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O Desenvolvimento de Caso

Por:   •  28/3/2023  •  Projeto de pesquisa  •  1.133 Palavras (5 Páginas)  •  107 Visualizações

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DESENVOLVIMENTO DO CASO: “UMA SOLUÇÃO ESPETACULAR! ”

Uma empresa familiar, com mais de 90 anos de história, está perdendo competitividade e sentindo-se ameaçada pelas mudanças de visão do mercado que estão cada vez mais aceleradas.

Desde 1924... 

A empresa “AJ Borracharia” foi fundada em 1924, no Vale do Rio Taquari, interior do Estado do Rio Grande do Sul, pelos primos Alexandre Uytdenbroek Schütz e Júlio Vieira Uytdenbroek, que iniciaram seu empreendimento após identificar uma carência na manutenção dos pneus deteriorados pela precariedade das estradas. A escolha pela região do Vale do Rio Taquari, interior do Estado do Rio Grande do Sul, se deve ao fato de estar próximo à capital gaúcha e, principalmente, próximo ao Rio Taquari, que foi fundamental para o transporte de seus produtos no início das suas atividades.

Em busca de formas para realizar os consertos de pneus, os primos deram início a estudos experimentais com borracha e similares. A partir daí, constatou-se a oportunidade de abranger outros segmentos, alterando o foco do negócio da empresa (conserto de pneus) para a borracha propriamente dita, expandindo para o desenvolvimento de produtos derivados como, por exemplo, os breques (como eram chamados os sistemas de freios da época).

No início da década de 30, ainda em meio aos efeitos da crise de 1929, surgiu a oportunidade de comprar, com baixo investimento, os equipamentos de uma fábrica de borracha desativada na Alemanha. Na viagem para a compra dos equipamentos, os primos aproveitaram para buscar novas ideias de possibilidades de produção e fazer um treinamento no segmento de borracha.

Ao retornar ao Brasil, os primos realizaram uma série de transformações na empresa, que passou a atuar como indústria de borracha e adotou a razão social “Laçador S/A”.

A Segunda Guerra Mundial e o Mercado da Borracha

A Segunda Guerra Mundial foi o fator primordial para definir os novos rumos da Laçador S/A e transformou o mercado da borracha. Aproveitando a experiência já adquirida com impermeabilização, a Laçador S/A começou a produzir botes infláveis para o governo e para a aeronáutica, permitindo, dessa forma, o acesso à borracha e demais matérias primas utilizadas pela empresa. Neste mesmo período, começou a ser desenvolvida a linha de produtos de uso hospitalar, que até então correspondia a maior fatia de produção da empresa. A partir daí a Laçador S/A seguiu se desenvolvendo e experimentando novas linhas de produtos derivados da borracha, sempre mantendo o foco na linha de produtos hospitalares, como ataduras elásticas, bancos para banho, assentos sanitários elevados, bolsa de água quente, entre outros.

Sob nova direção

Passado o período das experimentações, na década de 50 a segunda geração da família assumiu a direção da empresa, consolidando os processos e produtos que foram iniciados pelos seus fundadores, aproveitando a conjuntura econômica nacional da época.

Atualmente, a Laçador S/A é administrada pela terceira geração da família, que está enfrentando desafios para manter o legado deixado pelas gerações anteriores, já que a conjuntura econômica, política e social não são mais as mesmas.

Diante disso, a diretora de Marketing da Laçador S/A, Mariana Schütz, neta de Alexandre Schütz, percebeu que a empresa está perdendo espaço no segmento de produtos hospitalares, linha que desde a Segunda Guerra Mundial mantinha-se responsável pelos melhores resultados de vendas da empresa.

Buscando alternativas para identificar as causas e solucionar tal fato, a diretora de marketing reuniu sua equipe para realizar uma pesquisa sobre os produtos dessa linha. Como principal conclusão, a pesquisa mostrou que, embora a marca da empresa apresentasse uma imagem positiva perante os consumidores, os produtos da linha hospitalar não correspondiam às suas expectativas e, tampouco, satisfaziam suas necessidades.

A partir de então, a empresa fez uma revisão nas suas estratégias de marketing, constatando que pouquíssimas vezes interagiu com o consumidor para desenvolver seus produtos.

Um novo legado

Entendendo que seus produtos são um meio de ofertar um serviço, a Laçador S/A passou a adotar a estratégia de cocriação de valor, que consiste em uma experiência interativa onde a empresa se associa ao consumidor no desenvolvimento de seus produtos ou serviços.

Uma das primeiras ações desenvolvidas foi a implementação de uma plataforma de cocriação, denominada “Laços de Criação”, sob a coordenação de profissionais de diversas áreas da empresa, vinculada ao Departamento de Marketing e responsável por manter um canal de comunicação aberto com o cliente, trocando ideias e informações para o desenvolvimento de novos produtos, tanto da linha hospitalar quanto de outras linhas que poderiam ter sua participação aumentada no mercado.

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