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Respostas de Fundamentos de Estado e Mercado

Por:   •  22/4/2016  •  Resenha  •  1.910 Palavras (8 Páginas)  •  693 Visualizações

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1. Um programa de pesquisa é um conjunto de teorias e técnicas utilizadas por uma comunidade científica. O termo foi introduzido na filosofia da ciência por Imre Lakatos.

        Um programa de pesquisa constitui-se de: uma heurística negativa (hard core ou núcleo firme) que determina quais são hipóteses ou teoria que devem ser consideradas irrefutáveis dentro de um determinado programa de pesquisa (que é o fixo, i.e. admitido dogmamente); e de uma heurística positiva (cinturão protetor): que instrui os cientistas a modificar o “cinturão protetor” (conjunto de hipóteses auxiliares e métodos observacionais) de modo a adequar o programa aos fatos (que é o adaptativo no sentido de resolver problemas produzidos no interiro do programa).

        Um programa de pesquisa é dito progressivo quando as modificações no cinturão protetor levam a novas previsões e/ou alguma dessas previsões é corroborada.

        E é dito degenerativo quando os ajustes no cinturão protetor não resultam em previsões de fatos novos, ou prevendo, estes não são corroborados, apenas explicam os fatos que os motivaram.

2. Subprograma do racionalismo clássico: 

- conhecimento é certo;

-  a forma de organização do conhecimento é o método geométrico;

-  os precursores são as teorias de Descartes, Locke, Hume e Kant;

- está associado ao contratualismo;

- é considerado degenerativo.

Subprograma do racionalismo neoclássico:

- conhecimento é hipotético ou provável;

- a forma de organização do conhecimento é o método empírico;

- os precursores são Hume e Smith;

- está associado ao utilitarismo;

- substitui, no final do século XIX, o programa do racionalismo clássico.

3. Maquiavel separa a moral pública (política) da moral privada da seguinte forma:

Moral pública: agir conforme as consequências das ações; o resultado de suas ações deve recair sobre todas as pessoas.

Moral privada: agir conforme meus princípios porque as minhas ações recaem sobre mim.

        Maquiavel não pode ser chamado o pai da política, pois foi Aristóteles, na Grécia Antiga, que disse que a política deveria estudar a pólis e as suas estruturas e instituições. Assim, é Aristóteles que é considerado o pai da ciência política, porque considerou a política a ciência “maior”, ou mais importante do seu tempo.

4. Condições de possibilidade da emergência e estabilidade da cooperação entre indivíduos interagentes.

 

5.

6. Os componentes de qualquer problema são as causas, problema, sintomas, consequências e impactos. O problema deve ser um fato, jamais uma conjectura ou uma hipótese e precisa estar o mais próximo possível de suas causas potenciais.

        Método científico é um conjunto de regras básicas para desenvolver uma experiência a fim de produzir novos conceitos, também corrigir e integrar conhecimentos já existentes. O método começa com a observação por parte do pesquisador, ele detecta algo a ser investigado e parte para a problematização, o porquê do acontecimento. Surge então uma hipótese para o fenômeno, esta deve ser embasada em ciência de qualidade. Se a hipótese for aprovada pela comissão julgadora, ela se transforma em lei.

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7. Hobbes defendia que os indivíduos são livres e regulados pelo princípio da autonomia da vontade, que o homem em estado natural é antissocial por natureza e só se move por desejo ou medo, por autointeresse. Sua primeira lei natural, que é a autoconservação, o induz a impor-se sobre os demais seres humanos, resultando numa situação de constante conflito: a guerra de todos contra todos, na qual o homem é o lobo do homem.

        Rousseau respondeu a esta afirmativa de Hobbes defendendo que o homem em seu estado natural é bom, e que o convívio com a sociedade é que corrompe este homem bom transformando-o em um mau sujeito, guerreador nato, que tudo consegue pela força, atropelando e matando todos os semelhantes que ousem cruzar seu caminho ou impedir seus intentos.

8. Tragédia dos comuns é uma situação onde indivíduos agindo de forma independente e racionalmente de acordo com seus próprios interesses se comportam em contrariedade aos melhores interesses de uma comunidade, esgotando algum recurso comum. O problema da tragédia dos comuns consiste em como controlar e racionalizar o uso do recurso comum de tal modo a evitar sua destruição e garantir seu uso sustentável ao longo do tempo.

        Quatro possíveis alternativas são aventadas como meios para solucionar esse problema:

(i) estatização: solução coordenada e centralizada;

(ii) privatização, transformando o recurso comum em privado, e por este meio criando um incentivo para o controle individual do uso do recurso. De modo que os indivíduos passariam a ter o interesse de preservá-la;

(iii) auto-composição, regulamentação pelos próprios interessados em uma forma de contrato ou autogoverno.

(iv) Combinações possíveis das alternativas anteriores.

9. No modelo do estado de natureza hobbesiano, os indivíduos encontram-se em interação, em uma situação em que não existem direitos de propriedades sobre os recursos naturais, de tal modo que estes indivíduos se encontram em uma situação que eles dividem os recursos em comum. Inclusive, pode ser interpretado, que cada um deles constitui, ele mesmo, do ponto de vista dos demais indivíduos, um recurso comum, ou seja, os indivíduos não são proprietários de suas próprias vidas para os demais, mas um recurso comum. Na situação inicial dos comuns temos que um recurso escasso é um recurso comum a muitos indivíduos. E cada indivíduo por ser único é um recurso escasso.

        Hobbes faz uso de duas das quatro soluções do modelo da tragédia dos comuns: uma combinação da solução por meio da privatização do recurso natural com a solução de um agente central externo capaz de impor a estabilidade da cooperação que faz emergir entre os agentes em interação.

10. A proposta lockeana visa resolver o problema da cooperação entre indivíduos interagentes envolvendo o direito à vida, mas mantendo ainda nas mãos dos indivíduos o direito aos meios, direito alienado na abordagem hobbesiana justamente como condição para que fosse completada a privatização dos indivíduos. Ao fazê-lo, as condições para a solução lockeana se mostram mais exigentes que aquelas imputadas por Hobbes à sua própria concepção de solução: Locke soluciona o problema do direito à vida sem prescindir do direito aos meios, portanto, sem abdicar da propriedade privada, que não deve ser alienada em prol do Estado, e nem pode sofrer intervenção da parte deste.

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