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Resumo Primeiro Ensaio da Teoria da Sexualidade de Freud

Por:   •  20/10/2022  •  Seminário  •  1.736 Palavras (7 Páginas)  •  123 Visualizações

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AS ABERRAÇÕES SEXUAIS

(Primeiro ensaio sobre a teoria da sexualidade)

Freud começa primeiro ensaio falando sobre as necessidades sexuais do ser humano e como, na biologia, existe a suposição de existir um “instinto sexual”. Ele discorre sobre como se da essa ideia de instinto sexual para a sociedade e como ele estaria ausente na infância, apareceria na puberdade *por conta de seu processo de desenvolvimento* e se revelaria na atração de um sexo sobre o outro e a meta seria a união sexual ou ações ligadas a essa união.

Mas Freud percebe em seus estudos que na verdade essa questão de “instinto” não existe. Então para começar a explicar sobre ele denomina dois conceitos ou expressões fundamentais:

Objeto sexual: que vai dizer respeito a pessoa da qual vem a atração

Meta sexual: que vai dizer sobre a ação propriamente dita para se chegar a esse objeto sexual

Então após isso, Freud coloca que existem desvios tanto na questão do objeto sexual tanto na meta sexual

Desvios em relação ao objeto sexual:

Freud então vai falar sobre homens para quais o objeto sexual não é a mulher e sim o homem e mulheres que o objeto sexual não é o homem, mas a mulher. Então ele vai chamar esses indivíduos de invertidos.

Freud vai trazer três tipos de pessoas invertidas:

  1. As que são absolutamente invertidas
  2. Os invertidos anfígenos *que no caso seriam os hermafroditas psicossexuais ou melhor dizendo os bissexuais*
  3. E os invertidos ocasionais

Alguns dos invertidos vão aceitar essa inversão e outros não vão aceitar muito bem que vai ser onde Freud irá chamar isso de ‘obsessão patológica’

Aqui trago do texto: “Outras variações dizem respeito às circunstâncias de tempo. A particularidade da inversão num indivíduo pode datar desde o início, até onde sua memória alcança, ou haver sido notada por ele apenas em determinado período antes ou após a puberdade. Essa característica pode se conservar por toda a vida, recuar temporariamente ou representar um episódio no caminho para o desenvolvimento normal; e pode também se manifestar só́ tardiamente na vida, após o transcurso de um longo período de atividade sexual normal.”

Mas então Freud acrescenta uma nota dizendo que vários autores dizendo que os dados autobiográficos dos invertidos não são legítimos pois eles podem ter reprimido e em 1909 Freud acrescenta outra nota dizendo que a própria psicanálise confirma essa suspeita de repressão através dos casos ao qual Freud estudou, onde ele vai dizer sobre a amnésia da infância.

Freud diz que na época a questão da inversão era vista como um indício inato de degeneração nervosa e Freud diz que esse termo é usado de forma indiscriminada. Então ele faz a separação de caráter inato e de degeneração nervosa.

Degeneração: “Tornou-se costume atribuir à degeneração todo tipo de manifestação patológica que não seja claramente traumática ou infecciosa. A classificação que Magnan (psiquiatra francês) propôs dos degenerados tornou possível a aplicação do conceito de degeneração até mesmo a uma excelente configuração geral do funcionamento nervoso. Assim sendo, pode -se perguntar que utilidade e que novo conteúdo possui realmente o diagnostico de "degeneração". Parece mais adequado não falar de degeneração:

I) quando vários desvios sérios da norma não se apresentarem simultaneamente;

2) quando as capacidades de funcionamento e de existência não parecerem seriamente comprometidas.”

Mas Freud vai dizer que os invertidos não são de forma alguma degenerados e ele traz as justificativas

“I) Encontramos a inversão em pessoas que não exibem outros desvios sérios da norma.

2) O mesmo ocorre em pessoas que não tem a capacidade de funcionamento prejudicada, pelo contrário, que se distinguem por elevado desenvolvimento intelectual e cultura ética.

3) Se não consideramos os pacientes de nossa experiência médica e buscamos abranger um círculo mais amplo, deparamos, lançando o olhar em direções distintas, com fatos que não permitem conceber a inversão como sinal de degeneração.”

Em relação ao caráter inato, Freud vai dizer que na primeira classificação dos invertidos essa ideia pode até se sustentar, mas nas outras duas não é possível sustentar essa ideia de inatismo da sexualidade.

Ou seja, Freud mostra que a inversão na verdade irá partir de uma concepção de que ela pode ser adquirida com o tempo, então ele enumera:

  1. Experiência de natureza sexual que deixou como consequência a inclinação homossexual
  2. Influências propiciadoras ou inibidoras trazendo a fixação a inversão
  3. Sugestão de que a inversão pode ser eliminada por hipnose, o que não ocorreria no inatismo

Mas mesmo assim Freud diz que nem a alternativa inato-adquirido é capaz de cobrir todas as circunstâncias presentes na inversão. Ele também vai falar sobre o recurso a bissexualidade, de que todos nós, normais ou invertidos, na infância temos esse recurso em decorrência de anatomia semelhante entre ambos os sexos, mas que em algum momento da vida isso se diferencia, fazendo com que o individuo se torne normal ou invertido. (verificar se esse ponto esta certo!)

Trago do texto: “Até o momento a psicanálise não apresentou um esclarecimento completo da origem da inversão, mas desvelou o mecanismo psíquico de sua gênese e enriqueceu consideravelmente a colocação do problema. Em todos os casos investigados, constatamos que os futuros invertidos passam, nos primeiros anos da infância, por uma fase de intensa, mas breve fixação na mulher (geralmente a mãe), e, após superá-la, identificam-se com a mulher e tomam a si próprios como objeto sexual, ou seja, partindo do narcisismo, buscam homens jovens e semelhantes a si mesmos, que querem amar assim como a mãe os amou.” (nota acrescentada em 1910) 

“Na concepção da psicanálise, portanto, também o interesse sexual exclusivo do homem pela mulher é um problema que requer explicação, não é algo evidente em si, baseado numa atracão fundamentalmente química. A decisão sobre o comportamento sexual definitivo ocorre somente após a puberdade e é o resultado de uma serie de fatores ainda não apreendidos em seu conjunto, alguns de natureza constitucional, outros, acidental. Sem dúvida, certos fatores entre esses podem ter maior peso, de modo a influenciar o resultado na sua direção. (....) Por fim, cabe exigir que se distinga rigorosamente, no âmbito conceitual, entre a inversão do objeto sexual e a mescla de características sexuais no sujeito. Também nessa relação é inegável certo grau de independência.” (nota acrescentada em 1915)

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