Gestao ambiental na administração

GEOPROCESSAMENTO E LICENCIAMENTO AMBIENTAL

GEOPROCESSING LICENSING AND ENVIRONMENTAL

Cemirandia Ferreira Souza (UNOPAR) – [e-mail]

RESUMO

O objetivo desse artigo é discutir sobre a importância do Geoprocessamento como ferramenta de auxilio ao licenciamento ambiental, nesse sentido iremos analisar o geoprocessamento como uma forma de mensurar as áreas ambientais. Esse mecanismo utiliza técnicas matemáticas e computacionais para tratar a informação geográfica. Em geral, as ferramentas utilizadas para aplicação do geoprocessamento são os softwares SIGS (Sistemas de Informações Geográficas). Para a finalidade dos objetivos propostos neste trabalho, a modalidade de pesquisa adotada foi a bibliográfica, que inclui análise de artigos científicos, e periódicos, fazendo uma abordagem qualitativa, com o estudo sistemático e analítico da  legislação vigente, tendo por tipo de pesquisa a explicativa, identificando fatores que  contribuem para os fenômenos pertinentes ao uso da tecnologia como ferramenta de auxilio no licenciamento ambiental

Palavras-chave: Geoprocessamento, SIGS (Sistemas de Informações Geográficas), Licenciamento Ambiental, Proteção Ambiental.

ABSTRACT

The aim of this paper is to discuss the importance of GIS as a tool to aid the environmental licensing in that sense we will analyze the GIS as a way to measure the environmental areas. This mechanism uses mathematical and computational techniques to deal with geographic information. In general, the tools used for application of GIS software are the SIGS (Geographic Information Systems). For the purpose of the objectives proposed in this paper, the method of research used was literature, which includes analysis of scientific articles, and journals, making a qualitative approach to the systematic and analytical study of the current legislation, with the kind of research the explanatory identifying factors that contribute to the phenomena relevant to the use of technology as a tool to aid in the environmental licensing

Key-words: Geoprocessing, SIGS(Geographic Information Systems), Environmental Permitting, Environmental Protection.

1. INTRODUÇÃO

O Geoprocessamento é uma ferramenta tecnológica que permite a interação de diferentes áreas científicas para o estudo de aspectos ambientais. A reunião de elementos informacionais sobre a distribuição geográfica de propriedades, animais, recursos minerais e plantas sempre foi uma constante preocupação das sociedades organizadas em relação ao meio ambiente. Em tempos mais remotos, isto era feito apenas com equipamentos analógicos, como: cartas, mapas, papel e outros instrumentos.

 No entanto isto impedia uma análise mais completa que integrasse mais informações relacionadas aos mapas e dados utilizados na analise ambiental. Com o desenvolvimento da tecnologia, especificamente através da informática, tornou-se possível armazenar e representar tais informações em ambiente computacional, surgindo então o Geoprocessamento.

É importante também definir neste artigo o conceito de geoprocessamento como sendo uma importante ferramenta vinculada a um SIG que, conforme Fitz (2000), “busca a realização de levantamentos, análises e cruzamentos de informações georreferenciadas visando à realização do planejamento, manejo e/ou gerenciamento de um espaço especifico”.

Nesse contexto, o termo Geoprocessamento denota a disciplina do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento da informação geográfica e que vem influenciando de maneira crescente as áreas de Cartografia, Análise de Recursos Naturais, Transportes, Comunicação, Energia e Planejamento Urbano e Regional. As ferramentas computacionais para Geoprocessamento, chamadas de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), permitem realizar análises complexas, ao integrar dados de diversas fontes e ao criar banco de dados georeferenciados.

 

2 - DESENVOLVIMENTO

O Brasil é um país extenso, cheio de limites e grandes áreas de mata as quais abrigam um poderoso e valioso ecossistema derivado dos mais fascinantes biomas Brasileiros. Com uma grande carência de informações adequadas para a tomada de decisões sobre os problemas urbanos, rurais e ambientais. O Geoprocessamento apresenta um enorme potencial, principalmente se baseado em tecnologias de custo relativamente baixo, em que o conhecimento seja adquirido localmente. Os projetos de avaliação de impacto ambiental envolvem o monitoramento dos resultados da intervenção humana sobre o ambiente.

O Geoprocessamento, para MAXIMIANO (1996), “possibilita a automatização de trabalhos cartográficos facilitando a realização de análises complexas”. A cartografia digital com toda a evolução que vem sofrendo vem se tornando um instrumento de grande valia tanto para as ciências da Terra quanto para outras ciências que dela necessitem em seus trabalhos, como “engenharia civil, mecânica, arquitetura, comunicação social e outras”, MAXIMIANO (1996).

                          Seguindo essa linha de raciocínio o geoprocessamento é uma ferramenta de grande utilidade para a conservação da biodiversidade, pois possibilita a coleta de dados espaciais relevantes para diversos estudos, como dados temáticos e de distribuição de espécies, permitindo análises mais detalhadas, como a identificação de áreas prioritárias para a conservação, delimitação de corredores de biodiversidade, base para sistemas de suporte a decisão.

Na análise ambiental, o geoprocessamento é uma das ferramentas mais utilizadas para monitoramento, por exemplo, da cobertura vegetal e uso das terras, níveis de erosão do solo, poluição da água e do ar, disposição irregular de resíduos, etc. Da mesma maneira, ele pode ser usado em análises de qualidade de habitat e fragmentação.

Finalmente, o geoprocessamento também é útil para a definição de políticas e diretrizes na gestão governamental. Ao identificar com precisão as áreas afetadas por determinada decisão, o governo pode planejar melhor o impacto de suas ações. Da mesma forma, através do registro de solicitações e análises e o livre acesso à base cartográfica, pode-se estreitar as relações do governo com os cidadãos.