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PERFIL DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL DE GURUPI-TO

Por:   •  24/9/2018  •  Artigo  •  6.936 Palavras (28 Páginas)  •  97 Visualizações

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PERFIL DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL DE GURUPI-TO[1]

Zelfa Mariano Paiva Dias Jesus[2]

 Leandro Tortosa Sequeira[3]

RESUMO

Antes a constituição formal de uma empresa era realizada apenas com auxilio de um contador e os pequenos negócios em sua maioria sobreviviam na informalidade. Mas a partir da Lei Complementar – LC n°. 128, de 19 de Dezembro de 2008, essa realidade mudou com a instituição da figura do Microempreendedor Individual-MEI, através desta lei, cresceu o numero de empreendedores formalizados que passaram a usufrui dos benefícios garantidos por ela. Este estudo de natureza exploratória e descritiva teve o objetivo de estudar a existência de características do comportamento empreendedor a fim de identificar o perfil empreendedor deste MEIs. O levantamento dos dados ocorreu por meio de um questionário estruturado com 54 afirmações, aplicados para 15 Microempreendedores Individuais formalizados no ramo alimentício da cidade de Gurupi-To, das quais estes MEIs deveriam alcançar uma média entre 15 e 25 pontos definidos por McClelland (1961), para que se pudessem afirmar a existência de características do comportamento empreendedor em seu perfil. Para analise dos dados foram utilizadas as abordagens qualitativa e quantitativa, na qual se obteve como principal resultado uma média de 18,08 na qual caracterizou este grupo como Perfil Empreendedor Médio Superior.

PALAVRAS-CHAVE: 1Microempreendedor Individual. 2 Perfil Empreendedor. 3 Características e formalização.

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INTRODUÇÃO

Em decorrência da crescente globalização vem surgindo uma maneira diferente de se fazer negócios, tanto na realização quanto na estrutura interna da organização. O crescimento econômico exige para a população a geração de empregos e renda. É interessante destacar que em países em desenvolvimento o empreendedorismo é responsável por grande parte do surgimento de novos empregos. Trabalhar por conta própria não tem sido apenas uma maneira de conseguir renda para a família, é também a realização de um sonho, em ser independente, que vem incentivando o aumento de empreendedores na informalidade. Segundo Baron (2010), o empreendedor contribui com o desenvolvimento da economia por que introduz inovação e competitividade no mercado, o deixando com mais vigor.

Em razão do crescente número de pessoas que estavam se tornando trabalhadores informais, em 2004 surge uma proposta para se criar a figura do Microempreendedor Individual – MEI, através da Associação Comercial de São Paulo – ACSP. Este projeto foi enviado ao Congresso Nacional onde tramitava a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas n°. 123, de 14 de Dezembro de 2006, foi então que por meio do art. 68 houve a inclusão do conceito Empresário Individual. No entanto foi através da Lei Complementar – LC n°. 128, de 19 de Dezembro de 2008, que se instituiu o MEI, beneficiando milhares de Microempreendedores Individuais em todo o Brasil. Esta Lei passou a ter vigor em 1° de Janeiro de 2009, a LC n°. 128/2008 e em julho do mesmo ano, tornou se pública, trazendo os benefícios de uma formalização simples e sem burocracias.

Em todo o estado do Tocantins o Microempreendedor Individual começou a ser divulgado no ano de 2010, através do Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE, que possui em sua missão, o objetivo de fomentar o empreendedorismo e estimular a competitividade. Em Gurupi-TO, não foi diferente os trabalhadores informais passaram a ter a oportunidade de se formalizar e capacitar, pois o SEBRAE, além da formalização passou a oferecer para esses empreendedores que continuam entrando no mercado capacitações gratuitas para que tenham conhecimento e faça um melhor gerenciamento de seu negócio.

1 CONTRIBUIÇÕES CLÁSSICAS AO EMPREENDEDORISMO

Aborda-se a importância do empreendedor no processo econômico. Para muitos historiadores e autores, deu-se início com Cantillon (1725), sendo continuado por Smith, Say e Mill, foi firmado através das contribuições de Schumpeter que se concentrou em uma “clássica” definição dos papeis e atividades de desempenho do empreendedor, aceita até nos dias atuais (McDANIEL, 2005).

Como precursores do Empreendedorismo, destaca Cantillon (1755), que o individuo empreendedor pode ser considerado alguém que contrata uma terra e compromete pagar o valor desse bem, sem possui, no entanto, certeza do resultado econômico dessa exploração, assumindo o risco em razão da incerteza.

Em seu livro Cantillon (1755), no capitulo XIII fala que existem duas categorias de classes econômicas: dependentes (são os assalariados e pessoas que vivem empreendendo) e independentes (são os proprietários de grande quantidade de terra). Apesar de os assalariados e dependentes estarem na mesma classe o autor faz uma distinção entre eles, pois o empreendedor mesmo que possua um salário terá sempre a incerteza acompanhando, já o assalariado real enquanto estiver empregado se sentira mais seguro. Shumpeter (1971), disse que Cantillon deve ser considerado o primeiro formulador dos papéis do empreendedor, por que:

Teve uma concepção clara da função do empreendedor (capítulo 13). Esta concepção sua tem um caráter bastante geral, embora suas considerações se refiram principalmente ao caso particular do arrendatário. Estes pagam remunerações contratuais, e, portanto “certas”, ao proprietário da terra e aos trabalhadores, e vende a preços que são “incertos”. O mesmo faz os que negociam com tecidos e os demais “comerciantes”: todos eles se comprometem a efetuar pagamentos certos com a esperança de obter certos resultados incertos; são, pois, essencialmente os sujeitos que dirigem a produção e o comércio, sujeitando-se aos riscos decorrentes. A concorrência tende a reduzir a remuneração que obtém pelo valor normal de seus serviços. Tudo isto é, naturalmente, doutrina escolástica; porém antes de Cantillon ninguém havia dito isto de maneira tão completa (SCHUMPETER, 1971, p.211).

Mesmo falando sobre o papel do empreendedor, de alguém que se arrisca nos negócios Cantillon (1755), quando faz a distinção do empreendedor e do real assalariado, contribui diretamente para o entendimento do papel exercido pelo empreendedor (THORNTON, 2005).

Segundo Say (2003), ser empreendedor é reunir todos os fatores de produção necessários para fazer um produto, independente do que seja assumindo a responsabilidade dos riscos e benefícios. Mas é fundamental que se tenha conhecimento dos fatores e processos, para que haja uma devida execução.

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