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Escolas de pensamento da Administração Estratégia

Por:   •  25/3/2017  •  Resenha  •  4.191 Palavras (17 Páginas)  •  327 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Disciplina: Administração Estratégica

Professor: Pedro Felipe da Costa Coelho

Curso: Engenharia de Produção

RELATÓRIO DE APRESENTAÇÕES

Aluno:

Davi Oliveira de Carvalho

Matrícula: 375018

RUSSAS-CE[pic 2]

NOVEMBRO/2016

        O livro base utilizado, Safári de Estratégia, inicia com uma frase para discussão: “Somos os cegos e a formulação de estratégia é o nosso elefante”, querendo evidenciar que em nenhuma das escolas do livro temos uma visão totalmente correta e clara sobre a formulação de estratégias empresariais, pois cada uma dessas escolas formulou sua teoria sem levar em consideração o estudo já existente, muitas vezes opondo-se aos avanços obtidos pelas demais escolas. É evidenciado também que mesmo com tantas maneiras de analisar uma organização, sua formulação de estratégias e como seus líderes as elaboram, caso juntássemos toda a teoria obtida pelas 10 escolas não chegaríamos a uma conclusão clara e inquestionável sobre como são elaboradas as estratégias em uma organização, nem sequer enxergaríamos o 'elefante' como um todo.

        As 10 escolas tratadas no livro, são escolas de pensamento acerca de estratégia e são divididas em escolas de natureza prescritiva, descritiva e em uma combinação destas duas. No primeiro destes grupos o enfoque é dado a como as estratégias devem ser formuladas e não como necessariamente são, já as escolas de natureza descritiva consideram os aspectos que contribuem em uma organização para uma boa formulação de estratégia e em como estas são realmente elaboradas.

        A primeira escola, Escola do Design, vê a elaboração como um processo de concepção do líder, ou seja, uma visão pessoal do líder organizacional de como direcionar os recursos de sua empresa, evidenciando que o estrategista tem a responsabilidade de elaborar a estratégia, controlá-la, tomando suas ações respaldadas na razão e em um pensamento consciente, explícito e simples, mas também sendo esta forma não baseado em um modelo rígido e formal, e sim em um modelo informal, individual e criativo. Após seguir todas estas premissas, pode-se ser iniciado o processo de implementação de estratégia, em que esta deve ser consistente, concordante com o modelo da organização, vantajosa e viável, no qual durante esta implementação podem ocorrer reformulações até que após ser determinada a estrutura da empresa e como o melhor esquema da organização vai funcionar a estratégia em si pode ser finalmente implementada. Como mostrado anteriormente a escola mostra que deve ser feita uma análise interna e externa da organização, como exemplo uma análise SWOT, para atingir uma adequação entre as capacidades da organização e como esta deve se adequar às ameaças e oportunidades externas, levando em conta também os valores de seus administradores. A escola deixa de lado pontos importantes de como o aprendizado com as situações enfrentadas pela empresa podem ajudar no aprimoramento desta, como o passado e o ambiente a influenciam e prega um modelo inflexível na formação de estratégias. Esta escola abre bem o grupo de escolas prescritivas, pois mostra o papel de como o gerente influencia no geral.

        A escola a seguir, do Planejamento, iniciou seus estudos juntamente a escola do Design, com grande influência do autor Igor Ansoff, porém com um pensamento diferente desta, vendo a elaboração estratégia como um processo centrado e formal baseado nas práticas enraizadas na Administração seja empresarial ou governamental, de forma a determinar e qualificar metas explícitas e implementáveis para a organização elaboradas pelo executivo principal e a ser executada pelos demais planejadores da empresa. Esta escola segue um modelo básico de prever condições futuras e ao mesmo tempo verificar práticas ineficazes para redirecionar estas metas da organização, avaliando sempre o retorno advindo destas mudanças para novos investimentos, juntamente ao planejamento e controle destes por meio da elaboração de um cronograma para isto e a organização em etapas destes procedimentos. Mas o que se vê com esse modelo é que a estratégia deixa de se basear no modelo de negócio em si e toma enfoque em expansões da empresa, não produzindo assim resultados, pois desliga o pensamento da ação e deixa de lado a cultura e requisitos organizacionais e tornando muito em vista a incerteza do futuro da empresa. A escola difere da escola de Design, pois foge da perspectiva criativa desta e do modelo simples e informal a qual é trabalhado e passa a pregar um modelo básico baseado em cálculos e previsões e não um modelo inflexível como o da escola de Design, preocupando-se principalmente com o ambiente interno ao invés do interno e externo.

        A escola de posicionamento, foi a primeira a basear suas proposições em resultados empíricos dados por modelos reais, toma a posição de que o planejador passa a ser um estrategista, necessitando ser um analista do cenário econômico, desempenhando papel primordial no processo para definir as estratégias de sua organização e passar resultados de seus cálculos ao seu gerente para que este controle as operações. Estes cálculos analíticos feitos pelos planejadores dão embasamento à posições genéricas, identificáveis e comuns que devem ser tomadas pela empresa em relação ao mercado competitivo que as cerca. Este mercado competitivo se dá devido às constantes disputas empresariais em que se necessita que os planejadores da organização analisem o cenário como um todo, comparando e calculando suas chances de sucesso. Esta escola prega que o primordial para analisar o produto de uma organização e como investir nele é analisar sua participação relativa no mercado e a taxa de crescimento dessa participação de mercado, o que influencia na tomada de decisões acerca das estratégias da empresa e como alocar e investir os recursos desta. Com relação ao ambiente externo, leva-se em consideração o modelo das 5 forças de Porter, que são a ameaça de entrada de novas empresas, poder dos fornecedores, poder dos clientes, ameaça de bens substitutos e rivalidade entre concorrentes que analise o âmbito competitivo da empresa e suas vantagens competitivas. Mas temos que levar em consideração também que esse modelo de determinação de estratégias leva seu foco a tender a determinadas áreas em detrimentos das outras, pois leva mais em consideração o quantificável e não o qualificável, baseado principalmente no poder de mercado e em sua concorrência, muitas vezes fazendo com que planejadores tenham visão rígida e que utilizem de estratégias maléficas a organização, pois não consideram suas limitações e manipulam números para tentar convencer que a estratégia funciona. A escola em questão fecha o grupo de escolas prescritivas lembrando o modelo da escola de planejamento, mas com um modelo claramente mais flexível, baseado no posicionamento da empresa em relação ao cenário que esta atua, realizando análise internas e externas em seus cálculos, retomando parte do modelo da escola de design porém mais baseado em cálculos como a escola de planejamento, porém não toma suas decisões baseadas em previsões mas sim em perspectivas.

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