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O CASO DO DEPARTAMENTO DE CONTRATOS

Por:   •  17/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.912 Palavras (16 Páginas)  •  163 Visualizações

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O CASO DO DEPARTAMENTO DE CONTRATOS

Tereza Cristina Pereira Sérvio[1]

Resumo

O presente Caso de Ensino é sobre um Coordenador que chegou em um determinado setor indicado pelo prefeito e como cargo comissionado e, por ter uma forma grosseira de lidar com suas colaboradoras, criou um empasse com as servidoras concursadas que não tiveram receio em procurar ajuda para que conseguissem lidar com essa situação. É quando o Recursos Humanos fica no meio de um problema que vai além do RH, já que estavam tratando com um Coordenador indicado pelo Prefeito. Encerra-se permitindo identificar quais foram as propostas desenvolvidas pelo Recursos Humanos para que nem as servidoras, nem o Coordenador saíssem perdendo perante a situação.

                

Palavras-chave: Liderança. Trabalho em Equipe. Administração Pública. Cargo em Comissão. Gestão de Pessoas.

Introdução

Itabirito está localizada na região central de Minas Gerais e é a ponte entre a capital mineira Belo Horizonte e a cidade histórica de Ouro Preto. Entre serras e montanhas, o município ocupa uma área de 541,93 km². Em crescimento, Itabirito conta com 49.203 moradores. Atualmente a Prefeitura de Itabirito está sendo administrada pelo prefeito Antônio Marcus da Silva, eleito para o mandato de 2017 a 2021.        

Por um período de pouco mais de um ano, os servidores do departamento de contratos da Prefeitura estavam habituados a trabalhar sem gestão, sendo subordinados apenas ao Gestor Geral. Foi quando o gabinete da Prefeitura resolveu indicar para o cargo o Sr. Paulo Roberto, uma pessoa fechada, que não gosta de muita conversa, mais com um excelente currículo, comprometido, trabalhador e responsável, para coordenar a área. Ao chegar ao departamento, o coordenador de contratos mudou toda a estrutura e sua forma de trabalho sem dar qualquer explicação ou orientação aos funcionários, além de ser uma pessoa explosiva, sem conseguir dominar suas emoções, que grita com os funcionários que ele acredita ter cometido erros, chama a atenção das servidoras do setor na frente de seus colegas de trabalho, não dando oportunidade para se justificarem. 

O departamento é composto por cinco mulheres que não estavam acostumadas com uma gestão direta, e nem com um gestor difícil de lidar. Diante dele, todas ficavam com medo de errar e serem repreendidas e, assim, deixaram de progredir. Isso porque sabiam que se cometessem quaisquer erros acabariam presenciando uma explosão do gestor. Elas ficaram desnorteadas, o que gerou uma falta de motivação na equipe e, consequentemente, baixa produtividade. Até que Carolina, como líder do grupo, tomou a frente da situação e foi até o departamento de Recursos Humanos conversar com Sra. Juliana Bauller, gestora da área, para solicitar ajuda para melhoria do setor em que trabalha. 

O desafio...

O desafio de Carolina é conseguir expor o problema apresentado no departamento de contratos sem piorar mais o ambiente de trabalho. Dessa forma, ela decidiu que, procurando o departamento de Recursos Humanos, teria uma chance de conseguir retornar com o clima/ambiente da área de contratos, e quem sabe até obter uma melhora na comunicação com o Sr. Paulo Roberto.

 

A Prefeitura como uma Administração Pública Municipal – zela pelos interesses da população local dentro dos limites territoriais do Município. No Brasil, uma Prefeitura é a sede do poder executivo do município e é comandada por um prefeito e dividida em secretarias de governo, como educaçãosaúde ou meio ambiente. O termo Prefeitura também pode designar o prédio onde está instalada a sede do governo municipal, onde geralmente se localiza o gabinete do prefeito. Na Prefeitura o departamento de contratos é responsável por realizar todas as licitações e formalização de contratos das compras de materiais e contratação de serviços necessários para o andamento das atividades da Prefeitura, e por esse motivo é muito demandado pela instituição, já que lá os funcionários de outros setores têm a liberdade de recorrer quando precisam de ajuda para solucionar problemas internos ou externos.

O departamento de contratos é formado por cinco mulheres, sendo elas: Paola, Ana Luiza, Débora Cristina, Sophia e Carolina, todas servidoras concursadas.

Carolina sempre foi vista como líder do grupo, ficando como apoio das demais servidoras, desde que o último Coordenar de Contratos, Sr. Frederico Silva, foi afastado por motivo de doença um ano e três meses atrás. O serviço de setor era direcionado para elas de uma forma já padronizada, cada uma tinha sua função e o ritmo do setor seguia mês a mês com algumas dificuldades por falta de uma coordenação direta, já que o setor era subordinado somente ao Gestor Geral, que tinha muitas outras funções e não podia ficar atendendo o setor de contratos com exclusividade.

Quando a instituição tomou a decisão de substituir o coordenador de contratos, o Prefeito Antônio Marcus, logo pensou no Sr. Paulo Roberto uma pessoa com um excelente currículo e uma vasta experiência na área de Administração Pública, já que a área é muito demandada por problemas difíceis de resolver.

No início do trabalho, parecia que as coisas estavam sendo bem encaminhadas. Sr. Paulo Roberto começou com tranquilidade, observando e verificando a função que cada uma exercia dentro do setor. Mas, com o passar dos dias, Sr. Paulo não gostou do que viu, achou que as servidoras não estavam trabalhando da melhor forma, que o setor não estava produtivo, e começou a ouvir uma frase dita por muitos servidores: “aquele Setor não faz absolutamente nada” e resolveu mudar bruscamente a sua Coordenação.

Com um jeito ríspido, trocou o layout do setor de contratos, sem dar qualquer justificativa ou orientação às funcionárias, passou a ter controle de todo o serviço que entrava no setor e então o direcionava para cada uma da equipe. O tratamento com elas era feito sempre de forma grosseira, sem muito contato direto. Era um chefe controlador, não tolerava conversas paralelas dentro do setor, proibiu o horário do lanche (horário que era concedido pela Prefeitura), fazia reuniões semanais com intuito de colocar os pontos positivos e negativos da semana, mas nas quais, por ele ser centralizador e controlador, as servidoras tinham receio de expor opiniões ou ideias com medo de posteriores retaliações, já que ele só mostrava a elas os pontos negativos do que acontecia no setor. Sr. Paulo não sabia resolver os problemas sem gritar e, de uma forma explosiva, exponha as funcionárias, sem permitir que elas tivessem sequer uma chance de se justificar. Passou a ter Carolina como sua rival, não tolerava qualquer argumento dela. Mesmo sabendo que ela estava a par da situação dos problemas anteriores, ele a excluía das reuniões. Tirou quase todo o seu serviço, tomou todo e qualquer tipo de poder que ela tinha dentro do setor.

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