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O Nascimento da Prisão

Por:   •  4/4/2018  •  Ensaio  •  781 Palavras (4 Páginas)  •  173 Visualizações

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FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: o nascimento da prisão. Tradução Raquel Ramalhete. 42ª ed.  Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

Por: Hudson Crisostomo

Este trabalho tem por objetivo abordar sobre o Panoptismo que é apresentado no livro Vigiar e Punir: O Nascimento da Prisão, de Michael Foucault (1975). O panoptismo, sinteticamente, tem a finalidade de punir e trazer disciplina a algo ou alguém, mais precisamente, sobre o ser humano e as organizações. E para isso, acreditava-se que, o vigilantismo seria uma das alternativas para se estabelecer uma sociedade disciplinar, mais dócil e mais controlada.

O panoptismo parte de uma ideia arquitetônica desenvolvida por Bentham. Esse modelo panóptico vem com a ideia de regulação de controle social, e para tal, entende-se que haja um olhar soberano de poder e controle de poucos sobre muitos, ou seja, atores de vigilância que irão estudar o comportamento do ser humano e criar regras, e se possível, estabelecer punições, a fim de que haja a construção de uma sociedade disciplinar.

Os observados sabem que estão sendo controlados por alguém, mas não quem os controla; e o observador que fica numa torre central espionando - como diz os autores -, sabe de tudo o que acontece e consegue exercer domínio, manipulando as ações daqueles que devem ser disciplinados. A propósito, o panoptismo não está preocupado em instituir relações de domínio e autoridade de uma minoria sobre os demais, mas seu intuito está na disciplina. Entretanto, só é possível estabelecer disciplina por meio de estruturas de poder.

Resumidamente, Foucault, conceitua que: “o panóptico funciona como uma espécie de laboratório de poder. Graças aos seus mecanismos de observação, ganha em eficácia e em capacidade de penetração no comportamento dos homens: um aumento de saber vem se implantar em todas as frentes do poder, descobrindo objetos que devem ser conhecidos em todas as superfícies onde este se exerça”.

Um ambiente favorável e muito usado para o experimento dessa visão de poder panóptico, são as prisões. Ela é uma organização que tem a função primária de punir as pessoas por seus erros cometidos e disciplinar o ser humano e torná-lo novamente apto à vida em sociedade, com mais pudor, mais respeito, mais amistoso, e se possível, poder exercer sobre o indivíduo uma influência positiva, para assim, ser mais fácil estabelecer um controle social.

No entanto, as prisões não são as únicas capazes de se instituir um sistema de vigilância e de poder panóptico. Outras instituições também são passíveis de observação, punição e no fim trazer disciplina, como por exemplo, os hospitais, as fábricas, as escolas, as instituições religiosas (todas estas dependendo do contexto, também podem ser prisões).

As organizações, de um modo geral, têm a capacidade de regularizar e criar controle social, as escolas, por exemplo, se juntamente com o governo e a família conseguirem colocar regras e limites, e investirem na luta contra as drogas, é provável que se tenha no futuro pessoas informados e cientes dos malefícios causados à pessoa, à família e a sociedade. As empresas já começaram a se preocupar com a sustentabilidade, com o desperdício dos recursos naturais, daqui há um tempo o ecologicamente correto já será um princípio básico e algo natural na política empresarial.

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