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MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL

Por:   •  10/10/2020  •  Monografia  •  2.631 Palavras (11 Páginas)  •  148 Visualizações

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        MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL

Disciplina: Gestão de Pessoas

Módulo: 4

Aluno: Lucas Ferreira Cardoso

Turma: Gestão de Pessoas-0520-0_8

Introdução

O conceito de liderança, equivocadamente se enquadrava em estereótipos que giravam em torno de pré conceitos, de acordo com o que cada sociedade acreditava ser destaque, como características físicas, autoritarismo, postura, postamento de voz, força etc.

Com isso, surgiu a figura do “chefe”, muitas vezes fugindo completamente do papel de ser líder, que de forma ignorante se posiciona arrogantemente, focado em sí próprio e alavancamento de sua carreira, estagnando sua equipe e tornando a organização em que atua menos eficiente.

O papel do líder é influenciar a sua equipe, educando e orientando, e assim conseguindo estimular seus liderados para gerar bons resultados para a companhia como um todo.

Liderança é um exercício diário, que precisa ser praticado e aperfeiçoado ao longo do tempo. Ulrich, Smallwood e Sweetman (2009), concluiu que 60% a 70% das competências necessárias para construir lideranças eficazes são as mesmas, ou seja, os líderes que se destacam devem ser estrategistas, executores, gestores que sabem cativar, motivar e otimizar os talentos, desenvolvedores de capital humano investindo e construtores das próximas gerações, e claro servindo de exemplo.

Existe uma relação entre Poder e Liderança, e é importante que o Gestor-Líder, que naturalmente, exercerá estes poderes, tenha discernimento e perscpicácia para gerir estes poderes. Segundo Montana e Charnov (1998), dentro de uma organização, há seis tipos de poderes: poder legitimo; poder de recompensa; poder coercitivo; poder de especialização, poder de referência e poder de informação. Entretando, é importantíssimo que o Líder entenda que ao empoderar alguém, delegando atribuições, a responsabilidade continua sendo dele, e os resultados atingidos por indivíduo, serão de suma importância para validar a sua atuação como gestor da equipe.

De acordo com a Teoria dos Estilos de Liderança, existem três tipos de liderança: autocrática, democrática e liberal, porém, após estudos, concluiu-se que um líder não pode ser moldado apenas por treinamento ou estilo. Pensando nisso, surgiou a Teoria Contingencial ou Situacional, que nos ensina que a figura do líder nunca pode ser observada individualmente, visto que a liderança é uma relação de trocas, ou seja, não existe líder sem liderados. Dessa forma, para definir um bom líder, precisamos também estar atentos aos estilos dos seguidores e à situação enfrentada.

Encarando essa realidade, Jim Collins (2006) conduziu um estudo, apresentando um modelo de competências com cinco níveis hierárquicos. Segundo o autor, o líder de nível cinco seria o nível (desejado), mais desenvolvido de forte capacidade. Nesse nível encontra-se um profissional que busca formar sucessores, com superioridade em performance do que o seu próprio desempenho. Apesar de ser ambicioso, trabalha para o bem da organização em que atua.

Como objetivo principal, o líder tende a desejar o sucesso com a sua equipe de alta performance, se destacando e gerando resultados para a organização em que está inserido. Entretando, esses resultados de sucesso nunca serão alcançados sem seus liderados e pares, e para isso, é necessário que um líder desenvolva habilidades necessárias para uma liderança conectiva que por meio de uma conexão emocional, o líder detecta se há algo que possa atrapalhar o relacionamento interpessoal, como um medo de serem destratados, corrigidos publicamente, punidos por um erro e/ou até mesmo demitidos, se há respeito, se há confiança ou se há desconfiança. Para exercer tal liderança, o líder precisa identificar e fortalecer parcerias com aqueles que não estão sob sua autoridade, mas que são essenciais para que ele e sua equipe possam se destacar e obter os resultados esperados.  

Desenvolvimento – análise de diferentes perfis de liderança

Nessa análise resumida do conceito de liderança, podemos entender o papel do líder em uma organização, e o impacto da liderança como um todo. Segundo Mello (2010), existem 10 tipos de lideranças mais comuns encontradas nas organizações, são elas:

Coercitivo – O tradicional “chefão”, um dos perfis mais comuns encontrados nas empresas. É movido por resultados, tem habilidades para lidar com colaboradores problemáticos sendo centralizador do poder para si, individualista e sempre com feedbacks negativos. Profissionais inseguros, que costumam ter medo do crescimento dos seus colaboradores, pois acham que vão roubar o seu lugar, preferindo ter uma imagem de alguém que é autoritário e severo.

Vantagens: Em emergências, pode funcionar bem. Por não haver muito tempo para convencimento, mandar fazer é mais eficaz.

Desvantagens: Caso esse estilo seja utilizado com frequência, ele vai causar inibição dos funcionários, pelo receio de serem criticados. Prejuízo ao bom ambiente de trabalho.

Democrático - O líder democrático possui como pilar a colaboração da sua equipe. Tem como característica ser uma pessoa muito comunicativa, mas que, acima de tudo, demonstra confiança nos seus liderados. Incentivando o envolvimento do time em todas as atividades, inclusive em suas tomadas de decisões. Comunicativo, atua como um facilitador do processo decisório. Procura fazer uma gestão inclusiva e eficiente, entretanto, muitas vezes pode ser considerado como indeciso, principalmente quando a sua equipe não consegue colaborar nesse processo. Por isso, é necessário que os membros de sua equipe tenham uma certa maturidade para ajudar seu líder nesse processo.

Vantagens: Ideal para a criação de ambientes de alta performance, incluindo a sua equipe e tornando um ambiente favorável, pois ao compartilhar o processo decisório, angaria o comprometimento de todos os envolvidos.

Desvantagens: A divisão de tarefas por consenso pode criar um tipo de “especialização” entre os funcionários, sobrecarregando os mais experientes. Não é aconselhável para equipes inexperientes, pelo risco de prejudicar o resultado final.

Autoritário - O perfil de liderança autoritário, está sempre a frente comandando a sua equipe com firmeza e exigência, tendo como princípio a excelência. Um dos seus pontos positivos é que geralmente possui a capacidade de mobilizar as pessoas em prol de um ideal, porém, isso pode ser prejudical, podendo querer monopolizar muita coisa para si e cobrar o máximo de empenho de todos, sendo muito crítico com quem não apresenta os resultados esperados. Costuma ser impaciente com quem possui dúvidas, não tolerano erros.

Vantagens: Esse perfil pode ser bom na questão da motivação e mobilização em busca dos objetivos da empresa, gerando resultados e assumindo responsabilidades que exijam urgência.

Desvantagens: Por ser alguém autoritário e muito crítico com colaboradores que não entregam resultados, pode prejudicar o desenvolvimento e capacitação da equipe, sendo extremamente prejudicial para manter os seus liderados trabalhando consigo.

Marcador de ritmo - É aquele profissional que busca um alto desempenho de todos e tenta liderar pelo exemplo. Gosta de passar a ideia de que a sua vida se resume a alcançar os seus objetivos profissionais. Na prática, fica trabalhando até mais tarde com a sua equipe e gosta de colocar a mão na massa. Porém, por muitas vezes ele espera o mesmo comportamento workaholic da sua equipe, não respeitando um ritmo de trabalho que seja saudável. Em alguns casos, chega até a distorcer o conceito de engajamento.

Vantagens: Por estar sempre dando exemplo, dificilmente deixará o seu time em apuros quando algum problema surgir, além de ser uma liderança focada em resultados.

Desvantagens: É uma liderança individualista, e quando é focada exclusivamente em resultados torna-se perigosa, pois acaba sendo impaciente em relação aos colaboradores que não tenham o mesmo ritmo, desmotivando-os ao distorcer a ideia de engajamento.

Paternal - O líder paternal é aquele Constrói laços fraternais, colocando a necessidade das pessoas em primeiro lugar, preza pelo relacionamento com a sua equipe, construindo relações mais fraternais. Aliás, esse é o seu principal pilar de liderança: construir uma equipe baseada no bom relacionamento. Proporciona um bom ambiente de trabalho, sendo excelente no que diz respeito a resolver conflitos. Porém não consegue ser neutro no momento de julgar as situações, fazendo com que a sua liderança possa atrapalhar o desenvolvimento da sua equipe, bem como a sua performance em busca dos resultados esperados.

Vantagens: Constrói laços fraternais, colocando a necessidade das pessoas em primeiro lugar e tornando o ambiente de trabalho agradável e saudável.

Desvantagens: Não gosta de fornecer feedbacks negativos, pois cria pessoas dependentes emocionalmente, tendo dificuldade de contrariá-las. Além disso, o seu perfil não está muito ligado ao resultado, mas sim ao lado emocional, o que pode ser um risco para a empresa.

Treinador – Nesse perfil, o foco também está ligado ao relacionamento. Um dos seus objetivos princiáis é desenvolver a capacidade das pessoas. É um líder de muita ação, entendendo que a sua função é levar isso para outras pessoas. As dificuldades e os obstáculos não são problemas para si, que os enfrenta sempre com maturidade e firmeza.

Vantagens: Preza pelo autoconhecimento, conseguindo diagnosticar muito bem os pontos fortes e fracos dos seus colaboradores, com isso, pode criar um plano de ação para orientá-los a fim de que possam melhorar seus respectivos desempenhos no dia a dia.

Desvantagens: Possui como ponto fraco a crença de que um treinamento pode ser mais valioso que uma conversa franca, alegando falta de tempo e acreditando que tudo se resolve numa sala de aula.

Centralizador – O líder centralizador também é uma figura muito comum nas organizações, principalmente quando o profissional está em sua 1ª experiência de liderança. Na prática, toma decisões sem consultar a equipe e tem dificuldades em delegar as atividades operacionais. Mesmo quando delega, exige que passe por sua validação e aprovação, causando uma sobrecarga para si. Esse estilo pode ser muito bom para equipes jovens, que não possuem ainda uma certa maturidade para caminharem sozinhas e precisam ser desenvolvidas, porém, ser centralizador demais pode desestimular a equipe, podendo criar o sentimento de que o seu trabalho não é valorizado.

Vantagens:  Em momentos de urgência, tem uma tomada de decisão rápida, e quando os profissionais envolvidos possuem baixa maturidade para caminhar sozinhos, ajuda no encorajamento da equipe.

Desvantagens: A falta de delegação nas atividades pode desestimular a equipe e causar queda no rendimento final da tarefa, além de sobrecarregar o líder e atrasar a entrega das demandas.

Liberal - Na prática, o líder delega plenos poderes e tarefas para o seu time e fica à disposição para dar o suporte necessário. Este tipo de liderança pode funcionar bem quando os seguidores são pessoas instruídas e maduras. O estilo de liderança liberal se encaixa muito bem com equipes multidisciplinares que possuem um alto nível de maturidade. É muito comum que consiga desafiar a sua equipe a entregar os melhores projetos. Mas para que essa liderança funcione, é preciso que o gestor conheça muito bem cada membro da sua equipe. O ponto de atenção está nas situações em que possa acontecer uma certa falta de acompanhamento em relação ao desempenho da sua equipe, que poderá ficar extremamente desfocada no que deve ser feito, podendo comprometer os resultados das suas entregas.

Vantagens: Sempre com um espaço para criatividade, inovação e muita troca de conhecimento, possui como características uma maior autonomia da equipe, capacitação do time e uma tomada de decisão democrática.

Desvantagens: Caso não haja um acompanhamento constante do líder na orientação e monitoramento das atividades, a equipe pode ficar completamente perdida e o projeto final completamente comprometido, tornando o time pouco independente, com dificuldade de manter um rítimo produtivo por conta da falta de organização, e assim enfraquecer a figura do líder.

Inspirador - O líder inspirador é o profissional que serve de exemplo para os outros funcionários da empresa, inclusive para a sua equipe. Os motivos estão na sua competência, no seu trabalho bem feito e pelo seu carisma. Se dá muito bem com equipes altamente motivadas e que querem ter um bom desempenho. É um gestor que não precisa dar muitas ordens. Todos sabem o que precisa ser feito e quando consultá-lo. O único ponto de atenção é que esse perfil de liderança pode entrar em conflito com outras figuras dentro do negócio.

Vantagens: Profissinal que procura ser o mais justo possível. Além de ser muito bom em delegar tarefas, fazendo apenas o trabalho de relacionamento para saber se tudo está em ordem. A equipe se torna confiante e independente, não precisando de alguém delegando o tempo todo.

Desvantagens: Estes profissionais possuem necessidade de status, por isso, em alguns casos, acha que o seu caminho traçado é o melhor e perde a oportunidade de ouvir seus comandados. Pode ter problemas com profissionais mais experientes ou talentos jovens de personalidade forte. Visionário

Visionário - O líder visionário é aquele que está sempre de olho no futuro. Seus principais feitos estão na criação de planos e projetos que vão levar a empresa a um patamar de muito sucesso no futuro, cria projetos em longo prazo construtivos e atraentes para a organização. Para ele, o futuro é que dá sentido à ação do presente. Porém, manter a sua equipe motivada é um grande desafio, pois nem todos podem comprar a ideia de que um grande retorno virá somente no futuro.

Vantagens: É capaz de reconhecer talentos e oportunidades com facilidade, se planejar e se projetar em diversos cenários.

Desvantagens: Pode ter problemas na realização de tarefas em curto prazo e de manter a motivação constante em sua equipe.

Considerações finais

Após este estudo, pode-se observar que todos os perfis apresentados possuem prós e contras, e saber utilizá-los apropriadamente no trabalho é o grande desafio dos profissionais.

Podemos observar também que a liderança é um processo contínuo de decisões, acertos e erros que permite à empresa buscar seus objetivos. Um bom líder é aquele que é versátil, que consegue se moldar às diversidades exigidas no dia a dia, conseguindo adaptar cada caratrística a diferentes situações.

Sabendo que não é fácil encontrar ou preparar um profissional para atender todos os requisitos para uma boa liderança, e considerando que a liderança deve ser desenvolvida de acordo com o perfil e habilidades de cada profissional, Ram Charan concebeu a teoria do pipeline de liderança, no intuito de ajudar empresas a desenvolver seus líderes de forma personalizada.

A teoria consiste em 6 transições, sendo elas:

Transição 1: de gerenciar a si mesmo para gerenciar os outros

A primeira transição do pipeline de liderança marca a passagem do colaborador individual para seu primeiro cargo de gestão.

Transição 2: de gerenciar os outros para gerenciar gerentes

Na segunda passagem, o objetivo do líder é aprender a gerenciar outros líderes.

Transição 3: de gerenciar gerentes para gerenciar uma função

A terceira transição exige um alto nível de maturidade, pois é o estágio de desenvolvimento do líder funcional.

Transição 4: de gerente operacional a gerente de negócios

A quarta transição é considerada a mais desafiadora – e gratificante – na carreira do líder.

Transição 5: de gerente de negócios a gerente de grupo

À primeira vista, a quinta transição não parece tão complicada, porém, para gerir um grupo são necessárias várias competências adicionais, que envolvem habilidades avançadas de negócios.

Transição 6: de gerente de grupo a administrador de empresa

Finalmente, a última transição leva ao mais alto posto da administração de empresas: o CEO.

Concluindo, um bom líder dever saber gerir as competências gerenciais desenvolvidas em cada transição do Pipeline: formar equipes, manter equipes, gerir aprendizado, possuir adaptabilidade, gerir incerteza e possuir visão sistêmica.

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