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MERCADO, POLITICA E TEMPO

Por:   •  5/4/2019  •  Resenha  •  1.241 Palavras (5 Páginas)  •  95 Visualizações

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        A resenha crítica feita, é baseada no artigo “Concordância dos tempos? O Trabalho, o mercado, a politica.” feito pelo autor Yves Schwartz, publicado na revista Eptic, Vol. 17, nº 1, janeiro-abril 2015. O texto é divido em 6 tópicos, o primeiro deles é a Concordância e conjuntura, que aborda as dificuldades encontradas para se abordar o tema tempo abordado nos três polos destacados no título do artigo, o trabalho, o mercado e a politica. No primeiro aspecto o Trabalho, sabemos o quanto é importante pois se trata de nossa força de trabalho, porém o autor nos mostra em alguns embasamentos que a nossa teoria de “justiça do trabalho” está muito atrelada a conceitos próprios, trazendo apenas para seu lado, e muitas das vezes sendo motivado pelo movimento da         Comunidade Europeia atuante e “mundializado”, podendo ser obsoleta. Com isso ele traz um questionamento sobre, “o que deve reestruturalizar o direito trabalhista?” no contraponto se encontra o trabalho assalariado onde o direito do trabalho vai se ver em dois rumos ambos pertinentes para ele mas que cada um vai reclamar para seu lado.        

        O tempo é dividido em duas temporalidades a de atividade e a ergológica. Traz com sigo uma herança pesada que vem acompanhado de os pensadores britânicos manufatureiros até a racionalização taylorística. Tal pensamento sobre o tempo como um vínculo mais importante, traz o trabalhador apenas como uma carcaça, seu trabalho já não tem mais valor de trabalho, mas sim quanto tempo aquilo custa, até mesmo em ateliês começou a ser usado a teoria do trabalho tempo onde o artesão calcularia quanto tempo gasta para fazer tal atividade e assim seria remunerado.

        Esta hipótese trazida pelos filósofos antigos tentam trazer homogeneidade para as condutas de qualificação e gratificação do trabalho com base no tempo, onde o trabalho seria simplificado e quantificado pelas horas produzidas, e que o tempo de lazer, seria um tempo de economia do trabalho. Com isso levanta-se uma ideia de que o ser humano trabalhador segue uma espécie de rotina pré meditada, onde ele ocupa o espaço vago em si mesmo, de acordo com Catherine Periés “só é rotineiro de maneira momentânea e sua rotina geralmente está ligada, dentro de seu inconsciente, aos valores coletivos de vida. Essa concepção da rotina é bem diferente dessa suposta e falsa ausência de si mesmo, e que vai afetar também, muito mais tarde, os operários das cadeias tayloristas”.

        Já que a filosofia foi tão responsável pelo desenvolvimento da teoria temporal, temos então alguns exemplos com a teoria grega “kairos” onde o projeto do artesão deve ser duramente ligado ao tempo de duração e execução, ele deve operar em um vai e vem constante de tempo entre o de patrimônio e o agir com competência, um outro exemplo seria Descartes que visa o homem, mostrando que o tempo utilizado no corpo traz e grava memórias, como as de uma maquina, em suas fibras, o corpo ainda é comandado por outro porém ele é mutável.

        No polo da temporalidade mercantil, o tempo passa a ser visto como um intervalo entre comparados custos, contas, balanços, e desses balanços se atribuem valores ligados a este polo são suscetíveis a medição e quantificação, incluindo assim o uso do trabalho. Apesar disso, a economia mercantil supõe bem, contrariamente ao que se pode identificar como “economia de subsistência”, momentos cruciais de contas e balanços: para separar investimento e exploração, estoque e fluxo, calcular os amortecimentos, isolar lucros, rendimentos do capital, fazer exames periódicos sobre a viabilidade de entidades econômicas, ponto de partida de antecipações. No tempo convencional a ação econômica torna-se apenas equivalente a um calculo, seu ritmo leva à desregulamentação de normas jurídico institucionais, à flexibilização estatutária e geográfica, às práticas de subcontratação, expansão, criação de filiais múltiplas. Mais que uma temporalidade própria, trata-se da tendência ao deslocamento de toda unidade temporal normatizada que tentaria, neste polo, se fazer valer como norma universal. No mesmo polo é possível observar que não se é visto apenas o tempo como uma carga o restante dos pontos de vistas também tem seu ponto de valor, como a parte de gestão, de se preparar para algo inesperado, tudo é tido como perspectiva de valor no polo do mercado, onde tudo é visto como necessário para a agregação de valor e evolução que eles tão buscavam. Segundo o autor o polo mercantilista pode ser interpretado como um polo muito disperso em algumas vertentes, de um extremo o polo do tempo das finanças, e do outro o tempo das incertezas, tempo de negociação.

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