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LIÇÕES DO ANO 70 E SUA MANUFACTURA

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Por:   •  30/8/2014  •  Tese  •  1.196 Palavras (5 Páginas)  •  212 Visualizações

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CARROS ANOS 70 E SUA FABRICAÇÃO

Em 1975 o governo brasileiro proibiu a importação de automóveis e suas peças. Isto era um sinal de problemas para quem possuía um veículo importado, pois afetaria diretamente a aquisição de peças para a manutenção.

Neste grupo de pessoas estava o Dr Humberto Pimentel que possuía um Porsche Targa 911S e a futura falta de peças já o preocupava bastante. Em meados da década de 1970, o Dr Humberto resolveu comprar um carro desportivo nacional. Sua escolha foi pelo melhor carro esporte nacional da época, o Puma GTB. Não se sabe ao certo o que levou o Dr Humberto a criar seu próprio automóvel. As duas versões mais conhecidas são de que, após analisar o Puma GTB, ele haveria sugerido algumas mudanças no carro visando uma melhora no que dizia respeito à estrutura, segurança, estabilidade. A resposta teria sido negativa e isto lhe impulsionou a pensar num carro esporte que chegasse ao seu nível exigências.

Outros relatos falam em uma fila de espera muito grande para adquirir o GTB e que isto teria sido o real motivo.

Independente de qual esteja certa, o que importa é que foi o início do automóvel SM. O primeiro passo foi criar o projeto do carro e uma equipe começa a ser montada para isto. Para chefiar esta equipe o nome escolhido foi o do engenheiro Milton Peixoto. Dentre os outros profissionais chamados temos o pintor Cici e os soldadores Antonio Alves e João da Silva. João aparece em uma das fotos soldando o protótipo. Nesta fase, em dezembro de 1975, entra para a fábrica Antonio Manuel Penafort Pinto Queirós, conhecido pelos membros do SMClube1 como "Antonio projetista" e que possui o seu 79 até hoje totalmente original.

Sob a batuta do Dr Humberto, nasce o projeto do SM, sendo assinado por sua filha Ana Lídia. Segundo declarado pelo próprio Dr Humberto, foram colhidas idéias de vários automóveis da época, não tendo servido de base para o SM um único automóvel.

O próximo passo a ser definido seria qual a mecânica usar. A escolhida foi a do Alfa Romeo, mas a fábrica negou a concessão para o uso. A opção então foi usar a mecânica 6 cilindros Chevrolet Opala. Para a criação do protótipo o nome escolhido foi o de Renato Peixoto. Peixoto era muito conhecido no meio automobilístico por ter trabalhado em diversos projetos de automóveis de corrida, como o Casari A2, o qual pilotou nas 1000 milhas do Autódromo de Interlagos de 1970. Pois bem, estavam unidas "a fome e vontade de comer" e a criação do SM iria começar. A equipe para produção do protótipo foi montada usando uma parte da mão de obra da própria fábrica, pintores, lanterneiros e outros, contratando também mão de obra externa. Tudo era desenvolvido em cima de um graminho de aço (ferramenta bastante antiga). Para o cargo de designer foi chamado um funcionário da área agrícola da fábrica, Flávio Monnerat.

O chassis foi desenvolvido pelo próprio Peixoto a partir das longarinas do Opala. Longarinas são vigas de secção variável montadas longitudinalmente que proporcionam rigidez estrutural ao chassis.SICOS | GRANDES BRASILEIROS

NOVEMBRO 2005

A idéia de fazer o MP veio da união da paixão de um funcionário da indústria de móveis Lafer pelo modelo inglês MG TD 1952 com a visão de Percival Lafer, o dono da fábrica de móveis que leva seu sobrenome. Era o início dos anos 70 e as réplicas começavam a fazer sucesso nos Estados Unidos. O plano inicial era fazer um modelo para exportação, sendo que a condição era a de que pudesse ser montado sobre o chassi do Fusca.Projetar a carroceria de fibra para a plataforma VW não seria problema, uma vez que o entreeixos do MG é praticamente o mesmo do Fusca. Além disso, a Lafer já tinha bastante know-how na laminação de fibra de vidro, usada na confecção de alguns de seus produtos.Da idéia, em 1971, à produção, em 1974, seis protótipos foram feitos. Antes, porém, o carro já havia sido apresentado no Salão do Automóvel de 1972, onde, apesar da discrição do estande, foi um dos destaques da mostra.Da linha de montagem saía, em média, um carro por dia, chegando a dois entre os anos de 1984 e 1986. Autorizado pela MG inglesa e com garantia

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