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O Mercado de Business Inteligencie

Por:   •  25/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.145 Palavras (5 Páginas)  •  470 Visualizações

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Será que BI é realmente BI?

No mercado de Business Intelligence, muitas empresas fazem projetos clássicos, sabendo que não atenderão plenamente ao que o executivo quer.

Nas empresas, geralmente as informações gerenciais estão dispersas e os executivos recebem relatórios sintéticos sobre o que está acontecendo, com a importante missão de tomar decisões estratégicas e conduzir os negócios.

Para ajudar nesta tarefa, em 1984 surgiram os primeiros Executive Information System (EIS), que com o tempo evoluíram até se transformar no Business Intelligence como conhecemos hoje. O EIS simplesmente extraía as informações selecionadas das grandes bases transacionais para apresentá-las em formato gráfico e de fácil compreensão. Já o BI implementa um novo conceito de análise de dados, para que os executivos possam obter as informações de que precisam.

Essa tecnologia vem ganhando um grande impulso nos últimos anos, uma vez que as grandes corporações investiram muito em sistemas para o nível operacional, como ERP (sistema integrado de gestão empresarial), e algumas em CRM (gerenciamento de relações com clientes), que geram uma enorme quantidade de dados que servem como o combustível para o BI.

Trata-se de um mercado que movimenta no mundo mais de US$ 7 bilhões ao ano e que deve dobrar em apenas três anos, segundo estima o instituto IDC. No ano passado, este segmento viveu a maior efervescência de sua história, com grandes empresas engolindo outras menores e mudando o panorama e as relações de forças do mercado.

Alguns players do mercado geralmente falam da obrigatoriedade de criar um Data Warehouse ou de Data Marts para a implantação de BI, o que na verdade é uma falta de inovação e evolução crônica, pois essas tecnologias têm mais de dez anos no mercado e conhecemos bem suas limitações e as várias frustrações decorrentes delas.

O problema é que as distorções sobre o que é chamado de BI são notórias e, devido ao tamanho do mercado, muitas empresas não qualificadas se dizem, de uma hora para a outra, “especialistas em BI”, sem nunca ter feito projetos com efetivo sucesso.

O Data Warehouse surgiu nos anos 80 e começou a ser utilizado com mais intensidade no início dos anos 90, aproveitando-se da onda de Downsizing e do fato que não havia ERPs. No entanto, a tecnologia foi criada para consolidar todos os dados da empresa em um repositório único, eliminando-se redundâncias, que depois poderiam então ser utilizados para diversos sistemas, em uma base única de informações.

Não há nada de errado em projetos de Data Warehouse para atividades operacionais. Neste caso funcionam sempre, porque foram criados de forma estruturada, além de esse ser o ambiente e essa ser a necessidade no nível operacional.

O problema de se fazer um Data Warehouse (DW) para projetos de BI é que o DW é estruturado e, portanto, não atende à necessidade de informações dos executivos, pois os mesmos têm necessidade de informação dinâmica, ou seja, não-estruturada, onde a única constante é a mudança.

O conceito de BI foi criado em 1997 e é importante frisar que ele não surgiu como uma decorrência ou evolução do Data Warehouse ou Data Marts, e sim do processo de evolução do Executive Information Systems (EIS). A sua definição básica é de propiciar aos executivos recursos analíticos que possibilitem total flexibilidade e análises dos mais diferentes tipos.

Infelizmente, não é isso que vemos no mercado. A distorção é notória no mercado de BI e muitos clientes continuam sendo enganados por empresas que fazem projetos clássicos, sabendo que não atenderão plenamente ao que o executivo quer.

É preciso mais seriedade e profissionalismo nesse mercado de BI, e que o mercado esteja mais atento às ofertas de ferramentas para se desenvolver projetos, que prometem muito, mas que só deixam frustrados os executivos, como temos constatado em diversas empresas.

Na verdade, o aspecto tecnológico é importante, mas não é suficiente. A estratégia de como conduzir um projeto exige muita experiência e conhecimento dos fatores que podem causar o insucesso dos projetos para evitá-los desde o inicio. A metodologia adotada, ou a falta dela, também é fator preponderante para o sucesso ou fracasso do projeto de BI, independentemente da tecnologia adotada.

Somente a combinação correta de estratégia, metodologia e tecnologia realmente voltada às necessidades dos executivos pode fazer com que tenhamos projetos de BI com pleno êxito. E é isso que deve ser praticado e continuamente aprimorado para a satisfação de quem implementa projetos deste tipo, pois devemos ter otimização efetiva de resultados e provocar redução de custos para um projeto de sucesso.”

Antonio J. Augusto é presidente da EXECPLAN, empresa especializada em soluções para Business Intelligence.

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