não posso obviamente permitir é que minha afetividade interfira no cumprimento ético de meu dever de professor no exercício de minha autoridade... (1996, p.159-160)

TEORIA DA AFETIVIDADE SEGUNDO WALLON:

Dantas (1992) afirma que para Wallon a construção do sujeito e do objeto com a qual construirá seu conhecimento dependerá da alternância entre afetividade, ou seja, o modo como o indivíduo irá relacionar o objeto de estudo com o seu cotidiano, argumentando ativamente e estabelecendo relações mais intímas com o professor, e a inteligência que se caracteriza pelo processo de cognição do aluno.

De acordo com Wallon na primeira etapa de desenvolvimento, que é correspondente ao primeiro ano de vida do ser humano, o que predomina é a relação com o meio, a afetividade com outros indivíduos, a parte da inteligência ainda não está explicita e o  bebê entende por meio de observação, e ainda não é evidenciada a linguagem (Dantas, 1992, p- 35 a 44).

Segundo Ferreira, Régnier (2010) A teoria walloniana colabora para compreender a relação entre aluno e professor, e situa a escola como um meio crucial no desenvolvimento desses indivíduos.  A noção de domínios funcionais “entre os quais vai se distribuir o estudo das etapas que a criança percorre serão, portanto, os da afetividade, do ato motor, do conhecimento e da pessoa” (WALLON, 1995, p. 117). Pode se considerar útil pois auxiliam na compreensão dos processos de desenvolvimento e designa um papel importante na condução dos métodos ensino/aprendizagem.

Ferreira, Régnier (2010) Afima que:

“Uma das contribuições centrais de Wallon está em dispor de uma conceituação diferencial sobre emoção, sentimentos e paixão, incluindo todas essas manifestações como um desdobramento de um domínio funcional mais abrangente: a afetividade, sem, contudo, reduzi-los uns aos outros. Assim podemos definir a afetividade como o domínio funcional que apresenta diferentes manifestações que irão se complexificando ao longo do desenvolvimento e que emergem de uma base eminentemente orgânica até alcançarem relações dinâmicas com a cognição, como pode ser visto nos sentimentos”.

De acordo Neto (2012) para Wallon o meio tem grande importância na formação de um indivíduo, e dependerá deste fator a forma em que o ser humano irá reagir as diversas situações pela qual passar.  Por isso, a personalidade humana é moldada através do meio. Sendo assim o meio em que o professor e o aluno se encontram pode despertar o lado afetivo. Essa relação de aprendizagem entre o professor e o aluno é percebido quando mudam de uma escola para outra, o nível de afetividade entre o educando e o educador pode variar.

Para Ferreira, Régnier (2010) uma das principais colaborações de Wallon está em diferenciar o conceito de emoção, sentimento e paixão, abrangendo todas manifestações como um desdobramento de um domínio funcional mais amplo: a afetividade, sem, contudo, reduzi-los uns aos outros. Portanto afetividade pode ser definida como o domínio funcional que irá apresentar diversas exibições que irá se diversificar ao longo do desenvolvimento e que emergem de uma base eminentemente orgânica até alcançarem relações dinâmicas com a cognição, como pode ser visto nos sentimentos.

Bezerra (2006) afirma que Wallon tem uma importante contribuição a respeito da aprendizagem no âmbito escolar de acordo com a relevância atribuída a afetividade na formação do sujeito. Sendo assim a escola deve respeitar as necessidades e emoções individuais, propondo desafios e programas que faça com que o aluno ao crescimento de sua racionalidade. Mas a escola deve estar preparada para proporcionar o desenvolvimento de indivíduos potencialmente mais capazes, integralmente formados, onde corpo, mente e sentimentos são dimensões indissociáveis do mesmo ser.

METODOLOGIA DO PROJETO

Modalidade de Pesquisa: A pesquisa será realizada através do método qualitativo, ou seja, qualificar os resultados, fatos e as opiniões de cada indivíduo através de coleta de informações, usando técnicas e recursos simples.

Sujeitos: Os participantes da pesquisa foram compostos por 24 crianças de faixa etária de 9 á 11 anos, de ambos os gêneros, e 1 professora de 22 anos, integrantes de uma escola do município de Conceição da Feira - BA.  

Instrumentos:O instrumento utilizado para a realização da pesquisa foi a técnica de observação participante das práticas através de filmagens e  gravação de áudio, onde  foram  analisadas informações, como: comportamento, opniões, conhecimentos, falas, expectativas. Os resultados foram  tratados e analisados a partir dos temas das propostas interventivas contidas no cronograma (vide quadro X) e das vivências das pesquisadoras.

 

Descrever as oficinas: Descrever de forma sistematizada quantas oficinas, dias e como ocorreu.

Resultados: Descrever as experiências obtidas e juntar com a teoria.

CRONOGRAMA:

22/10 – 1° Contato com a escola: Observação

27/10 – 2° Visita: Escuta e olhar clínico

03/11 – 3° Visita: Intervenção – Trabalho com educação/comunicação em sala de aula.

06/11 – 4° Visita: Intervenção – Trabalho com teoria da aprendizagem segundo Wallon                    Afetividade entre crianças.

10/11 – 5° Visita: Intervenção – Trabalho com teoria da aprendizagem segundo Wallon Afetividade entre professor e criança.

12/11 – 6° Visita: Intervenção – Finalização do trabalho: Festinha da afetividade.

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