O MEMORIAL DAS AULAS DA DISCIPLINA: ESTUDOS COMPARADOS DA MODERNIDADE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE- CÂMPUS FLORESTA

CENTRO DE EDUCAÇÃO E LETRAS- CEL

CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS

EMMANUELLE DE SOUZA ALVES

MEMORIAL DAS AULAS DA DISCIPLINA: ESTUDOS COMPARADOS DA MODERNIDADE

CRUZEIRO DO SUL-AC

2022

Memorial- Aulas 1,2 e 3

        Iniciamos a disciplina no dia 22 de março de 2022 com a reflexão sobre a diferença entre modernidade, moderno, modernismo e pós-modernismo, no qual, foi classificado que o modernismo se trata da criação do novo (aprimoramento) e o pós-modernismo se enquadra naquilo que já não mais novidade. Partimos então para a origem: os gregos. Sabemos que a Grécia Antiga é o berço da civilização, e partindo desse pressuposto vemos a relação entre mundo versus representação, no qual o mundo vem a ser um enigma, enquanto a representação é a abstração da realidade caracterizado pela mimese.

        Nos gregos encontramos a relação entre discurso versus verdade. Para isso compreendemos o contexto histórico dos seus acontecimentos e o surgimento por meio do passar dos séculos dos filósofos Sócrates, Aristóteles e Platão. Pensamentos socráticos e aristotélicos revelam que a questão da representação depende as fronteiras entre os discursos e, portanto, a não-verdade, que neste caso seria a representação mimética não será superior a verdade. Os pensamentos platônicos mostram que a razão deve prevalecer, por isso que em seu livro A república o poeta deve ser expulso da cidade.

        Na aula-continuação do dia 29 de março de 2022, retomamos a explicação anterior e iniciamos com a ideia apontada por Aristóteles de que arte é aquilo que falta na realidade, aqui a representação poética já não é mais questionada por seu grau de veracidade e no século 6 a.C. surge a tragédia através do confronto entre os pontos de vista. Sabe-se que a primeira vez que poética foi questionada foi em Platão que criou a utopia inaugurou no ocidente. A tragédia surge após a sociedade se tornar mais complexa, por meio do teatro, veremos a catarse, um expressivo dionisíaco formulado por uma verdade hibrida, na qual, o ocidente optará pela verdade platônica de razão.

        Vimos também a decadência do Império Romano com a invasão dos bárbaros que culminou para uma explosão de tendências filosóficas, religiosas etc. O cristianismo é um ápice, onde o ocidente passa a possuir um aspecto de unidade religiosa já na Baixa Idade Média. Os valores medievais são estabelecidos a partir de uma verdade inquestionável que é Jesus Cristo, sendo esse o alicerce da Igreja Católica. Temos, portanto, a relação dual com a palavra que estará dividida entre alegórica e literária, na Baixa Idade Média as representações artísticas dividem-se em gótica (arquitetura) e perspectismo (pintura). É marcado também com o surgimento de Dante: a voz de séculos de silêncio.

        Na aula do dia 5 de abril de 2022, retomamos o conceito de mimese colocado como dependente do momento histórico e do impasse de representação do sensível. Na Idade Média o mundo está fechado, pois busca por uma perfeição humana que não existe e com isso passamos para o Renascentismo que traz a ideia do individuo como um sujeito que se firma pela sua própria experiência. Descartes traz a ruptura com Aristóteles com a ideia de que o homem deve se contemplar trazendo assim a necessidade de novas experiências. Em Locke, a ideia de liberdade começa a ganhar forças e David Hume nos diz que devemos aceitar as imperfeições humanas.

Memorial – Aulas 4,5 e 6

        Na aula do dia 12 de abril de 2022 partimos para a ideia de modernidade dividindo as suas fases. Na primeira fase que acontece na Idade Média com a ideia de mundo fechado e que é representada pelos seguintes autores: Dante, Shakespeare, Cervantes, Montaigne, Camões, Gothe, Rabelais, Boccacio, Chaucer. A segunda fase da modernidade deu-se entre os século  XVIII ao XIV, marcada pela secularização na busca pela separação entre o Estado e a Igreja. Acontecimentos como o Iluminismo, Pré-Romantismo, Neoclassicismo, ascensão dos valores burgueses, revolução gloriosa, revolução francesa e revolução industrial, foram as marcas deste período.