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RESÍDUOS DO SERVIÇO DE SAÚDE

Por:   •  6/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.672 Palavras (7 Páginas)  •  169 Visualizações

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RESÍDUOS DO SERVIÇO DE SAÚDE


  1. INTRODUÇÃO

Tendo em vista que, as atividades voltadas para a área de saúde pretende garantir a integridade e a preservação da saúde dos profissionais, pacientes e visitantes nos estabelecimentos de assistência à saúde e , por esse motivo, abrange muitas áreas do conhecimento, tornou-se necessário um estudo detalhado sobre os resíduos gerados na unidade hospitalar com o objetivo de abordar as questões básicas para o desenvolvimento da biossegurança, considerando as peculiaridades da legislação referentes ao assunto e as diretrizes para a realização desse trabalho sob a perspectiva da qualidade.

Nesse contexto, discutiremos algumas ferramentas que auxiliarão na elaboração de estratégias para a sensibilização e capacitação em diversas áreas dos profissionais da área de saúde, procurando Reunir e analisar o máximo de dados e informações acerca dos resíduos de serviço de saúde na unidade visitada, mapeando as condições do gerenciamento de RSS, Identificando os pontos positivos e negativos do gerenciamento.

Dessa forma, pretende-se atingir a padronização para a identificação e acondicionamento dos RSS, proporcionando segurança ao sistema, o que é extremamente desejável quando se trabalha com materiais com alto potencial de provocar danos à saúde pública e ao meio ambiente.


  1. DESENVOLVIMENTO

O hospital onde se realizou a pesquisa de campo encontra-se localizado a Rua Rogério Rego 30, Bairro São João na cidade de Itaberaba-BA. Desde 1986 o Hospital Geral de Itaberaba (HGI) faz parte da história da cidade e de muitas pessoas que foram atendidas, passando por um período de total abandono por gestões anteriores, sua estrutura física encontrava-se em estado de calamidade e em péssimas condições, rede elétrica e hidráulica sem condições de uso.

Com a troca de gestão pública em 25 de julho de 2009, iniciou-se a reforma da Unidade, onde a atual gestora (Mariza Barbosa Mendes) pretende proporcionar a comunidade de Itaberaba e região um atendimento humanizado e resolutivo pautados nos princípios e diretrizes do SUS, querendo o reconhecimento pela excelência em qualidade e humanização no atendimento e assistência à saúde da população. Atualmente a instituição conta com uma equipe de 152 colaboradores.

O HGI é uma instituição comprometida com a ética em todas as suas relações, satisfação do cliente e melhoria contínua dos seus serviços e processos, mantendo uma política integrada de gestão, dinâmica e ativa, visando o alinhamento de todos para realização da missão, alcance da visão e respeito aos valores da instituição.

É fato que a área de saúde tem uma das maiores probabilidades de ocorrência de acidentes, por isso é importante entender que atualmente as organizações hospitalares tornaram-se extremamente complexas devido à nobreza e amplitude de sua visão, e, também por oferecerem procedimentos considerados seguros e adequados a manutenção da saúde.

Embora seja de conhecimento comunitário que os profissionais de saúde estão expostos aos diferentes tipos de resíduos gerados no ambiente hospitalar, falta uma real preocupação aos gestores acerca do gerenciamento de resíduos de serviço de saúde.

A instituição pesquisada, por exemplo, aparentemente está atenta aos riscos, porém pequenas irregularidades comprometem todo um serviço, por mais que seja bem estruturado e qualificado.

O Hospital Geral de Itaberaba, não possui mapa de risco, apesar de saber que essa representação gráfica dos riscos nos ambientes, proporciona mais segurança e comodidade aos profissionais ao executarem suas tarefas. Na realidade, a utilização do mapa está associada aos objetivos de ações preventivas na resolução de problemas relacionadas a segurança e saúde no trabalho.

Outro ponto observado acerca da segregação é que ela é feita no setor onde o resíduo é gerado, porém o acondicionamento é feito de maneira errada, pois, só existem duas lixeiras comuns nos locais de atendimento (não possuem pedal, ficando abertas 24 horas), o que dificulta e compromete a eficiência das outras etapas, além de aumentar os custos de transporte, tratamento e disposição final dos resíduos. É importante citar que o recipiente de descarte de lixo deve estar o mais próximo possível de locais onde o lixo é gerado. Por exemplo, o hospital deve instalar recipientes para perfurocortantes ou outros lixos hospitalares regulados próximos aos leitos dos pacientes, de modo que a distância entre o uso e o descarte seja mínima. Na realidade, no ambiente observado somente o grupo E, que são os materiais perfurocortantes ou escarificantes, são acondicionados de forma correta, separadamente em recipientes rígido preenchidos somente 2/3 de sua capacidade.

A administradora do hospital informou que já houve alguns acidentes com materiais perfurocortantes, pois muitos profissionais consideram desnecessário o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), o que são de extrema importância, pois preservam o trabalhador de riscos e condições que podem afetar o mesmo, porém é de responsabilidade do hospital fornecer os equipamentos e a aprendizagem de como usá-los. O hospital oferece todos os tipos de exames quando há algum acidente desse tipo. Também é oferecidos medicamentos para diminuir ou eliminar os riscos de infecção, entre outas medidas.

Vale ressaltar que, os resíduos gerados são integralmente de responsabilidade do estabelecimento que o gera, por isso, o HGI conta com a colaboração de uma empresa capacitada que faz a coleta dos resíduos do serviço de saúde, desde os lixos mais comuns ao mais complexo. O lixo químico também é coletado por uma empresa legalmente habilitada.

Apenas parte do lixo gerado pelo hospital tem tratamento especial devido as suas características químicas e/ou infectantes, o único tratamento informado é incineração.

Todavia, as substancias químicas não são acondicionados de forma adequada e segura, já que são inflamáveis, corrosivas, reativas e tóxicas. Os recipientes não são adequados e não contém o símbolo do grupo B, ficando em um ambiente externo sem qualquer tipo de proteção. Contudo, os filmes utilizados no raio X, deixados na unidade hospitalar, são reciclados por uma pessoa que os transformam em objetos artesanais.

Os demais lixos gerados são os do grupo A, que se resume em resíduos com a possível presença de agentes biológicos que podem apresentar riscos de infecção, exceto os resíduos provenientes de animais. A administradora informou que as peças anatômicas de humanos, são triturados em uma pia trituradora adquirida a pouco tempo, processo que gera um líquido que é depositado diretamente na fossa da unidade; também encontra-se resíduos do grupo D que não apresentam risco biológico como: papel de uso sanitário, resto de alimentos, entre outros e são descartados junto com o lixo doméstico da população local.

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