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RESENHA: TEXTO – “O Gerente nas organizações: funções, limitações e estilos decisórios”

Por:   •  15/10/2017  •  Resenha  •  2.206 Palavras (9 Páginas)  •  594 Visualizações

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Universidade Salgado de Oliveira

Disciplina de Gestão Industrial

Aluna: Dayse Marques

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RESENHA: TEXTO – “O Gerente nas organizações: funções, limitações e estilos decisórios”

         O artigo inicialmente propõe explanar sobre a importância das atividades de um gerente dentro das organizações. E apesar do foco do artigo estar na figura do gerente em si, o mesmo não deixa de acrescentar o valor das organizações quanto a sua participação na composição de nossa sociedade atual.

         Fazendo um breve contexto histórico, voltando ao período da revolução industrial (período este caracterizado por ter ocorrido grandes mudanças a nível socioeconômico) os autores nos mostram a formação das organizações através do “espírito capitalismo”, nascido entre conflitos religiosos e criado pela evolução de antigas práticas artesanais, para produções em larga escala e mecanizadas. Aqui acrescento que essa evolução não se deu apenas pelo avanço em conhecimento do homem, mas também pela necessidade de se produzir em larga escala. E neste ponto de vista comparo a sociedade a um organismo biológico vivo, que sempre tomará decisões para se manter nessa condição de equilíbrio e até mesmo evoluir. Nesta analogia, a sociedade, enquanto organismo vivo, transformou seus recursos e conflitos em organizações para se manter e também evoluir. Fato que atualmente percebemos por todos os bens e serviços necessários à nossa sobrevivência serem largamente produzidos pelas organizações atuais.

         As organizações ao longo do tempo passaram por várias transformações, advindas de correntes ideológicas, inovações tecnológicas, contexto social e tantas outras variáveis. Hoje, sabemos que diversos sistemas compõem uma organização, sistemas que possuem subsistemas e ainda subsistemas que possuem o chamado “processo”. E basicamente o artigo define as organizações atuais como um conjunto de “processos”, que seriam a transformação de entradas (mão de obra, insumos, informações e diversos tipos de recursos.), citadas como “inputs”, em saídas (produtos, bens e serviços que suprem determinadas necessidades), citadas como “outputs”.

         Toda esta complexidade de sistemas, subsistemas e processos, somente funcionam de maneira harmônica se a organização em si possuir um rico sistemas de fluxo de informações. A comunicação é de vital importância para o relacionamento de um conjunto de processos com outro conjunto de processos dentro de uma organização e, portanto, essencial para sua sobrevivência. Neste ponto, o artigo introduz a importância da figura do gerente, fazendo uma analogia de seu papel com o papel de um maestro que interpreta e conduz sua orquestra.

         O gerente está então envolvido na complexidade de uma organização no sentido da tomada de decisão e também na condução do fluxo de comunicação. Para isso o cargo exige a responsabilidade de planejar, organizar e executar atividades que deverão contribuir tanto para a sobrevivência quanto para evolução da organização no mercado. Mas sabemos que as empresas são heterogêneas e, portanto, não existe um padrão de funções e tarefas, ou mesmo rotina a serem comumente determinadas como acontece a nível operacional. O gerente está na posição de nível estratégico de uma empresa e a natureza da sua tomada de decisão deve estar intrínseca ao segmento da empresa no mercado e até mesmo ligada à sua missão e visão. Devido a isso, definir funções gerenciais é particularmente difícil, tendo sido objeto de estudo de autores, influenciados por várias correntes ao longo dos anos.

         O artigo também chama a atenção do leitor para a exigência de uma inteligência interpessoal do gerente já que a ele é dado uma posição hierárquica de autoridade e status. As empresas, portanto, devem ter cautela em atribuir este cargo a determinado indivíduo, observando suas relações e comportamento dentro e fora da empresa. E como indivíduo, o gerente também possui suas características pessoais, no que condiz seus valores, crenças, caráter e comportamento, ou seja, um ser humano que está sujeito a falhas e consequentemente este pode falhar numa tomada de decisão.

         Sendo assim, existem limitações do gerente na condição decisória. Limites de pessoais de cada um, como hábitos, reflexos, valores e conhecimento. No artigo sabemos pela visão Simon (1965), que ele relaciona os fatores individuais com essas limitações, como elas podem impactar na quantidade e na qualidade do trabalho de um gerente e, consequentemente, na empresa. É interessante observar que entre linhas o artigo neste ponto reconhece que atrás do cargo de gerente existe um ser humano, ou seja, um indivíduo singular que pode reagir de diferentes formas na tomada de decisão, quando o mesmo estiver sobre forte pressão psicológica. Fazendo referência a Ramsey ele ainda ressalta que como indivíduo o gerente é incapaz de processar diferentes alternativas de escolhas, caso estas sejam numerosas. Com referência a Festinger (apus Davis, 1987), os autores ainda levantam a possibilidade de um gerente errar na tomada de decisão e, nessa condição humana, buscar informações que privilegiem a alternativa escolhida, escondendo assim sua falha. Sob o contexto de outras referências os autores ainda abordam sobre a falta de objetividade no momento da decisão, ainda levantando essa condição humana de não saber o que quer até viver determinadas experiências.

         O último tópico do artigo explana uma definição sobre os estilos decisórios dos gerentes, ainda levando em conta sua condição humana. Os autores do artigo mencionam Driver et al (1990), quando o mesmo diz que o estilo do tomador de decisão varia de acordo com o foco e uso da informação do gerente, este ainda estabelece várias definições de estilo segundo esta perspectiva. Os autores do artigo acrescentam que cada estilo decisório definido por Driver et al (1990), deve ser observado e refletido, pois determinado estilo pode não caber a determinada empresa, principalmente na fase de projeto de informações da mesma.

         Por fim, os autores concluem que dentro de uma organização é essencial o estudo e reflexão das atividades e funções gerenciais tanto do lado formal, agregando valor a empresa; quanto do lado individual relativo as características pessoais do gerente. Eles ainda acrescentam que não se pode definir perfis de pessoas com numerosas características peculiares, é impossível encontrar um determinado indivíduo que possua todas elas e se encaixe nessa “caixinha”. Os autores acreditam que existem um ponto ótimo na hora de definir funções gerenciais e escolher o melhor indivíduo para o cargo. Este ponto ótimo está na entre variáveis do ambiente (externo e interno), características da organização, e da aceitação do indivíduo. Já que os mesmos concordam com o conceito de EIS (“Executive Information System”), onde uma interface de sistema pode se adaptar a cada gerente, desde que seja construída pelo próprio usuário.

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