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Gestão Contemporânea Autoritarismo e o Conflito com as Novas Gerações

Por:   •  22/3/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.918 Palavras (8 Páginas)  •  78 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS

UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

LAURA BAUMGRATZ AIMI

GESTÃO CONTEMPORÂNEA

Autoritarismo e o Conflito com as Novas Gerações

Porto Alegre

2018

LAURA BAUMGRATZ AIMI

GESTÃO CONTEMPORÂNEA:

Autoritarismo e o Conflito com as Novas Gerações

Trabalho apresentado para a disciplina Cultura e Formação, pelo Curso de Administração da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS, ministrada pelo professor Gabriel Ferreira da Silva

Porto Alegre

2018

RESUMO:

O autoritarismo era visto como forma ideal de gerenciar as pessoas. Com as novas gerações no mercado de trabalho, os ideais de liderança mudaram, tornando muitas empresas ambientes difíceis de se conviver. Isso porque diferente das gerações anteriores, os jovens hoje não toleram o autoritarismo. Esse artigo visa esclarecer, através de argumentos, o porquê de o autoritarismo não ser mais ideal e o porquê deve ser abandonado. Será comparado o comportamento das gerações Baby Boomers, Y e Z, citando os conflitos gerados pela coexistência destas no ambiente de trabalho. Por fim, junto às considerações finais, serão apresentadas comparações entre ser autoritário e ser um verdadeiro líder e se relacionará a Dialética do Senhor e do Escravo (G. Hegel) com o tema do artigo.

. Palavras-chave: autoritarismo; liderança; conflito; gerações

     JUSTIFICATIVA:                 

                                           

O autoritarismo é muito presente hoje em dia nas grandes empresas, especialmente aquelas mais antigas e familiares. O motivo disso é que os donos/chefes dessas empresas costumam ser pessoas de mais idade (60 anos aproximadamente), ou seja, nasceram em contextos diferentes, foram criados de formas diferentes e tem uma mentalidade diferente (em comparação com as gerações atuais). Agora vou explicar quem é essa geração mais antiga, em qual contexto viveu e qual é sua mentalidade, em seguida falarei das gerações atuais.

Essa geração mais autoritária chama-se Baby Boomer. São chamados assim pois nasceram no pós-Segunda Guerra Mundial, época em que os soldados voltaram para suas famílias e houve uma explosão (boom) de bebês. Como dito anteriormente, tem aproximadamente 60 anos e postura autoritária. Mas por que essa postura? Vou explicar resumidamente, pois o foco desse artigo não é explicar o porquê eles são autoritários, mas sim o porquê eles não devem ser autoritários. Bom, muitos eram filhos de soldados, integrantes do setor militar. Pessoas que participam do exército são tratadas por seus comandantes de forma rígida, em outras palavras, forma autoritária. Os comandantes são vistos como um segundo pai pelos soldados, pois eles os tornaram “homens de verdade”/ “homens de honra”, apesar de todo o sofrimento que passaram na guerra. Como forma de admiração, os soldados adaptam o modo como foram tratados no exército ao modo de criar seus filhos. Isso porque ao criar seus filhos da mesma maneira, eles se tornarão pessoas “dignas que nem o pai”.

Guarde essas palavras na mente: Baby Boomers, chefes, autoritários. Agora vou falar em conjunto das gerações Y e Z, pois tem características parecidas e o motivo pelo qual entram em conflito com a geração Baby Boomers é o mesmo. Vou entrar em detalhes sobre esse conflito mais adiante, por enquanto quero que foque em absorver as informações de cada geração.

As gerações Y e Z representam as pessoas nascidas entre 1970 a 1992 e 1992 a 2010, respectivamente. São gerações familiarizadas com a tecnologia, não gostam de se sentirem subordinados, não toleram ser maltratados, e estão acostumados a conseguirem o que querem.

Apresentadas as gerações, peço que reflita sobre o as informações dadas no parágrafo anterior e as palavras guardadas. É visível o antagonismo, não? Autoritários x não gostar de ser subordinado, pouca tolerância à maus tratos... Como uma pessoa que não gosta de se sentir subordinada pode ser submetida a um chefe autoritário, “mandão”? Como uma pessoa que crê que os outros devem obedecê-la independente do que for porque ela é a autoridade vai mandar em alguém que não gosta de receber ordens? Acredite ou não, é a realidade de muitas empresas hoje, e se você estiver se perguntando “mas isso funciona?”  a resposta é não, não funciona. Por causa desse problema muitas empresas estão fechando as portas. As relações de trabalho fundamentais para o funcionamento das empresas (vou comentar isso mais adiante).

Um elemento característico na pessoa autoritária é a cultura do medo, em que o líder amedronta seus funcionários para que eles não contestem seu poder. Ao criar essa cultura do medo, o fluxo da comunicação na empresa é prejudicado, pois os funcionários não se sentem confortáveis a darem sugestões de melhorias ou a comunicarem erros, pois temem serem repreendidos de forma desagradável. O desempenho dos funcionários também decai: se a equipe é maltratada, ela não se sentirá motivada a dar o melhor de si pela empresa.

CONCLUSÃO

        Visto que as gerações atuais não gostam de receber ordens, gostam de contestar o que não lhes agrada, podemos afirmar que uma postura autoritária não é adequada para liderar as gerações Y e Z. Os jovens hoje consideram o líder ideal aquela pessoa que reconhece seus trabalhadores não meramente como seus funcionários, mas como uma equipe da qual ele mesmo (o líder) faz parte. Ao enxergar todos os integrantes de uma empresa de forma universal, como um único grupo, os objetivos dessa empresa também se tornam universais.

Essa visão é importante para o papel de líder, pois ao ver os objetivos de sua equipe como seus próprios objetivos, ele se sente motivado a atingi-los, e ao se sentir motivado a atingi-los, passa a motivar a equipe a fazer o mesmo (visto que um líder alcança suas metas trabalhando por meio de outras pessoas).

Foi dito anteriormente que as relações de trabalho são fundamentais para o funcionamento da empresa, agora vou detalhar isso brevemente. Para que essas relações se desenvolvam corretamente, a postura deve partir do líder. Ele deve, como dito acima, motivar sua equipe a atingir as metas da organização e também a dar o melhor de si. Junto a isso, deve deixar claro a seus funcionários que estes podem confiar nele, deve fazê-los se sentirem acolhidos. Isso estimula a comunicação na empresa, outro fator fundamental para seu funcionamento. É importante que a equipe se sinta confortável em comunicar problemas ou dar sugestões de melhorias para a empresa, sem medo de não ser ouvida ou de ser repreendida (líderes autoritários raramente escutam sugestões de pessoas que trabalham para ele).

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