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MODELO ESTRATÉGICO

Por:   •  4/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.566 Palavras (7 Páginas)  •  225 Visualizações

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Curso Completo

Professor: Marcelo Tavares

História

Roma

1- A fase monárquica

A cidade de Roma, hoje capital da Itália, era - oito séculos antes de Cristo – importante entreposto comercial do Mar Tirreno, litoral oeste da península itálica. A região estava sob domínio do povo Etrusco: esse povo, originário da Ásia, ocupava regiões que hoje seriam as famosas cidades de Livorno e Firenze. Como os etruscos eram uma monarquia – estavam sob o comando de um rei - essa fase da história romana sob domínio etrusco é conhecida como o período monárquico (Séculos VIII – VI a.C).

A sociedade romana era fortemente hierarquizada: os patrícios eram os proprietários das terras e exerciam o poder político na cidade, interpretando as ordens do rei através de uma instituição chamada de senado (outra contribuição para a política atual); os plebeus desempenhavam diversas atividades como comércio e artesanato, mas não tinham direitos políticos; aos escravos - obtidos por meio da guerra ou por endividamento – era destinado o trabalho agrícola.

Em 509 a.C, os patrícios organizaram uma revolta contra o rei etrusco em nome da autonomia de Roma: liderando exércitos formados por seus subordinados conseguem estabelecer na cidade um novo regime, a república. De maneira superficial, os romanos definiram a república como o governo de exclusão dos reis. Mas em essência, o novo regime provocava em seu significado o ideal de bem comum, de comunidade, de interesse público – res publica, do latim coisa pública. Mas não foi bem isso que aconteceu. A instauração da república não trouxe qualquer resultado democrático, revelando-se um regime a favor dos interesses patrícios.

2 - A República Romana: tensões sociais e expansão

A disparidade existente entre o significado da palavra e o exercício da ideia republicana pelos patrícios estimulou reações quase imediatas. Através de

greves sociais que ameaçavam o funcionamento de Roma – a mão de obra plebeia era determinante para atividades como o comércio - o Senado foi pressionado, forçado a negociar em nome de uma maior participação política da plebe.

Um dos momentos marcantes dessa relação conflituosa foi o da criação do Tribunato da Plebe em 494 a. C, uma espécie de corpo de magistrados eleitos em assembleias populares que poderia vetar uma lei que prejudicasse os plebeus além de propor iniciativas legislativas de atendimento às demandas da maior parte da população. Em 450 a.C, graças a ação do Tribunato, foi aprovada a Lei das 12 Tábuas uma coleção escrita das leis romanas, até então orais. É importante salientar que leis escritas se tornam uma limitação do poder dos mais fortes, subordinados agora à regras ao alcance e ciência de toda a sociedade. Outra conquista importante foi a Lei Licínia (367 a.C) que abolia a escravidão por dívidas.

Os mais famosos Tribunos da Plebe foram os irmãos Tibério e Caio Graco que exerceriam suas funções entre 133 e 121 a.C. Seus esforços se debruçaram sobre a questão da terra – o que aliás mostra como a luta pela melhor distribuição das propriedades fundiárias é intrínseca ao próprio desenvolvimento da civilização. Tibério sofreu tantas retaliações da elite proprietária que acabaria sendo assassinado. Seu irmão deu continuidade à sua luta, conseguindo reaver terras do estado romano ilegitimamente ocupadas pelos patrícios. Insatisfeitos, os senadores conspiraram para evitar a reeleição de Caio como tribuno. A polarização entre patrícios e plebeus alcançava níveis insuportáveis.

Outro aspecto marcante do período republicano de Roma foi sua capacidade de expansão territorial: por volta de 250 a.C, o eficiente exército (absorvendo cada vez mais plebeus em busca de um soldo (pagamento) e que por isso se tornavam soldados) já havia dominado toda a península itálica e se dirigia para as regiões banhadas pelo Mediterrâneo, reunindo povos de língua e culturas completamente diferentes sob o mesmo sistema político.

A expansão romana foi definida por um episódio crucial que merece

atenção. As Guerras Púnicas entre 264a.C e 146a.C constituíram um longo conflito entre Roma e Cartago (região da atual Tunísia) pelo controle do Mediterrâneo. A vitória dos romanos garantiu enorme desenvolvimento econômico-comercial e o controle de milhares de escravos. Aliás, a superpopulação escrava explica a maior capacidade de mobilização desses grupos contra a exploração que sofriam, destacando-se a revolta liderada pelo escravo Spartacus no século I a. C. Por outro lado, o crescimento de Roma aprofundava o fosso entre ricos e pobres, já que nem toda a sociedade usufruía dessa pujança.

3- A crise da República e o nascimento do Império

Os plebeus que conseguiram enriquecer com o comércio passaram a se mobilizar politicamente exigindo igualdade de direitos perante a elite patrícia. Prova disso é que, no turbulento período da gestão de Caio Graco como Tribuno da Plebe, eles organizaram uma espécie de partido conhecido como a Ordem Equestre, em oposição à Ordem Senatorial dos patrícios.

Um famoso general romano, responsável por uma série de vitórias militares e grandes conquistas territoriais, recebia pleno apoio dessa Ordem Equestre: seu nome era Júlio César. César era identificado pela plebe como um símbolo de confronto e questionamento à hegemonia patrícia, e por isso era adorado pelo povo, mas temido pelos senadores. Entretanto, a fama e a riqueza provenientes de seu sucesso como general pressionavam esses mesmos senadores a conferir a César uma série de títulos políticos, garantindo-lhe crescente autoridade. Em 48 a.C, por exemplo, ele acumularia os cargos de ditador vitalício e cônsul – na prática, a administração de Roma ficava em suas mãos.

Os senadores não suportariam o poder nem a ambição de César por muito tempo.

Disponível em: http://mrfreebird.webs.com/introductionpartiii.htm. Acessado em: 02/12/2105

O mapa acima dá uma ideia do espantoso domínio territorial alcançado pelos romanos graças às campanhas militares de Júlio Cesar.

Nos famosos idos de março de 44 a.C –

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