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Proposta de Projeto de Monografia - UFRJ

Por:   •  23/2/2019  •  Monografia  •  2.452 Palavras (10 Páginas)  •  92 Visualizações

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Departamento de administração

FACC/UFRJ

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PROPOSTA DE PROJETO DE MONOGRAFIA

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Nome completo: SEBASTIÃO PONTES PEREIRA JUNIOR

DRE:        113064535        Data de elaboração desta proposta: 08 JUL 2016

Orientador: Profº PAULO ROBERTO FALCÃO

  1. TÍTULO PROVISÓRIO E EIXO TEMÁTICO

Título provisório: “Qualidade de Vida no Trabalho: o que o Exército Brasileiro pode aprender com a iniciativa privada”

Eixos temáticos: Gestão de Recursos Humanos, Gestão Estratégica

  1. APRESENTAÇÃO DO TEMA E DECLARAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA

        O tema qualidade de vida no trabalho (QVT) enquanto linha de pesquisa em Administração é recente, apesar das demandas de bem-estar serem muito antigas (LIMONGI-FRANÇA, 2003). Atualmente, as maiores contribuições teóricas estão nas interfaces de saúde e segurança ocupacional, gestão da qualidade e produtividade, visão biopsicossocial da pessoa no trabalho coletivo e sustentabilidade socioeconômica.

        A cada dia, o homem vem trabalhando mais. Seja para melhorar o padrão de vida, seja para manter o padrão alcançado ou até mesmo para manter a posição de trabalho, o ser humano vem dedicando mais tempo de sua vida ao trabalho do que a outras atividades.

        Segundo o Dicionário de Trabalho e Tecnologia (FERREIRA, 2006), a QVT pode ser definida como “sentir prazer em trabalhar, criar e poder fazer o trabalho com zelo.”, “vivenciar harmonia e cooperação nas relações socioprofissionais de trabalho, configurando um ambiente social agradável.” “contar com regras, rotinas e jornadas compatíveis com as exigências das situações de trabalho e os limites e as capacidades dos trabalhadores”, “sentir reconhecimento dos colegas, das chefias, principalmente da chefia imediata, dos dirigentes institucionais e da sociedade”.

        Maslow apresentou uma teoria da motivação, segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de importância e de influência, numa pirâmide, em cuja base estão as necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas) e no topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades de autorrealização). Entre a base e o topo, encontram-se as necessidades de segurança, afeto e status.

        O objetivo do presente trabalho não é propor aumentos salariais ou criação de bonificações pecuniárias, mas sim apresentar propostas para a adoção de benefícios já em uso na iniciativa privada e que se mostraram eficazes na satisfação não financeira dos trabalhadores.

        Durante muito tempo, as empresas buscaram nas Forças Armadas os ensinamentos aplicados em diversas de suas práticas empresariais e no estabelecimento de estratégias organizacionais. O uso de princípios de guerra, o estudo de estrategistas como Clausewitz e Sun-Tzu, além do próprio termo “estratégia”, tudo foi inspirado na doutrina castrense.

        Devido ao caráter competitivo das organizações privadas e ao seu espírito empreendedor, ocorreu que as empresas, valendo-se dos ensinamentos colhidos, evoluíram e desenvolveram práticas que aumentaram a QVT, com vistas ao aumento da produtividade do trabalhador. Não é objetivo deste trabalho pesquisar as causas pelas quais tal evolução não ocorreu nas Forças Armadas com a mesma intensidade.

        As Forças Armadas, devido às suas peculiaridades como “...instituições nacionais permanentes organizadas com base na hierarquia e na disciplina...” (Art 1º, da Lei Complementar nº 97/1999), levam muito mais tempo que a iniciativa privada para mudar e/ou evoluir, principalmente no que diz respeito aos aspectos remuneratórios. Mas engana-se quem pensa que uma alta QVT se resume apenas a aumentos salariais e polpudos bônus no fim de um período. Os estudos de Maslow mostram que o salário atende às necessidades que se encontram nas camadas mais baixas da pirâmide. As necessidades das listadas nas camadas superiores não são satisfeitas com dinheiro.

        Como os militares de carreira já possuem suas necessidades básicas satisfeitas, é razoável supor que para que haja o incremento da QVT no Exército Brasileiro (EB), seja necessário implementar medidas que satisfaçam as aspirações mais elevadas dos militares.

        O problema para o qual se pretende apresentar uma proposta de solução consiste basicamente no seguinte: que boas práticas de QVT, em uso atualmente nas principais organizações, podem ser adaptadas para uso no Exército Brasileiro?

  1. RELEVÂNCIA DA PESQUISA (para a ciência, para a sociedade e para o projeto de vida do aluno)

        A contribuição da presente pesquisa para a ciência consiste no fato de que se iniciará uma pesquisa a fim de enriquecer o que já existe no tocante a QVT no setor público, particularmente nas Forças Armadas e em especial no Exército Brasileiro (EB).

        A presente pesquisa é relevante para a sociedade em geral porque o Exército é composto de pessoas oriundas da sociedade onde está inserido. Sendo assim, é importante que o cidadão militar encontre na Instituição condições de trabalho adequadas para proporcionar seu melhor rendimento e consequente alto padrão de atendimento à sociedade a que serve.

        Para os militares em geral, e para os do Exército Brasileiro em particular, a pesquisa poderá trazer uma nova perspectiva nas relações de trabalho no âmbito de uma instituição secular que precisa respirar ares de modernidade, sob pena de desestimular os atuais profissionais e não despertar interesse nas gerações vindouras.

        Para o autor, o presente trabalho é relevante por se tratar do último trabalho acadêmico realizado durante seu período de serviço ativo. Trata-se de uma contribuição voluntária que o autor pretende oferecer ao Exército Brasileiro como agradecimento por todas as oportunidades que lhe foram proporcionadas para a busca do autoaperfeiçoamento durante o período em atividade.

  1. MOTIVAÇÕES PARA A PESQUISA (pessoais, políticas, econômicas, etc.)

        O autor é militar de carreira da ativa do Exército Brasileiro, contando com cerca de 29 anos de serviço. Durante todo este período, observou e vivenciou experiências que impactaram a qualidade de vida dos militares e seus dependentes, uma vez que a experiência de trabalho muitas vezes ultrapassa a pessoa do trabalhador e influi na qualidade de vida de seus dependentes.

        Em termos econômico-financeiros, a carreira militar apresenta uma inversão dos aspectos remuneratórios quando comparada a carreiras civis, públicas ou privadas. Um oficial do Exército recém-formado inicia suas atividades laborais com um salário superior ao da maioria das profissões de nível superior em início de carreira. Tal assertiva será demonstrada no corpo do trabalho com dados obtidos junto ao Portal da Transparência e ao Portal do Sistema Nacional de Empregos (SINE), entre outros.

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