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Historia Sistema Respiratório

Por:   •  29/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.428 Palavras (6 Páginas)  •  395 Visualizações

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Biologia Celular, Tecidual e do Desenvolvimento - Thaís

Sistema Respiratório: Vias Aéreas

O sistema respiratório é constituído pelos pulmões e por uma sequência de vias aéreas que conduz ao ambiente externo, atua no fornecimento do oxigênio e na eliminação de dióxido de carbono das células do corpo.

  • Função
  • Conduzir e trocar gases.
  • Porção condutora🡪Situada dentro e fora dos pulmões (vai desde a cavidade nasal até os alvéolos), conduz o ar do ambiente externo para os pulmões. Estas estruturas não somente transportam, mas também filtram, umedecem e aquecem o ar inspirado antes deste alcançar a porção respiratória dos pulmões.
  • Porção respiratória🡪 É nesta que acontece a hematose (ocorre nos alvéolos).
  • Existe uma via aérea superior, que vai até a entrada do pulmão, e a inferior, que são condutoras de ar dentro do pulmão.

  • A Histologia da Via Aérea
  • A histologia da via aérea é formada por uma mucosa, com um epitélio de revestimento (epitélio respiratório) e uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado, com muitas glândulas mucosas e seromucosas e contendo células do sistema linfóide do organismo.
  • Essa mucosa é sustentada por um osso, por um tecido muscular ou por um tecido cartilaginoso.
  • Todos os órgãos do sistema respiratório baseiam-se nessa mesma histologia, o que muda são as células do epitélio e a sustentação.
  • O epitélio respiratório, que reveste a via respiratória, é pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes.
  • Nele existem outros tipos celulares:
  • Células caliciformes
  • Células cilíndricas ciliadas (células de sustentação)
  • Células basais (aquelas que não chegam à região superficial do epitélio, ficando na base): ajudam na renovação de outros tipos celulares
  • Células em escova: em sua região apical têm microvilosidades.
  • Células serosas: produzem secreção serosa – secreção aquosa rica em proteínas
  • Células do Sistema Neuroendócrino Difuso: células quem têm capacidade de secretar substâncias endócrinas que vão atuar em células neuronais, nervosas.

Obs: As células caliciformes, as cilíndricas ciliadas e as basais são as que estão em maior quantidade e, por isso, dão nome ao epitélio: epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes.

  • Os órgãos que compõem a via aérea superior – porção condutora extrapulmonar
  • Cavidade Nasal
  • Seios Paranasais
  • Nasofaringe
  • Laringe
  • Traqueia
  • Brônquio Fonte Extrapulmonar

A cavidade nasal

  • Dividida em três regiões histológicas.
  1. Região anterior – Vestíbulo Nasal (entrada do nariz)
  • Mucosa:epitélio pavimentoso estratificado queratinizado (igual ao da pele) + Lâmina própria: tecido conjuntivo frouxo subepitelial.
  • Derme:camada de tecido conjuntivo denso não-modelado. A derme do vestíbulo é rica em numerosas glândulas sebáceas e sudoríparas e está ancorada por numerosos feixes de fibras colágenas ao pericôndrio dos segmentos de cartilagem hialina.
  • Vibrissas: pelos espessos e longos, que impedem a entrada de grandes partículas de poeira para a cavidade nasal.
  • Cartilagem hialina 🡪 Sustentação

  1. Região posterior: Compreende as pregas nasais que facilitam o turbilhonamento do ar, permitindo, assim, uma eficácia na filtração deste.
  • Mucosa: epitélio respiratório (pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes) + lâmina própria subepitelial de tecido conjuntivo frouxo (ricamente vascularizada, apresenta muitas glândulas mucosas e seromucosas e abundantes componentes linfoides)
  • Cartilagem hialina + tecido ósseo🡪Sustentação.
  1. Região olfatória: é onde acontece a captação das substâncias que serão transmitidas ao SNC, para que sejam interpretadas como cheiros.
  • Mucosa: epitélio olfatório (ep. pseudoestratificado cilíndrico ciliado) + Lâmina própria: glândulas de Bowman (secretam um fluido seroso, responsável por lavar as terminações nervosas das células olfatórias, para que estas sejam liberadas para se ligarem a novas partículas em suspensão, para que haja a captação de outros odores).
  • Sustentação 🡪Tecido ósseo.

Obs:

  1. O epitélio da mucosa olfatória apresenta tipos celulares diferentes:
  • Células olfatórias: corpos de neurônios que emitem seus dendritos para a região da cavidade nasal. Suas terminações axônicas penetram na lâmina crivosa do osso e fazem suas conexões diretamente no SNC.  Estas células captam as partículas em suspensão no ar e transmitem uma sinapse direta com neurônios do SNC, para que isso seja transformado em uma sensação (cheiro, odor).
  • Células de sustentação: cilíndricas ciliadas do epitélio pseudoestratificado.
  • Células basais: têm origem na lâmina basal mas não chegam à superfície (ajudam no processo de renovação dos demais tipos celulares).

Ou seja, a mucosa olfatória não possui células caliciformes, nem células neuroendócrinas, nem células com borda em escova (microvilos).

  1. A lâmina própria da mucosa olfatória é composta por um tecido conjuntivo que varia do frouxo ao denso não-modelado, ricamente vascularizado, e que se encontra firmemente aderido ao periósteo subjacente.

Seios Paranasais ou Seios da Face

  • Cavidades ósseas (“buracos” nos ossos) revestidas por mucosa.
  • Os ossos que possuem essas cavidades revestidas por mucosa são o etimoide, o esfenóide, o frontal e o maxilar.
  • Mucosa: epitélio respiratório + lâmina própria: tecido conjuntivo frouxo, (é extremamente vascularizada e fundida ao periósteo, onde ela começa a tender para um denso não-modelado. Essa fusão favorece à adesão da mucosa na cavidade óssea).
  • Esses seios paranasais são preenchidos por ar, com o intuito de melhorar a aerodinâmica da face.
  • Sustentação 🡪 Tecido Ósseo
  • Sinusite 🡪 inflamação e infecção dos seios da face. A inflamação edemacia a lâmina própria, estimula a chegada de tecido linfoide e estimula maior secreção de muco (estímulo irritativo). Como essas cavidades ósseas estão dentro dos ossos, elas não conseguem se expandir, ocorrendo o tamponamento (obstrução) dos seios paranasais. Pode ser viral, bacteriana ou fúngica.
  • Rinite 🡪 processo irritativo (inflamatório) dos seios nasais. Não tem agente infeccioso.

Faringe

  • A faringe se inicia nas coanas nasais (terminação do nariz) e se estende até a abertura da laringe.
  • É dividida em três regiões:
  • Nasofaringe – contato direto com o nariz
  • Ep. respiratório e lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo.
  • É a porção que conduz mais ar.

  • Orofaringe – contato direto com a cavidade oral
  • Epitélio pavimentoso estratificado não-queratinizado
  • Conduz alimento até o esôfago
  • Laringofaringe – contato direto com a laringe
  • Epitélio pavimentoso estratificado não-queratinizado
  • Representa a transição entre essas regiões e a laringofaringe.
  • Sustentação: músculo estriado esquelético

Obs:

  • Epitélio pavimentoso não-queratinizado: epitélio mais espesso, de modo a proteger o local que reveste e diminuir o atrito e, consequentemente, possíveis lesões.
  • Epitélio pavimentoso estratificado queratizinado só é encontrado no líquor e na pele.

Laringe

  • Órgão basicamente cartilaginoso – tem peças de cartilagem hialina e de cartilagem elástica.
  • Situada entre a faringe e a traqueia.
  • É responsável pela fonação e por prevenir a entrada de alimentos e fluidos no sistema respiratório
  • Possui a epiglote, cuja principal função é tamponar a entrada de alimentos na laringe, uma vez que a via de preferência para os alimentos é o esôfago e a laringe é a via preferencial para o ar.
  • Mucosa: epitélio respiratório + lâmina própria: tecido conjuntivo frouxo.
  • O lúmen da laringe é caracterizado por dois pares de pregas da mucosa: as pregas vestibulares (ou falsas cordas vocais), são imóveis. Sua lâmina própria, composta por tecido conjuntivo frouxo, possui glândulas seromucosas, células adiposas e elementos linfoides. A borda livre de cada prega vocal (ou corda vocal verdadeira) é reforçada por uma faixa de tecido conjuntivo denso elástico, o ligamento vocal (ajuda no movimento das cordas vocais).
  • Área que tem maior probabilidade de ter contato com partículas sólidas de alimentos e sofrer maior atrito é a superfície superior da epiglote. Ela e as pregas vocais são, por isso, compostas por epitélio pavimentoso estratificado não-queratinizado.
  • Sustentação: cartilagem hialina, cartilagem elástica e tecido muscular.

Traqueia

  • Possui três camadas: mucosa, submucosa e adventícia.
  • Mucosa: epitélio respiratório, tecido conjuntivo frouxo subepitelial (lâmina própria), e um feixe relativamente espesso de fibras elásticas separando a mucosa da submucosa.
  • Submucosa: tecido conjuntivo denso não-modelado (fibroelástico) contendo numerosas glândulas mucosas e seromucosas, além dos elementos linfáticos e rico suprimento vascular.
  • Adventícia: tecido conjuntivo frouxo fibroelástico. A característica mais proeminente da adventícia é representada pelos anéis cartilaginosos em forma de C com tecido conjuntivo fibroso interposto (para ajudar a fechar o C e dar formato tubular para a traquéia). A adventícia também é responsável por ancorar a traqueia às estruturas adjacentes (esôfago e aos tecidos conjuntivos do pescoço). Apresenta, também, músculo liso.
  • A traqueia se divide em dois ramos, que serão os brônquios fonte pulmonar.

Obs: A traqueia não possui uma camada de músculo liso, possui músculo liso apenas na região aberta dos anéis em forma de C. Já o brônquio pulmonar tem músculo liso em camada, logo abaixo da lâmina própria.

A árvore brônquica

    Brônquios primários (extrapulmonares)🡪 Brônquios Secundários (intrapulmonares) 🡪 Brônquios Terciários (intrapulmonares)🡪 Bronquíolos 🡪 Alvéolos

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