ILHA DAS FLORES

RESUMO¹

O curta-metragem “Ilha das flores” que foi produzido em 1989 por Mônica Schmiedt, Giba Assis Brasil e Nôra Gulart, retrata um lugar em Porto Alegre (RS) que serve para depósito de lixo.

Começa com um acompanhamento no cultivo do tomate, na sua venda, na sua aquisição no mercado, na sua utilidade na vida da compradora, até no seu descarte quando se nota que um deles foi considerado inadequado ao consumo humano. Em seguida este lixo é jogado fora e mais tarde levado para o depósito.

O “Ilha das flores” é um verdadeiro lixão, onde há muita sujeira e mau cheiro por possuir os descartes dos seres humanos, e esses lixos são jogados aos porcos. O que não é considerado adequado para os porcos, é deixado para os pobres consumirem, e eles entram em um grupo de 10 em 10 pessoas e tem 5 minutos para recolherem seu “alimento”.

O curta-metragem traz várias reflexões como o desperdício de alimento (o que é lixo para alguns serve de alguma maneira para os outros que nada tem), e o destino que está sendo dado ao lixo produzido nas casas e estabelecimentos em geral, com o objetivo de conscientização para reduzir a produção e ajudar o planeta.

Há também as consequências do capitalismo, como a desigualdade social, a influência do dinheiro (uma troca de valores onde o dinheiro é visto como o poder), e as pessoas a margem da sociedade que também vivem uma pseudoliberdade por almejarem ter esse poder.

Com uma linguagem irônica, contemplamos nesse curta-metragem uma sociedade cada vez mais individualista, “dona da verdade” e desperdiçadora, questionando à racionalidade humana em buscar do real significado de liberdade.