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O Reaproveitamento de resíduos plásticos de garrafas PET

Por:   •  9/1/2018  •  Projeto de pesquisa  •  2.019 Palavras (9 Páginas)  •  461 Visualizações

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Faculdade UnYLeYa

Auditoria em Organizações do Setor Público

Reaproveitamento de resíduos plásticos de garrafas PET como agregados na fabricação de blocos de concreto

CUIABÁ

2017

Faculdade UnYLeYa

Auditoria em Organizações do Setor Público

Reaproveitamento de resíduos plásticos de garrafas PET como agregados na fabricação de blocos de concreto

Projeto de pesquisa apresentado à

Faculdade UnYLeYa como parte integrante

do conjunto de tarefas avaliativas da disciplina

Metodologia da Pesquisa e da Produção Científica.

Yan Blumenberg de Castro

Cuiabá

2017


SUMÁRIO

1.        INTRODUÇÃO        1

2.        REVISÃO DE LITERATURA        3

3.        METODOLOGIA        5

4.        REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        8


  1. INTRODUÇÃO

A presente pesquisa trata do reaproveitamento de resíduos plásticos de garrafas PET como agregados na fabricação de blocos de concreto.

A pesquisa visa a responder ao seguinte problema: O reaproveitamento de resíduos plásticos de garrafas PET em blocos de concreto reduziria seus custos de fabricação, contribuindo para a reciclagem do insumo plástico e mantendo aceitáveis a resistência e durabilidade do material de construção civil?

Diminuir a quantidade gerada de resíduos domésticos e encontrar soluções adequadas para eliminá-los é uma preocupação global.

O Brasil se tornou o quarto maior gerador de resíduos sólidos no mundo, mesmo com toda a crise econômica impactando sobre o poder de compra da população. A quantidade de lixo urbano produzida no país em 2015 atingiu 79,9 milhões de toneladas, 1,7% a mais do que no ano anterior. Nesse mesmo período, foi observado também crescimento de 0,8% na geração per capita de resíduos sólidos: de 1,06 quilo (kg) ao dia em 2014, para 1,07 kg ao dia em 2105, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Os resíduos plásticos levam dezenas de anos para se decompor e impactam negativamente o meio ambiente, seja direta ou indiretamente. É imperioso, portanto, que se reduza a quantidade de resíduos sólidos gerados, em especial, os resíduos plásticos. A construção civil pode ter papel fundamental nessa causa, como reaproveitadora e recicladora desses resíduos.

O objetivo geral da pesquisa é analisar a viabilidade do uso de resíduos plásticos como agregado de blocos de concreto.

Os objetivos específicos são: Quantificar o volume de resíduo plástico de garrafas PET reaproveitado em cada unidade de bloco de concreto fabricado. Quantificar a redução dos insumos tradicionalmente utilizados na fabricação de blocos de concreto, em especial o cimento, causada pela sua substituição parcial por resíduos plásticos de garrafas PET. Verificar a resistência à compressão e à flexão do bloco de concreto fabricado com resíduos plásticos como agregado. Comparar os resultados obtidos com os observados para blocos de concreto tradicionais.


  1. REVISÃO DE LITERATURA

O PET é o melhor e mais resistente plástico para fabricação de garrafas e embalagens para refrigerantes, águas, sucos, óleos comestíveis, medicamentos, cosméticos, produtos de higiene e limpeza, destilados, isotônicos, cervejas, entre vários outros como embalagens termoformadas, chapas e cabos para escova de dente. O PET proporciona alta resistência mecânica (impacto) e química, além de ser excelente barreira para gases e odores. Por tudo isso, oferece ao consumidor um produto substancialmente mais barato, seguro e moderno (ABIPET, 2008).

Em geral, a reciclagem do PET pode ocorrer de três diferentes maneiras: (i) Reciclagem Química – onde os componentes das matérias-primas do PET são separados; (ii) Reciclagem Energética – onde o calor da queima do resíduo pode ser aproveitado para a geração de energia elétrica (centrais termelétricas); (iii) Reciclagem Mecânica – onde é realizada a coleta seletiva, a produção de flocos e a reutilização do material para a produção de outros produtos, inclusive embalagens, mas para fins não alimentícios (ABIPET, 2008).

Diversos experimentos estão sendo realizados: a Universidade Federal do Pará criou um tijolo à base de cimento e garrafas PET e que se enquadra como blocos de vedação segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, a utilização de garrafas PET para constituir superfícies refletoras para ambientes enclausurados e na substituição de blocos convencionais na produção de lajes nervuradas como proposto pela Universidade Estadual Vale do Acaraú – CE.

O PET, na construção civil, já vem sendo utilizado em produtos como caixas d’água, tubos e conexões, torneiras, piscinas, telhas, bancadas, pias, tintas, vernizes e atualmente na união ao concreto armado. Esse é um reflexo da busca de novas técnicas mais eficientes para o melhor aproveitamento dos recursos materiais e financeiros disponíveis, eliminando assim os desperdícios e reduzindo os custos, prazos e agregando valor ao produto final. (SILVA, 2010).

No Brasil é recente a utilização do concreto modificado, mas em países industrialmente desenvolvidos já vem sendo utilizado, principalmente o concreto com borracha, que são encontrados na Europa, Japão e EUA nos pré-fabricados como painéis estruturais e de vedação para construção, tubos coletores de esgoto, revestimentos para degraus de escadas e rodapé.

Quando adicionado o PET triturado no concreto há uma diminuição de alguns materiais, ou seja, reduz o custo deste e resolve de maneira eficaz um grande problema de descarte do PET. Além da possível redução dos impactos ambientais, os aspectos de resistência à compressão, retração plástica, aumento da tenacidade, e durabilidade são outras vantagens do uso do PET triturado. (MARANGON, 2004) Ser resistente, durável e impermeável são as características mais importantes de um concreto e atualmente é estudado e testado o conceito da durabilidade do PET, triturado e em fibras, nesse material. Marangon (2004) reforça que a durabilidade do concreto é manifestada por uma deterioração causada por agentes externos e internos, podendo ser ações químicas, físicas e mecânicas. Em altas temperaturas, por exemplo, o concreto sofre alterações físicas e químicas, outra ação química é a corrosão, que incide em materiais metálicos como aço e ligas de cobre e não metálicos: plásticos, cerâmicas e no concreto e além de comprometer a durabilidade do material também comprometem a estabilidade da estrutura tornando-se assim a maior preocupação para a construção civil.

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