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Liderança nas Organizações

Por:   •  8/5/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.516 Palavras (7 Páginas)  •  281 Visualizações

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Matriz de atividade em equipe – tarefa individual 3*

Módulo: 3

Atividade: Tarefa individual 3

Título: Liderança nas Organizações

Aluno: Luciana Caetano da Silva

Disciplina: Introdução a Administração

Turma: 2018-1 SP l-02-18

Introdução

Ao longo da história das organizações as pessoas deixaram de ser meros componentes de sua engrenagem e tornaram-se os ativos mais importante da organização, o capital humano. Para garantir que a organização tenha produtividade, lucratividade e consequentemente sucesso é necessário que seus indivíduos estejam engajados e alinhados com seus objetivos e valores. E é papel da liderança da organização garantir essa sinergia.  

O objetivo desse deste texto é entender o que é liderança e a evolução do seu estudo.  E vislumbrar o que esperar da liderança no futuro.

O papel da liderança nas organizações

Liderança é a habilidade de um indivíduo ou uma organização de engajar, motivar, orientar e influenciar outros indivíduos, um grupo ou toda uma organização a cumprir um objetivo em comum.

O Homem é um ser social que tende a se a agrupar e interagir com outros indivíduos com quem compartilha objetivos e ou emoções. Dessa interação lideranças são estabelecidas e vem determinando o curso da história humanidade. Devida a sua importância tornou-se foco de estudo que se inicia na filosofia. Platão, em sua obra "A República”, descreve o líder ideal, como o “Rei filosofo” que é educado pela razão.  Confúcio trata do assunto em “Os Analectos”, onde descreve os sete princípios que formam o cerne da liderança: autodisciplina, conhecimento, espirito de equipe, exemplo, objetivo, realizações e responsabilidade. Maquiavel, em “O Príncipe”, diante de uma Itália caótica argumenta que o líder não deve medir esforços e nem hesitar no em sua função de garantir a integridade nacional e o bem do seu povo.

O tema liderança passa a ser tratada como de tema de pesquisas cientificas, e   teorias são publicadas:

Teoria dos Traços de liderança.

Surge na década de 30 influenciada pelos trabalhos do século XIX de Thomas Carlyle e Francis Galton, na teoria do Grande homem. A teoria propõe que liderança é um conjunto de habilidades inatas, em outras palavras certos indivíduos nascem com as características para serem lideres enquanto outros para serem subordinados. O os defensores da teoria acreditam que essas características são universais e não são influenciadas pelo meio em que o líder está inserido e pelo comportamento de seus subordinados. Estudos posteriores, vem para demonstrar que estes são justamente o ponto falho na teoria.

Teorias Comportamentais e estilos de Liderança

Em contraponto a teoria dos Traços, surge a Teoria do Comportamental, que foca nos comportamentos que levam a uma liderança de sucesso. Foi uma tentativa de verificar não somente o que os líderes eram, ou seja, o que eles tinham de traços ou características, mas o que eles faziam, ou a forma de administrar e trabalhar em equipe (PEIXOTO, 2015).

Diversos estudos e observação de comportamento de grupos foram conduzidos afim de identificar os comportamentos que levavam a uma liderança eficiente, destacando os estudos da Universidade de Ohio e Michigan (NUNES, 2015). Que identificaram três categorias de padrão de comportamento de liderança. O comportamento de iniciação de estrutura, onde o líder descreve os objetivos a serem atingido, determina quais e como as tarefas devem ser executadas por seus subordinados. O comportamento de consideração onde o líder é focado no desenvolvimento de relações interpessoais com seus seguidores e busca estabelecer uma relação de confiança.  E o comportamento Participativo, onde o líder permite que seus seguidores participem das decisões que serão tomadas, permitindo que este sejam mais autônomos e permitindo mais interação entre si.

Outro estudo relevante da Teoria comportamental, foi o seminário de Kurt Lewin, Ronald Lipitt and Ralph White, de 1939, onde identificam três estilos de liderança:

  • Autoritária: focada na figura do líder e as decisões estão em suas mãos, apresentam melhor resultado de produtividade, mas em contrapartida apresenta insatisfação, tensão em seu grupo
  • Democrática: Existe um equilíbrio entre a figura do líder e grupo e as decisões são compartilhadas. A produtividade é menor em relação a Liderança Autoritária, porém apresenta melhor qualidade de trabalho e mais satisfação e integração no grupo.
  • Laissez-faire ou Liberal: nesse estilo de liderança não a figura do líder, e as decisões está na mão do grupo. Menor produtividade e menor qualidade de trabalho, assim como insatisfação no grupo.

Dentro do Leque das Teorias comportamentais existem vários outros estudos que poderiam ser citados como a Teoria do Reforço Positivo e a Modelo de grade Gerencial. E o que se observa é que não existem o estilo ou modelo de liderança mais adequado. A concepção de liderança no contexto organizacional evoluiu no tempo ao deixar de lado tanto a visão simplista de dimensões, quanto à forma de relacionamento do líder com os subordinados, havendo consenso que os estilos não são antagônicos, mas se completam em um processo social complexo que procura discutir a eficácia do líder (Faccioli, 2008). 

Teorias da Liderança Contingencial ou Situacional

A teoria propõe que não existe um grupo de características que determina um líder e que o estilo de liderança a ser adotado depende da situação em que se encontra o líder. O princípio fundamental das teorias situacionais de liderança é que a eficácia do líder reside na sua capacidade de responder ou ajustar-se a determinada situação (Faccioli, 2008).

Das teorias de Liderança Contingencial quatro delas se destacam recentemente:

  • Modelo Fiedler: Fred Fielder propõe que existe dois estilos de liderança, liderança orientada ao relacionamento e a liderança orientada a tarefas. De acordo com Field, não existe estilo ideal e que o líder terá sucesso se adequando ao estilo que melhor se encaixa na situação.
  • Modelo de decisão Vroom-Yetton: O modelo coloca a ênfase no grau de participação que os subordinados devem ter na tomada de decisão de forma a que estas sejam mais eficazes, dependendo este das características da situação (Nunes, 2016).
  • Teoria do Caminho-Meta (path-goal): desenvolvida em 1971 por Robert House, defende que é papel do líder promover recompensas para seus subordinados de acordo com as metas a serem alcançados e tornar fácil o caminho a ser percorrido para atingir a meta proposta.
  • Teoria situacional de Hersey-Blanchard: os líderes de sucesso devem mudar os estilos de liderança, tendo em conta a maturidade das pessoas que lideram e os detalhes da tarefa em causa (Serafim, 2013). 

Teoria da Liderança Transicional e Transformacional.

Bernard Bass propõe, em 1985, que há dois tipos de liderança. Na liderança transacional, existe uma troca (seja política, econômica, psicológica) entre o líder e o seguidor, enquanto ambos acreditarem que isso irá beneficiá-los (Faccioli, 2008).  E liderança transformacional, que se baseiam na preocupação dos funcionários, estimulação intelectual e proporcionando uma visão de grupo.

Teoria da Liderança Carismática.

Estudada por Robert House e Max Werber, analisam a liderança baseada no carisma do líder e a sua capacidade de engajar e persuadir seus seguidores a se comprometera a sua causa. “Líderes carismáticos são essencialmente comunicadores muito eficazes, indivíduos que são ambos eloquentes verbalmente, mas também capazes de se comunicar com seguidores em um nível profundo e emocional" (Riggio, 2012).

Liderança e a Nova Geração

A geração Millennial se tornou a maior na força de trabalho e essa nova geração vem transformando os modelos de negócio e não surpreendentemente vem a liderança organizacional. A geração Millennial não é motivada pelo dinheiro ou pelo reconhecimento associado a cargos de liderança. Eles querem ser líderes para inspirar os outro, fazer a diferença no mundo e liderar as empresas que se importam.

A geração millennial não se adequa ao modelo autocrático de liderança, com regras e políticas a serem seguidas.

Millennials querem um ambiente mais colaborativo onde trocam ideias com colegas e realizem uma missão em vez de uma cultura corporativa rígida com políticas e procedimentos.

Conclusão

Ao Longo dos estudos sobre o tema liderança podemos concluir que liderança não é um talento inato do líder, mas um conjunto de habilidades que podem ser aplicadas e ou desenvolvidas de acordo com a cultura da empresa e seus empregados, o momento em que esta se encontra e que resultados se espera atingir. Cabe a organização junto a seus líderes promoverem um ambiente onde essas habilidades podem ser desenvolvidas.

E com a nova geração o desafio das organizações é promover uma liderança mais colaborativa, inspiradora e que engajem seus liderados a um propósito comum.

Referências bibliográficas

MORENO, LC. A Liderança na Filosofia. 2013. Disponível em: https://morenolc.wordpress.com/2013/10/09/a-lideranca-na-filosofia-2/. Acesso em 11 mar. 2018

WIKIPEDIA. Leadership. 2017. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Leadership . Acesso em 11 mar. 2018

        

Faccioli, Cintya. Teorias da Liderança. 2008. Disponível em:

http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/teorias-de-lideranca/22664/. Acesso em 11 mar. 2018

PEIXOTO, Claudio. Teorias da Liderança. 2015. Disponível em:

http://www.mitraconsultoria.com.br/2015/07/22/lideranca-6-teorias-comportamentais-e-os-estilos-autocraticos-democraticos-e-laissez-faire/. Acesso em 11 mar. 2018

CARLOS, Caroline Mazon Gomes, BAZON, Sebastião, OLIVEIRA, Wdson. O líder nas Organizações. 2011. Disponível em: http://revistaunar.com.br/cientifica/documentos/vol5_n1_2011/1_o_lider_nas_organizacoes.pdf. Acesso em 11 mar. 2018

NUNES, Paulo. Teorias Comportamental de Liderança. 2015. Disponível em: http://knoow.net/cienceconempr/gestao/teoria-comportamental-de-lideranca/. Acesso em 11 mar. 2018

NUNES, Paulo. Teorias Comportamental de Liderança. 2016. Disponível em:

http://knoow.net/cienceconempr/gestao/modelo-de-vroomyettonjago/. Acesso em 11 mar. 2018

RIGGIO, Ronald E. What Is Charisma and Charismatic Leadership?. 2012. Disponível em: https://www.psychologytoday.com/blog/cutting-edge-leadership/201210/what-is-charisma-and-charismatic-leadership . Acesso em 11 mar. 2018

Broussel, Lauren. How millennials challenge traditional leadership. 2012. Disponível em:

https://www.cio.com/article/2956600/leadership-management/how-millennials-challenge-traditional-leadership.html. Acesso em 11 mar. 2018

*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.

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