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O Taylorismo

Por:   •  17/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.049 Palavras (9 Páginas)  •  81 Visualizações

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1 DESENVOLVIMENTO

Taylor não inventou propriamente uma nova máquina, mas um novo homem frente à máquina. O taylorismo é reconhecido como uma forma de organização do trabalho introduzida na indústria mecânica norte-americana em fins do século XIX e inícios do século XX, baseada em uma estrita divisão entre o trabalho manual (execução) e o intelectual (planejamento) e uma rigorosa divisão do trabalho entre as várias atividades de execução. A designação de taylorismo para esse assunto apresentado é de origem de Taylor, ele quem criou o termo taylorismo, que tinha por objetivo o aumento acessível de produção automobilística das empresas, que era responsável pelo controle dos trabalhadores, de forma a diminuir os tempos de produção.

A referencia do taylorismo para sua compreensão se tornou conhecida a partir de sua obra publicada em Principles of scientific management, em 1911, no qual a logica taylorista se encontrava pequena e silenciosa. Embora Taylor a apresente como uma proposta científica de administração de empresas, em contraposição aos princípios anteriormente seguidos pelas gerências, seu trabalho consistiu mais em juntar os vários conhecimentos acumulados pela área do que em formular algo inteiramente novo. A principal característica desse sistema é sua organização e divisão de tarefas que procura obter em um menor tempo o maior rendimento possível dentro de uma empresa.

Taylor defendia que cada funcionário deveria apenas exercer uma pequena tarefa repetidamente, assim garantindo que a produção fosse feita no menor tempo possível e também que a competição deveria ser incentivada premiando os funcionários de melhor desempenho. Além disso, ele acreditava que a organização deveria ser hierarquizada, assim evitando desordem e organizando as funções de cada funcionário. Isso significou para os trabalhadores uma intensificação dos ritmos, assim como implicou a sua desqualificação e, consequentemente, um processo de rebaixamento de seus salários.

E com isso o sistema de Taylor foi gerenciado e organizado em três princípios fundamentais:

1. Princípio do planejamento

2. Princípio da preparação dos trabalhadores

3. Princípio do controle

O primeiro tem por meio com que os gerentes devem reunir todo o conhecimento tradicional possuído pelos trabalhadores e reduzi-lo a regras, leis e fórmulas. É interessante observar que Taylor se preocupava que o seu método fosse bem aceito pelos funcionários como uma proposta de relação de ‘cooperação íntima e cordial’. Porém, o mesmo lamenta que os funcionários não o entendam dessa forma: “O que o operário, ainda mais competente, é incapaz de compreender esta ciência, sem a orientação e auxílio de colaboradores e chefes, que por falta de instrução, quer por capacidade mental insuficiente.

O objetivo deste princípio é permitir que a administração da empresa identifique os métodos mais rápidos e econômicos que os próprios trabalhadores empregam de acordo com seus critérios e transformá-los em regras e fórmulas a serem sempre cumpridas por todos como the one best way (a melhor maneira de se executar uma operação). Este princípio tem como consequência para os trabalhadores sua desvinculação das tradições e conhecimentos de seu ofício. Com ele, o trabalho deixa de depender da capacidade dos trabalhadores e passa a ser determinado pelas políticas

gerenciais da empresa.

Sobre a one best way, o seu método pode ser resumida da seguinte forma de acordo com Tenório, citando Durand.

a) definição exata dos movimentos elementares necessários para executar o trabalho e das ferramentas e materiais utilizados; b) determinação por cronometragem, ou outros métodos de medida, dos tempos necessários para executar cada um desses movimentos; c) análise crítica dos movimentos para conseguir sua simplificação e a maior economia dos gestos; d) reunião dos movimentos em uma sequencia que constitui uma unidade de tarefa. O segundo princípio consiste em que todo trabalho intelectual deve ser eliminado das oficinas e concentrado nas áreas administrativas, de planejamento e de projeto. Isso significa um passo a mais na separação do trabalhador em relação aos conhecimentos de seu ofício, ou seja, na expropriação do saber operário, que passa a ser agora centralizado na gerência. Significa, portanto, um processo importante de desqualificação dos trabalhadores, que passam a desenvolver tarefas simples e destituídas de conteúdo.

Vale destacar ainda que o método proposto por Taylor tem sua centralidade no trabalho individual. O mesmo desestimula o trabalho em equipe por considerar que os trabalhadores quando estão reunidos tornam-se ineficientes. Sobre este propósito

convém lembrar que os novos princípios de organização do trabalho consubstanciados no taylorismo propunham que a gerência se relacionasse com os trabalhadores sempre de forma individual, como forma de manter seu isolamento no interior das fábricas (...) a ‘organização científica do trabalho’ buscava dividir e fragmentar os trabalhadores.

O terceiro princípio estabelece que todo trabalho das oficinas deve ser planejado pela gerência com pelo menos um dia de antecedência, de forma a que todo operário receba antecipadamente instruções completas e pormenorizadas das tarefas que deve executar, como deve desenvolvê-las, que instrumentos deve utilizar e quanto tempo deve despender para tanto. Com este princípio, retira-se ainda mais a autonomia dos trabalhadores no exercício de seu trabalho. É a partir dele que as empresas começaram a montar seus departamentos de tempos e movimentos, cuja função era estabelecer os movimentos e os tempos que cada tarefa comportava, exigindo dos trabalhadores segui-los rigidamente, dentro do espaço de tempo estipulado para tanto. É também a partir dele que os cronômetros começam a se espalhar pelas empresas, registrando detalhadamente os tempos necessários para a execução de cada tarefa.

Com esses princípios, o taylorismo buscou desapropriar os trabalhadores do controle e da capacidade de decisão sobre seu trabalho, promovendo um profundo processo de desqualificação da força de trabalho industrial. Para garantir o êxito desse processo, a organização taylorista do trabalho propugnava ainda a montagem de uma forte estrutura hierárquica, encarregada da vigilância e fiscalização da produção, como forma de assegurar que os objetivos traçados pela administração fossem seguidos à risca pelos trabalhadores. Uma

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