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O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor

Por:   •  26/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  556 Palavras (3 Páginas)  •  70 Visualizações

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Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) buscou analisar a prática de greenwashing nos produtos de higiene, limpeza e utilidades domésticas no mercado brasileiro e suas relações com os consumidores. Nessa pesquisa, aponta que está cada vez maior a preocupação dos consumidores com a responsabilidade socioambiental corporativa e que essa postura de “amigo da natureza” está diretamente relacionada à decisão de compra. Essa nova postura do consumidor foi comprovada por um estudo realizado pela Nielsen em 2019, o qual demonstrou que 42% dos consumidores brasileiros têm mudado seus hábitos de consumo para reduzir seu impacto ambiental e 30% dos entrevistados estavam atentos aos ingredientes que compõem os produtos para tomar decisões mais sábias na hora de comprar. Dessa forma, existe uma tendência de os consumidores comprarem de forma mais consciente e estarem predispostos a pagar mais por produtos ecofriendly.

No entanto, nem sempre o que está escrito na embalagem como diferenciais ou até mesmo no discurso de marketing se concretiza em ações práticas e em processos internos - o que caracteriza o greenwashing. Nesse contexto, Mossri, autora da apostila da disciplina, afirma que “um risco que as empresas correm se não se envolverem de verdade nas ações de RSC é que elas podem ser identificadas como empresas não confiáveis, que utilizam o greenwashing para tentar enganar os consumidores e demais stakeholders.” Além disso, a partir da elaboração do artigo “A Relação do Greenwashing com a Reputação da Marca e a Desconfiança do Consumidor”, os autores Correa, Machado e Braga Jr. (2018) concluíram que, ao ser percebido pelo consumidor em produtos verdes no varejo, o greenwashing reflete negativamente e de imediato na reputação da marca e na desconfiança no produto, o que gera altos custos para a marca e tem efeitos no longo prazo, havendo demora para a marca recuperar a sua reputação.

Para trazer à prática, o IDEC analisou 509 produtos oferecidos pelos 5 maiores varejistas de supermercado no Brasil, os quais tinham pelo menos uma alegação socioambiental, e foi constatado que 48% deles praticavam Greenwashing naquele momento. Segundo o instituto, “vagueza, irrelevância, autodeclarações, economia de água e energia, descarte sobre o produto e alegações animais” foram as principais práticas encontradas pela pesquisa, havendo a conclusão de que a má fé das marcas é fortalecida pela desinformação dos consumidores.

Com base no exposto, concluo que NÃO há real responsabilidade social organizacional quando na concretização do greenwashing, pois as marcas utilizam dessa estratégia para criar uma falsa imagem de ser sustentável sem necessariamente aplicá-la na prática, fazendo com que as empresas consigam atingir seu objetivo: vender mais por se autointitularem“amigas do meio ambiente” e, dessa forma, enganarem o consumidor.

Referências

CORREA, Caroline Miranda; MACHADO, João Guilherme de Camargo Ferraz; BRAGA JUNIOR, Sergio Silva. A Relação do Greenwashing com a Reputação da Marca e a Desconfiança do Consumidor. Revista Brasileira de Marketing, 2018. Disponível em: <https://periodicos.uninove.br/remark/article/view/12458>. Acesso em: 19 de setembro de 2021.

Mentira

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