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Os Fundamentos do Agronegócio

Por:   •  15/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.097 Palavras (9 Páginas)  •  1.517 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

Agronegócio é um conceito que se iniciou na década de 1980, e, para alguns autores, é um ponto de vista para a construção de uma ideologia de mudança do sistema latifundiarista da agricultura capitalista. No Brasil, o sentido de latifúndio traz a imagem da exploração, do trabalho escravo e braçal, da extrema concentração da terra, do atraso político e econômico. É, portanto, um espaço que pode ser ocupado para o desenvolvimento do país com tecnologia e sustentabilidade (FERNANDES, 2005).

Ainda hoje, algumas pessoas pensam que agricultura se restringe apenas a arar o solo, plantar sementes, fazer colheita, ordenhar vacas ou alimentar animais, porém o agronegócio hoje não é considerado mais um negócio estanque da economia, deixou de ser visto como um modelo fornecedor de matéria prima e passou a ser visto como agroindústria no cenário ditado pela competição. Atualmente o agronegócio é uma das fontes mais rentáveis da economia mundial e está crescendo a cada ano e para acompanhar esse crescimento é necessária a compreensão do agronegócio em todos os seus componentes e inter-relações, eu é uma ferramenta indispensável a todos os administradores na tomada de decisões (PAVESI e GOMES, 2011).

        É preciso entender e ver o agronegócio como um sistema integrado onde todos os seus componentes são importantes, essa visão tem que ser sistemática, pois somente vendo o agronegócio como um sistema integrado e interdepende é possível alcançar a máxima eficiência (FERNANDES, 2005).

        O crescimento do agronegócio brasileiro desempenha um grande papel social, produzindo os mais diversos alimentos, tendo a responsabilidade do abastecimento alimentar. Hoje a fazenda não pode ser encarada como um modelo fornecedor de matéria prima, desconectada de outros setores de transformação (PAVESI e GOMES, 2011).

        O agronegócio tem seu estudo voltado a três segmentos: o “antes da porteira”, “dentro da porteira” e “depois da porteira” (ARAÚJO, 2003). O objetivo do presente trabalho é discorrer e analisar os principais aspectos que influenciam e caracterizam o segmento dentro da porteira, desenvolvendo uma melhor compreensão desse segmento e sua importância para a valorização do agronegócio como um todo.

  1. SEGMENTOS DENTRO DA PORTEIRA

O segmento agroindustrial “dentro da porteira” constituem a produção agropecuária propriamente dita, os quais são divididos em subsegmentos distintos, agricultura (ou produção agrícola) e pecuária (ou produção de animais). O que envolve desde o preparo para iniciar a produção até a obtenção do produto agropecuário para ser comercializado, para isso é necessário fazer uma distinção, pois precisamos discutir as relações que ocorrem dentro da agricultura e da pecuária. Agricultura e pecuária são ramos do agronegócio, que se destacam por existirem pontos em comum na sua produção.

        Segundo ARAUJO (2007), de modo geral, os analistas, os profissionais da área e os próprios empresários não incluem a administração e a gestão dos empreendimentos agrícolas, como componentes do segmento dentro da porteira.

        Produção agrícola é todo o conjunto de atividades que se desenvolvem na zona rural, as quais são necessárias ao preparo dos solos, o acompanhamento do desenvolvimento da lavoura, a colheita, a armazenagem interna dos produtos colhidos e a gestão das propriedades produtivas. Tudo isso objetivando o máximo de produtos com o menor custo possível.

“Dentro da porteira” significa dentro das fazendas, desde as atividades iniciais desde as atividades iniciais de preparação para começar a produção até a obtenção dos produtos agropecuários in natura prontos para a comercialização. Uma classificação difícil é a agroindustrialização verticalizada dentro das fazendas, como, por exemplo, laticínios, fumo em corda, açúcar, rapadura, cachaça, álcool, doces, polpas de frutas e outros, cujos produtos já saem processados das fazendas. A rigor, esses produtos são processados dentro das fazendas, mas constituem – se uma etapa posterior à produção agropecuária, com características bastante diferenciadas do processo de produção agropecuária (ARAÚJO, 2007).

2.1 – Produção Agrícola

De acordo com Araújo (2007), a produção agrícola compreende o conjunto de atividades desenvolvidas no campo, necessárias ao preparo de solo, tratos culturais, colheita, transporte e armazenagem internos, administração e gestão dentro das unidades produtivas (as fazendas), para a condução de culturas vegetais. No segmento dentro da porteira deveria ser considerado também as questões administrativas e a gestão dos empreendimentos agrícolas, o que segundo o autor é considerado um erro grave, sobretudo porque, procedendo assim excluem a geração de empregos e boa parcela dos custos de produção sugerindo viabilidades econômicas nem sempre verdadeiras e negligenciando a importância desses aspectos.

A produção agrícola é dividida em ciclo que são eles:

Ciclos Vegetativos que são cada tipo de vegetal onde se precisa de um tempo para realizar sua atividade biológica, isso é ciclo vegetativo de uma planta, o período que vai de sua germinação até a colheita. Vegetais anuais, perenes e semiperenes é a classificação das plantas em anuais, perenes e semiperenes está ligada diretamente ao ciclo vegetativo de cada espécie. Denominamos de anuais as espécies que possuem um ciclo vegetativo de até 12 meses ou 01 ano. Nesse período, o vegetal cresce, frutifica e morre. O preparo do solo que nada mais é do que o processo que deixa o solo propício ao plantio, esse processo se dá de modo geral com o uso de corretivos e de adubos no solo.

Os viveiros e mudas é onde estão todas as espécies de vegetais que são colocadas para germinar diretamente na plantação. O início do ciclo vegetativo dessas espécies ocorre em locais específicos chamados viveiros. O plantio é o ato pelo qual o produtor incorpora ao solo as sementes ou mudas, da cultura que deseja para que elas germinem e cresçam. Os cuidados com a plantação são as ações tomadas pelo produtor para que a sua lavoura cresça saudável e forte. A colheita é o último estágio da produção agrícola. Todos os passos anteriores são dados para se chegar a uma colheita em grande quantidade e em grande qualidade. E por fim, os atos pós-colheita envolvem o transporte dentro da propriedade dos produtos, o processo de armazenagem, a classificação e embalagem dos produtos colhidos.

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