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OS MODELOS CONTEMPORÂNEOS DE ORGANIZAÇÃO

Por:   •  24/8/2020  •  Resenha  •  1.187 Palavras (5 Páginas)  •  375 Visualizações

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Elaboração de texto - Fordismo, Toytismo e Volvismo: os caminhos da indústria em busca do tempo perdido

Elaborar o texto proposto, a) destacando as características de cada indústria, que possibilitam a associação com as metáforas citadas; b) refletir sobre as organizações nas quais trabalham, elegendo uma que represente um modelo das três metáforas estudadas; c) que características desta organização escolhida possibilitam a associação proposta?


Curso: Liderança e Desenvolvimento Humano
Componente curricular: MODELOS CONTEMPORÂNEOS DE ORGANIZAÇÃO [TURMA 01H] - 2020/2
Aluno: Lucas Estevão Borges dos Santos


a) destacando as características de cada indústria, que possibilitam a associação com as metáforas citadas;


Fordismo - Organizações como máquinas


        O processo de associação de organizações à máquinas surge em algum estágio do processo de industrialização. A rotina de trabalho nas fábricas exigia horários rígidos, tarefas repetitivas e controle. O impacto na vida humano foi imenso, a produção que antes era manual, passou a ser em massa, o rural deu lugar ao urbano e o humanismo deu lugar ao racionalismo. Pode-se associar isso ao crescimento da burocracia na sociedade da mesma forma que máquinas rotinizam a produção com ênfase na precisão, velocidade, clareza, regularidade, confiabilidade e eficiência com tarefas divididas, supervisão hierárquica, regras e regulamentos. Princípios como unidade de comando, divisão detalhada do trabalho, disciplina e autoridade passaram a ser essenciais para o êxito das organizações.
        Definir e administrar organizações como máquinas significa fixar metas e estabelecer forma de atingi-las; organizar tudo de forma racional, clara e eficiente; detalhar todas as tarefas e, principalmente, controlar. Após dois séculas de industrialização e desenvolvimento capitalista, esses valores já eram interiorizados. Porém, essa situação prevê condições ambientais favoráveis como: pouca mudança dos produtos e fator humano previsível.
        Com a aceleração do desenvolvimento e das mudanças, esses fatores foram sofrendo alterações, além disso, essa abordagem mecanicista gera falta de visão crítica, apatia e passividade.
        A indústria automobilística, durante o período de produção manual, era descentralizada e controlada pelo dono, acarretando em baixo volume de produção. A mão de obra era altamente especializada e o custo de produção era alto para produtos de baixa qualidade e pouco confiáveis. Ford introduziu a produção em massa associado à linha contínua permitindo a redução do esforço na montagem, aumento da produtividade, diminuição dos custos proporcional ao aumento do volume de produção, além de projetar veículos com facilidade de operação e manutenção.
        O declínio começou quando o modelo começou a ser escalado globalmente, foi quando Sloan aperfeiçoou o modelo criando um controle rígido dos processos e investimento em marketing. No entanto, a partir de 1955 o modelo começou a entrar em declínio dando sinais de esgotamento. Na Europa surgiam veículos mais adaptados ao ambiente e a mão de obra se tornava cada vez mais reivindicativa para melhores condições de trabalho. A crise do petróleo dos anos 1970 estagnou a indústria e os concorrentes vindos do Japão colocavam em xeque o modelo.



Toytismo - Organizações como organismos:


        No início do século a visão de que os empregados são pessoas com necessidades como qualquer outro ser humano e que estas precisam ser preenchidas e que impactam direta ou indiretamente sobre a sua performance, não era tão óbvio. Pode-se citar Elton Mayo, Abraham Maslow, Herzberg e McGregor, Instituto Tavistock e a Teoria dos Sistemas como estudos voltados para o que seria classificado como os departamentos de Recursos Humanos empresariais. A partir daí, três pontos são citados como importantes:

  • ênfase no ambiente, aí incluindo competidores, sindicatos, clientes, governo, comunidade etc.;
  • compreender-se como inter-relação de subsistemas; e
  • estabelecer congruências entre os diferentes sistemas e subsistemas, num processo contínuo de identificação e correção de disfunções.


        Essa visão está associada À Toyota com o Eiji Toyoda que em 1950 visitou a Ford em Detroit e percebeu que podia melhorar o sistema de produção. De volta ao Japão, junto de seu especialista, Taiichi Ohno, concluíram que a produção em massa poderia não funcionar bem no Japão e montaram o Sistema Toyota de Produção, ou Produção Flexível, junto também nasceu a indústria automobilística mais eficiente da história.
        Em 1950 a fábrica contava majoritariamente com trabalhadores agrícolas e tinham as seguintes características ambientais:

  • o mercado doméstico era pequeno e exigia uma gama muito grande de tipos de produtos;
  • a força de trabalho local não se adaptaria ao conceito taylorista;
  • a compra de tecnologia no exterior era impossível; e
  • a possibilidade de exportações era remota.

        

        As mudanças realizadas começaram com inovações técnicas que reduziam o tempo de alteração os equipamentos de moldagem acarretando em alterações dos produtos de formas mais rápida, reduzindo custo de inventário, observar problemas instantaneamente e tudo isso exigia funcionários bem treinados e motivados. Lembrando que após a 2ª Guerra a Toyota demitiu ¼ dos funcionários gerando uma forte crise. Como consequência, um novo modelo de capital-trabalho foi desenvolvido com emprego vitalício, promoções por critérios de antiguidade e participação nos lucros.
        Os fatores que colocam em risco o modelo, giram em torno da mudança das necessidades da base trabalhadora e queda do padrão de devoção dos empregados às empresas.

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