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Os Empreendedores do Brasil

Por:   •  29/4/2021  •  Resenha  •  8.089 Palavras (33 Páginas)  •  93 Visualizações

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  1. Introdução

O professor Dr. Jacques Marcovitch em sua obra “Pioneiros e Empreendedores – A Saga do Desenvolvimento no Brasil” da editora Edusp com a primeira publicação em 2003 e contando com 3 volumes, conta a trajetória de ilustres empreendedores e pioneiros em vários segmentos. A obra nos traz a compreensão do processo de desenvolvimento brasileiro que passa necessariamente pelo conhecimento da história destas personalidades por ele apresentadas. Os grandes empresários brasileiros que levantaram o país em momentos de crise e necessidades latentes da população por algo novo. Foi apoiado nessa percepção que o professor Dr. Jacques Marcovitch se preocupou em escrever 3 volumes de pesquisa sobre os "Pioneiros e Empreendedores - A Saga do Desenvolvimento no Brasil".  a trajetória da família Prado, de Nami Jafet, Francisco Matarazzo, Mauá, Klabin, Attílio Fontana, Ramos de Azevedo, Jorge Street, Julio Mesquita e Leon Feffer, entres muitos outros.

As narrativas do professor Dr. Jacques Marcovitch veem preencher o leitor de conhecimento sobre os fatos do Brasil, os pioneiros que pôr aqui bradaram grandes batalhas para desenvolver o país e seus empreendedores na saga de desenvolvimento do Brasil em todos os territórios onde estiveram. O livro torna-se decisivamente uma leitura obrigatória para quem deseja conhecer sobre empreendedorismo em terras brasileiras, contudo não obstante também quem buscar reavivar as memórias do ocorrido no passado desta nação. A obra que é fonte de estímulo para os empresários brasileiros, bem como para aqueles que se inclinam em aprofundar seus conhecimentos na área de historiografia econômica e empresarial do Brasil.

No exemplar feito com esmero pelo autor, é possível constatar, o sucesso de alguns empreendedores e o quanto foram preponderantes para o desenvolvimento do país. Buscar o conhecimento sobre essas personalidades é gerar a capacidade de olhar e conhecer o passado, para enfrentar o presente e dessa forma construir o amanhã. Por vezes a obra utilizou como critério de escolha dos nomes dos empreendedores selecionados. Não obstante, não olhou apenas para o êxito econômico alcançado e a presença de características comuns do empreendedorismo como visão de futuro, sensibilidade estratégica e capacidade de inovação.

A análise por essas personalidades também se deve aos indivíduos apresentaram singularidades marcantes e, de certa forma, representativas de determinados tipos de empresário. Assim, vemos como exemplo Mauá, tido com o maior empresário no período do império de Dom Pedro II. Há similarmente os Prados representam a transição entre o Brasil do café e o Brasil moderno, além de Julio de Mesquita, como jornalista e empreendedor, seguido de Roberto Marinho e Ramos de Azevedo, por sua atuação como arquiteto, construtor e empresário inovador.

Nesta coletânea de personalidades únicas e por vezes imitáveis, é possível perceber um traço comum em todos. Os pioneiros e empreendedores escolhidos pelo autor revelaram, durante suas trajetórias empresariais, uma mente aberta para o novo e desconhecido, um espírito pujante e desimpedido para novas opiniões e contrapontos com a sociedade, e na sua quase totalidade, foram submetidos desde jovens a adversidade financeiras, sociais e culturais. Passaram por mazelas que dobrariam muitos homens pelo caminho da vida, contudo para os indivíduos apresentados nestes volumes, estes sofrimentos são degraus para aumentar suas resiliências.

Logo no volume um debruça-se sobre a história de oito grandes êxitos empresariais brasileiros com foco na região sudeste do Brasil. Os relatos e desafios enfrentados pela família Prado, de Nami Jafet, Francisco Matarazzo, Ramos de Azevedo, Jorge Street, Roberto Simonsen, Julio Mesquita e Leon Feffer pioneiro na fabricação de papel, presentes no livro, abarcam a história da transformação econômica passada e recente do país.

No segundo volume há relatos espetaculares das vidas e obras de mais oitos exemplares de sucesso no pioneirismo brasileiro. Temos assim, Attilio Fontana, Família Gerdau, Família Klabin-Lafer, Guilherme Guinle, Família Diniz, Luiz de Queiroz, Mauá e José Ermírio de Moraes que assumiu a direção da empresa Votorantim aos 25 anos.

Para o final nos é apresentados os últimos oito pioneiros de sucesso, sendo desta vez o foco na região norte e nordeste do Brasil. A obra do autor se debruça sobre personalidades do passado e também de um presente muito próximo, sendo para alguns leitores a possibilidade de ter vivido no mesmo período que algumas personalidades. São eles, Delmiro Gouveia, Herman Lundgren, Edson de Queiroz, Luiz Tarquinio filho de ex escrava e posteriormente um industrial, Azevedo Antunes, Samuel Benchimol, Roberto Marinho dono das empresas Globo e Bernardo Mascarenhas.

Perfazendo todo o pensamento relatado até agora, fica explícito nas narrativas que os momentos de infortuno e contratempos decorriam muitas vezes de fases turbulentas que marcaram as suas vidas em diferentes fases. Neste cenário todos estes impasses foram combustível para construírem suas fortalezas. Alguns deles, na condição de imigrantes, distantes de suas culturas de origem, enfrentaram desde cedo barreira de outros hábitos, valores e regras sociais. Ao longo deste relatório histórias de grandes homens serão contadas e como é dito pelo autor Marcovitch “Cada um desses empresários tornou-se um personagem exponencial que ajudou a forjar o sonho brasileiro de desenvolvimento”.

  1. Volume 1 da obra Pioneiros e Empreendedores
  1. Francisco Matarazzo        

Francesco Antonio Maria Matarazzo nasceu em Castellabate no dia 9 de março de 1854 foi um comerciante, banqueiro, industrial e filantropo ítalo-brasileiro, fundador das Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo, o maior complexo industrial da América Latina no início do século que viveu.

Na Itália trabalhava no setor agrícola como agricultor na propriedade de sua família, cuja administração assumiu após a morte do pai que era médico. Contudo decide mudar com sua família em 1881 para o ainda Império do Brasil. Entre momentos de infortuno e quedas financeiras, torna-se mascate. Porém como todo empresário de sucesso conseguiu encontrar oportunidades e abriu várias empresas. [pic 1][pic 2]

No início da grande migração italiana, havia pioneiros capazes de abrir fronteiras agrícolas e lançar estradas de ferro, grandes empresários do comércio e das finanças, senhores de fortunas imensas feitas com o açúcar e café. Mas raros se interessavam pela indústria e eram, praticamente todos, nascidos e criados na elite tradicional.

Matarazzo começou sozinho numa terra estranha. Sua trajetória vertiginosa veio demonstrar, pela primeira vez, que, graças à indústria, em São Paulo, todos poderiam ser artificies do próprio sucesso.

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