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Minorias socias

Por:   •  26/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.423 Palavras (6 Páginas)  •  675 Visualizações

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Minorias sociais

Introdução

As chamadas minorias sociais são grupos inferiorizados ou estigmatizados pela grande maioria da sociedade, tal inferioridade se da às características físicas, comportamentais, socioeconômicas, culturais ou religiosas desses grupos que em algum ponto são diferentes dos demais, são exemplos de minorias sociais, homossexuais, índios,  vegetarianos, estrangeiros, idosos, portadores de certos tipos de doenças , ex- presidiários dentre outros.

         O termo minoria muitas vezes é ligado à visão de um grupo pequeno de pessoas, porem se sabe que grupos que somam grande parte da população são também classificados como minorias sociais, grupos como a população negra que atualmente soma a maior parte da população brasileira, moradores de vilas e favelas bem como a população de baixa renda.

 Desenvolvimento

História         

As minorias sociais foram e ainda são amplamente perseguidas, um dos casos mais famoso de perseguição a minorias sociais se deu na Alemanha nazista no séc. XX, naquela época com a ascensão de Adolf Hitler ao poder, o partido nazista encarcerou e exterminou milhões de judeus com a justificativa de que eles não faziam parte da superioridade biológica e racial ariana. Entre outros grupos, os nazistas perseguiram comunistas e ciganos, o que configura a reação contra minorias de cunho não apenas religioso, mas ideológico e social. 

Visão sociológica

Para Marx um dos principais fatores para o crescimento das minorias sociais é o crescimento do capitalismo, pois em sua visão ao se renovar e expandir na via do progresso, o regime capitalista cria condições próprias para o seu crescimento e ao mesmo tempo para sua queda, pois como tal regime tem como principal objetivo o aumento da lucratividade, este acaba por gerar diferenças entre as pessoas criando assim grupos da sociedade menos favorecidos.

Grupos sociais que se encaixam na teoria de Marx podem ser facilmente encontrados na população brasileira, exemplos claros dessa teoria são  moradores de vilas ou favelas que por falta de poder econômico para fixar moradia nas áreas mais centrais das cidades, optam por morar nas regiões periféricas das cidades, as chamadas favelas. Outro grupo social que exemplifica tal teoria são os moradores de rua que por falta de oportunidade de emprego ou qualificação para adentrar no mercado de trabalho, acabam por não ter condições de adquirir casa própria ou alugada e terminam nas ruas.

Na visão de Durkheim a principal característica do fato social é a generalidade, ou seja, a grande maioria.  Portanto, as minorias sociais só existem, pois em conjunto existe a maioria social que faz o papel de contraponto ou muitas vezes opressor social, exemplo de tal raciocínio é a população de homossexuais que é considerada minoria social, pois esses estão em menor quantidade quando comparados a população heterossexual gerando estranheza em tal grupo.

Estigmatizarão e inferiorizarão

        Assim como a existência de minorias sociais esta diretamente ligada à existência da maioria social, os processos de estigmatização e inferiorização também estão correlacionados, segundo Erving Goffman (1922-82) Stigma - Notes on the Management of Spoiled Identity, de 1963. O termo estigma, entre os antigos gregos, designava "sinais corporais com os quais se procurava evidenciar alguma coisa de extraordinário ou de mau acerca do estatuto moral de quem os apresentava";   ele ainda distingue três tipos de estigma: as deformações físicas (deficiências motoras, auditivas, visuais, desfigurações do rosto, etc.), os desvios de carácter (distúrbios mentais, vícios, toxicodependências, doenças associadas ao comportamento sexual, reclusão prisional, etc.) e estigmas tribais (relacionados com a pertença a uma raça, nação ou religião)”.Atualmente estigma social é tudo que difere ou frustra as expectativas da sociedade para certo individuo, com a frustração das expectativas sociais impostas ao individuo, há inferiorização social que consiste em tentar exercer controle sobre outro individuo ou grupo a partir de métodos que visão diminuir o individuo psicologicamente.

Baixa representatividade politica         

Outro fator marcante para a estigmatização e inferiorização das minorias sociais é a baixa ou falta de representatividade politica desses grupos, a exemplo de tal fator pode-se cita a situação das mulheres que  segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2014, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 13 de Novembro de 2015, somam cerca de  104,772 milhões(51,6%) da população brasileira contra 98,419 milhões de homens (48,4% do total), mesmo as mulheres tendo superioridade numérica de 3,2% ou quase 600 mil habitantes, apenas doze cadeiras são ocupadas por mulheres no Senado federal já na Câmara dos Deputados, 51 mulheres atuam como representantes do povo. São, portanto, 63 mulheres dentre as 594 cadeiras do Congresso Nacional (10,6% do total) de representantes do povo.

Mulheres são apenas um dos grupos que tem baixa representatividade politica, Há grupos que se quer tem voz nas casas mais altas do poder do país grupos como moradores de rua e trabalhadores do sexo exemplificam tal situação.

Organização em defesa das minorias

        Desde o século XX entidades governamentais e representantes de minorias tentam resolver as questões das minorias sociais, “diversos acordos e tratados tiveram o objetivo de resolver a questão dos grupos minoritários”. Durante o século XVI, a Paz de Augsburgo reivindicou os direitos das minorias no que se refere à prática livre dos cultos religiosos que não fossem oficiais nos países. No período após as duas grandes guerras mundiais, que evidenciaram a extrema violência contra as minorias, estimuladas pelo nacionalismo, foram estabelecidos tratados de proteção aos grupos minoritários. Por meio da Liga das Nações, fundada no ano de 1919, poderia haver intervenções caso alguma minoria fosse novamente perseguida. [...] Com a criação da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1945, a questão foi novamente levantada. Porém, não aparece na Declaração dos Direitos do Homem. Outra medida tomada neste aspecto foi a Carta de Paris, de 1990. Neste documento foi apontada a necessidade de proteção à identidade religiosa, linguística, cultural e étnica das minorias. Dois anos depois, houve a criação de uma das entidades mais importantes para a questão das minorias: o Alto Comissariado para as Minorias Nacionais, que apresentou uma Declaração mais direta e urgente sobre a situação destes grupos. (infoescola. minorias sociais).”

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